segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Rodada eletrizante

Com todos os jogos sendo disputados no mesmo horário a 37ª rodada do Brasileirão pegou fogo e fez algumas vítimas. Portuguesa e Ipatinga são os primeiros rebaixados. A Lusa empatou no Canindé em 2x2 com o Sport e com seus 38 pontos não tem mais chance de permanecer na série A. Já o Ipatinga foi goleada em seu estádio pelo Grêmio (4x1), com o resultado a equipe Tricolor chegou a 69 pontos. Três atrás do São Paulo que, em um jogo dramático, empatou no Morumbi em 1x1 com o Fluminense. A equipe carioca tem sido a pedra no sapato do time de Muricy Ramalho este ano, o Flu eliminou os paulistas da Libertadores. O resultado deste jogo reacendeu a disputa pelo título, o Grêmio chega a última rodada precisando vencer e torcendo por uma ajuda extra do Goiás, a quem salvou do rebaixamento ano passado, depois de empatar com o Corinthians na rodada final do campeonato. Paulo Baier, o gremista, e seus companheiros já demonstram simpatia pela idéia de arruinar os planos são-paulinos de chegar ao Hexa. Uma encomenda especial deve ser entregue na mão dos jogadores do Esmeraldino, com os cumprimentos tricolores. Emoção a vista!!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Falta pouco...

Tá chegando a hora!! Faltam apenas três rodadas para o fim do certame nacional. Dois pontos separam o bicampeão consecutivo São Paulo do aspirante ao tricampeonato Grêmio. O Flamengo com a vitória importante sobre o Palmeiras caminha a passos largos para a Libertadores e na "pior" das hipóteses até o título. Cruzeiro e o próprio alviverde paulista brigam pela última vaga na competição continental. Goiás, Inter, Botafogo, Coritiba, Atlético-MG, Vitória e Sport, os times que não brigam por mais nada. Destaque para o Goiás que fez a melhor campanha do segundo turno e escapou longe do rebaixamento, o Esmeraldino encontrou em Iarley a figura necessária para formar uma equipe pelo menos competitiva. O Atlético-MG mesmo com um elenco limitado soube confrontar adversários difíceis e também respira fora da degola, já Vitória e Coritiba começaram o campeonato a todo o vapor e foram perdendo fôlego ao longo da competição. Talvez por verem seus maiores talentos, como Marquinhos (Vitória) e Keirrison (Coritiba), negociados com a Traffic. Oito times ainda lutam pela sobrevivência na série A em 2009. Eu os separaria em dois grupos, o primeiro encabeçado pelo Santos, tem ainda Atlético-PR, Fluminense e Náutico. Santos e Flu são os que possuem melhor plantel, vide os artilheiros Kléber Pereira do Peixe e Washington do Flu. Ambas as equipes se melhores planejadas, em termos de jogadores, poderiam ter maiores ambições no Brasileiro. Já Atlético-PR e Náutico dependem de sua torcida, seus estádios, sua sorte. Times sofríveis em campo que brigaram até o fim para não cair. Mesma situação dos quatro integrantes do outro grupo, composto por Vasco, Portuguesa, Figueirense e Ipatinga. Todos com times ruins, sem organização tática, esquema definido, com alguma chance de sobreviver unicamente por lampejos de bom futebol em algumas rodadas. O Ipatinga é o que mais surpreende, o time mineiro deveria estar rebaixado já à algumas rodadas, mas segue firme na luta pela vida na elite do futebol nacional.

II

Muita atenção na próxima rodada. Na quinta (20/11), Figueirense e Náutico fazem um confronto direto no embate contra o descenso. Os catarinenses, cinco pontos atrás dos pernambucanos (35 à 40), precisam desesperadamente da Vitória em casa. Para os nordestinos um triunfo significaria quase que a vaga na série A do próximo ano. No sábado o Coxa já desinteressado recebe o Santos, os paulistas precisam pontuar para não correr mais riscos. Bota e Furacão duelam no Rio, jogo da vida para os paranaenses. Em casa a Lusa aposta todas as suas fichas em um jogo contra o morno Goiás. O domingo é o dia da briga no topo da tabela, majoritáriamente, Cruzeiro e Flamengo decidem vaga na Libertadores no Mineirão, para os cariocas a situação é um pouco mais cômoda, uma vez que estão dois pontos a frente dos mineiros (63 à 61). Vasco e São Paulo atraem todos os olhares em São Januário. Mais pela situação de pânico do que pela qualidade, os cruz-maltinos são a única esperança de que o Tricolor paulista perca pontos nesta reta final. Vitória e Grêmio medem forças no Barradão e o único ingrediente extra para esta partida talvez seja a mágoa do técnico do Leão Baiano com os gaúchos. Demitido no início do ano, Mancini estava invicto no comando do time da Azenha. Sport e Galo cumprem tabela na Ilha, o Palmeiras tem grande chance de se reencontrar com a vitória, recebe o Ipatinga. Inter e Flu duelam em Porto Alegre. Os tricolores querem se livrar de vez do fantasma da segunda divisão. Rodada interessante e que com certeza dirá muita coisa sobre o futuro da competição.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

E segue a mística do Imortal


Justamente quando todos duvidam da capacidade Gremista de reverter situações é que ela se mostra presente. No jogo de hoje contra o Palmeiras no Parque Antárctica, válido pela 34ª rodada do Brasileirão, a equipe da Azenha deu mais um exemplo de sua tão aclamada imortalidade. A vitória por 1x0 serve de alento à muitos que sofriam com as últimas atuações do Grêmio no certame nacional. É o time de Felipão, de León, de Portallupi. O sonho do tri parecia se transformar no pesadelo de ficar de fora até da Libertadores, mas com a marca impetuosa de um verdadeiro campeão do mundo, os comandados de Roth fizeram os gremistas sorrirem novamente. Como que um exército sem seus principais soldados o time gaúcho entrou na arena adversária. Uma batalha árdua e feroz se apresentava, a expectativa era de que o Tricolor fosse o mais ferido. Mas com energias de gladiadores os guerreiros gremistas triunfaram na casa do rival. Disferindo um golpe da qual talvez o Palmeiras não se recupere neste campeonato. Jean fez sua melhor partida pelo Grêmio, talvez por ironia do destino acabou sendo expulso. Héverton é mais um fruto da fábrica de talentos da Azenha, Souza enfim reencontrou o futebol que o consagrou no São Paulo. Todos rigorosamente orquestrados pelo maestro Tcheco, um camisa 10. Não um clássico, mas um camisa 10, o homem que resolve as coisas. O Rio Grande do Sul comemora uma vitória que pode ser o emblema maior do tricampeonato.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Gre-Nal 373: Vermelhos goleiam os azuis por 4 a 1

Mais um Gre-Nal para a história: O Gre-Nal 373 disputado no final da tarde de ontem (28/09), no Estádio Beira-Rio foi vencido pelos vermelhos, 4 a 1. O placar obtido ainda no primeiro tempo, com certeza entrará para a história, assim como outros tantos clássicos que já fazem parte. Por exemplo: o primeiro disputado, em que o Grêmio venceu por 10 a 0, ou observando pelo lado colorado os 7 a 0 de 1948. Além desses, como não lembrar do Gre-Nal do século, em 1988, onde o Inter venceu por 2 a 1 de virada com dois gols de Nilson; o Gre-Nal da Copa do Brasil de 1992, vencido nos pênaltis pelo Inter e mais tarde conquistando o caneco da competição; um “azulzinho” dirá, aos berros lá da Azenha, sobre o Gre-Nal vencido pelo Grêmio com gol de bicicleta do Paulo Nunes, tudo bem deixa assim só ele lembra na verdade. Mas, por fim, o Gre-Nal dos 5 a 2, no Estádio Olímpico, conhecido até hoje como o Gre-Nal do Uh, Fabiano (que deitou e rolou na partida) tem um gosto especial apesar de ter já se passado 11 anos.


São tantos não é verdade? Porém, após mais um disputado, o Inter segue na frente como de costume. São 20 vitórias a mais do que o maior rival. Supremacia mais do que merecida e conquistada acima de tudo. Estatística também é valido.
Mas o clássico de ontem havia começado no meio da semana passada, quando o Inter direcionava toda sua atenção para a Copa Sul-Americana - a qual tirou o Grêmio da mesma na primeira fase - ao enfrentar o time da Universidade Católica, no Chile. O Inter, em território chileno, soubera da declaração do presidente rival, Paulo Odone, que disparou na imprensa: “Os operários (time do Grêmio) vão passar a máquina nos galácticos (time colorado)”. A frase serviu de motivação aos colorados que não responderam as provocações gremistas. Na partida contra os chilenos, os vermelhos arrancaram um empate em 1 a 1.
De volta a Porto Alegre, o grupo de jogadores treinou, concentrou e esperaram pelo Gre-Nal 373. Deu no que deu. Onde o que se viu foi um verdadeiro chocolate, um chocolate galático, ainda na primeira etapa, de 4 a 1. Pena que não é abril, além de aniversário do Inter, os azuis receberiam um presente de Páscoa. Mas fica como presente de aniversário ao clube da Azenha, que nesse mês celebrou 105 anos de vida.
Como é bom vencer um Gre-Nal. O último havia sido em 2006, antes do Mundial de Clubes no Japão, 1 a 0 no Olímpico, com gol de Iarley. Agora, passado cinco jogos (duas derrotas e três empates), nada melhor, ainda mais da maneira que foi e antes mesmo do centenário do Inter, que está logo ali, ter goleado os azulzinhos.
É como disse o zagueiro Índio e também carrasco gremista, em resposta ao presidente Odone no fim do clássico: “Ele falou besteira e mandou uma máquina amarela e lenta para cá”. Que tenhamos “todos”, portanto, uma boa semana e não fortes dores de cabeça...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

E segue o Nacional

Passada a 26ª rodada do Brasileirão, o campeonato incandesce. Depois do empate na Arena da Baixada em 0x0 com o sofrível Atlético-PR, o líder Grêmio vê o Palmeiras, que venceu o Vasco em casa por 2x0, ficar apenas à um ponto de distância. É evidente que o time de Roth não tem o mesmo desempenho da primeira metade do certame, e agora terá contra si a pressão exercida pela arrancada da equipe alviverde, bem como a ascensão do rival Inter, que empilha três vitórias consecutivas. Por essas e outras considero o Grenal do próximo dia 28/09 como uma semifinal de brasileiro para o Tricolor. Uma vitória os colocaria na final do dia 09/11, contra o Palmeiras no Parque Antárctica. E daria ao time da Azenha o incentivo emocional de ter vencido o clássico, que sempre ajuda, ainda mais em um momento conturbado como esse. Para o Inter o triunfo no Grenal 373 seria a redenção, o cume de uma seqüência de adventos sobre os adversários, e agora, contra o maior de todos. O colorado ganharia fôlego, e com o belo elenco que possui, se tornaria sem dúvida candidato a uma vaga na Libertadores do ano vindouro. Continuando a falar desta rodada, destaco a goleada do Goiás para cima do Santos, 4x1 no Serra Dourada. O Esmeraldino equilibrou o time e mostra padrão de jogo a cada partida deste segundo turno, já o Peixe segue sofrendo as agruras de um mal planejamento e, se não fossem os gols de Kleber Pereira ainda penaria na zona da degola. O Fluminense parece não acordar do sonho que virou pesadelo, um fantasma chamado Libertadores que ainda assombra muita gente nas Laranjeiras. O Coxa mostra irregularidade, e assim como o Santos depende de Kleber, têm como sua âncora o belíssimo atacante Keirrison. Tartá expôs a fragilidade de um menino ao entregar o de presente a vitória aos curitibanos, 3x2. Uma pequena mostra de como os clubes pagam por ter de escalar meninos, com o êxodo dos melhores jogadores. Flamengo e Cruzeiro venceram, mostrando que seguem vivos na luta pela Libertadores e por que não dizer, do título também. Já seus adversários, Ipatinga e Figueira respectivamente, seguem a passos firmes para o inferno da Segundona. Em Recife, Sport e São Paulo ficaram no 0x0, ambos seguem mirando melhores colocações, os pernambucanos como treino para a Libertadores e os paulistas por uma vaga nela. A grande surpresa foi a vitória de virada da Portuguesa sobre o Botafogo, 3x1 no Canindé. A Lusinha tenta reagir e permanecer na série A do ano que vem. Com dois belos gols de Edno, os paulistas renovaram o ânimo na luta contra o descenso. Para os cariocas a derrota foi trágica, além de tirá-los do G-4, perdendo a 4ª colocação justo para o rival Flamengo, os botafoguenses amargaram a segunda derrota consecutiva. A equipe de General Severiano demonstra sinais de cansaço, exatamente no momento em que deveria dar todo o seu gás. O Brasileirão segue seu rumo, mesmo que ninguém saiba ao certo qual é. Grenal, Atletiba, São PauloXCruzeiro, confrontos que vão desenrolando o complicado destino da Taça, ou o emaranhando ainda mais.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O Brasileirão de Todos

Fê Cunha

É inegável dizer que o Brasil é o pais do futebol, já no berço pude sentir isso, quando ganhei a primeira camisa do que viria a ser meu clube do coração, anos mais tarde, já acompanhava o campeonato brasileiro de futebol, conhecido mundialmente como brasileirão. É... cresci com meu pai dizendo: “Se você acha os jogadores de hoje craques, é por que não viu quem eu vi. Pelé, Tostão, Gérson, Rivelino, Falcão...” Puxa, eu pensava: “Ele tem autoridade pra falar não é?! vai a jogos do campeonato brasileiro a quantos e quantos anos” mas, se bem que quando eu nasci já havia muitas estrelas ainda jogando. Zico, Sócrates, Careca, Roberto Dinamite. Isso tudo faz eu ter certeza, pelos campeonatos brasileiros já passaram muitos craques da história do futebol nacional e mundial. Foram tantos times perfeitos, o Internacional de Falcão, o Flamengo de Zico, o São Paulo de Telê, o Palmeiras de Luxemburgo, entre muitos, mas muitos outros.

O futebol é uma coisa que envolve todos nós brasileiros, capaz de parar a nação, o esporte é paticado nas escolas, nas ruas, no quintal de casa, enfim, onde tem uma bola o futebol rola fácil, qualquer um que ve uma bola parada já sente no coração ela pedindo para ser tratada com o jeito que só o brasileiro tem.

O brasileirão, faz com que a magia do esporte coletivo mais praticado no mundo, leve os sonhos de conquista do fiel torcedor as nuvens, é famoso ver o povo carioca dizendo: “Domingo é dia de brasleirão, é dia de Maracanã” ou o gaúcho falar “Dia de Gre-Nal é sagrado”.

Em 1971 quando se tornou oficialmente o campeonato nacional de futebol, houve um sentimento de que a organização iria imperar no mundo do esporte mais praticado no país. É evidente, quando saiu o primeiro campeão em uma acirrada competição, todos sabiam que o futuro seria próspero. Hoje é assim, nos jornais o brasileirão tem um enorme destaque, nas cotas milionárias da tv e no coração e na vida de milhões e milhões de apaixonados pelo esporte, que cuidam com emoção a tabela de classificação se movendo a cada rodada, até a hora que partem para a calculadora na reta final.

O futebol é um esporte único, onde seus torcedores fanáticos reproduzem arte sem instrumento, valendo-se apenas da batida do coração. Cada torcedor faz com que o clube entre no seu dia a dia. A paixão suporta tudo, todas as emoções, da derrota vexatória até a vitória que lhe proporciona a glória. O brasileirão entre março e dezembro inspira sonhos, sonhos de erguer a taça do campeonato mais difcil do mundo, onde muitos clubes tem favoritismo e chances reais de vencer.

O brasileirão, deve ser tratado com muito respeito e orgulho por todos, pois, ele faz parte da vida, da história e dos sonhos de todos nós brasileiros, inclusive, do criador desta crônica.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Zidane em páginas

Em meados de julho do corrente ano, descobri numa dessas minhas andanças pela Internet, bem obra do acaso, e entre um Blog de esporte e outro, achando o livro que conta em detalhes à biografia do francês Zinedine Zidane. Na minha opinião, ele foi um dos melhores jogadores de futebol do mundo. Tive um imenso prazer de vê-lo jogar, tantas vezes, pela TV. Pena que não pessoalmente. Ou então, ao vivo num estádio completamente lotado e eu entre aquelas milhares de pessoas gritando seu nome e aplaudindo-o.

Abaixo, segue a sinopse desse livro. Nessas poucas palavras escritas, me dão imensa vontade de lê-lo, devorá-lo. Mas o comprarei na Feira do Livro de Porto Alegre. Será uma das minhas leituras e obrigações até o final de ano. Cobrem-me.


Antes da sinopse, o livro eu achei no Blog do jornalista do Grupo RBS e jornal Zero Hora, Luiz Zini Pires. Valeu Zini. Veja o que ele escreveu a respeito do mesmo.




O livro por Zini:

Zidane, o dono da bola
Ao contrário de Pelé, como Maradona, mas evitando comparações, a vida de Zidane com a bola foi acompanhada pelas câmeras da tevê. Dos anos 1990 aos seis primeiros anos no novo século, assistimos todas as grandes jogadas de uma dos maiores jogadores do nosso tempo.

Zidane foi perfeito no que fez, na grama, nos gols, nas jogadas de extrema classe. Quem viu tudo na tevê, pode entrar vida do craque pelo livro Zinedine Zidane: uma Biografia, de Jean Patrick Forte e Jean Phillpe. É um livro sensível, profundo e mostra como Zidane ganhou autoconfiança e a força mental dos grandes campeões.



Por fim, a Sinopse:

Zinedine Zidane é o retrato de um homem generoso e afável, sensível e autoconfiante. Relata como se fez sua formação, como se lapidou sua competitividade, e, mais além da forma física, como se forjou a força mental que produz os grandes campeões. Somos apresentados a uma dimensão humana do atleta, muitas vezes colocada de lado pela mídia.
Sua leitura vai ajudar a compreender o gesto com o qual Zinedine Zidane encerrou sua carreira futebolística, foco de discussão apaixonada entre milhões de fãs no mundo inteiro.
O livro possui um caderno de fotos coloridas, além de um anexo sobre sua trajetória no futebol.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Pressão



O futebol a muitos anos deixou de ser apenas um esporte. Deixou de ter aquele brilho juvenil e inocente de apenas uma disputa cordial. Virou um negócio que envolve milhões, tanto em dinheiro como em número de apaixonados. E com essas mudanças, mudou também o conceito de um vencedor. Hoje quem ganha não é apenas quem tem mais talento, mas quem está melhor preparado. Ao término da 25ª rodada do Brasileirão de 2008, o Grêmio continua na liderança, com 49 pontos, três a frente do segundo colocado Palmeiras, que tem 46. A pressão em cima do time de Celso Roth cresce a cada rodada e o desempenho já não é o mesmo do primeiro turno, uma vez que o Tricolor é apenas a 10ª campanha do returno. Mas tudo isso são só números, números de um campeonato marcado pela irregularidade e que tem pela frente um futuro muito incerto. Ao Grêmio cabe abusar de sua imortalidade, se valer da tradição de clube guerreiro, que joga até o último fôlego. O caminho mais óbvio é reencontrar o caminho que deu certo. Deu certo no turno, quando o Grêmio aniquilava seus adversários, dentro e fora do Olímpico. Alternativas que encheram os olhos de Roth chegaram a Porto Alegre, casos de Souza e Orteman, jogadores de indiscutível qualidade. Jogadores que fazem a diferença, e que vinham fazendo no decorrer dos jogos, como alternativas de luxo. Volto a dizer o que escrevi em outro texto neste blog, Magrão e Carioca são os corredores que podem levar o Tricolor ao seu tricampeonato. São o motor do bem montado esquema de Roth. O Grêmio não pode abrir mão deles, dos dois jovens atuando juntos. Mas o que realmento o Grêmio não pode abrir mão é de ser Grêmio, de suspirar cada jogada, de pelear cada dividida e com a humildade de quem sabe crescer nos momentos críticos, vencer quando é difícil. Desafios virão, palavras de desânimo, de desalento, que tentarão causar o desencontro da estrutura gremista. Os guerreiros da Azenha devem manter-se firmes em suas trincheiras e saber atacar com astúcia e inteligência. Afinal para ser campeão tem de haver preparação.
II


Dunga deu dignidade a uma seleção que parecia escalada por encomenda da Nike e outros patrocinadores. Dunga imprimiu seriedade e comando ao colocar no banco Ronaldinho Gaúcho quando este merecia não outra condição que a reserva. Dunga mostrou indignação e viu-se pelo canto da janela uma luz de salvação, para socorrer a decadente seleção brasileira. Mas Dunga falhou. Ao não conseguir provar com suas convicções que o Brasil seria melhor sem grandes nomes, ele foi obrigado a escalar o Gaúcho nos Jogos Olímpicos. E o Gaúcho decepcionou, mais uma vez. Dunga o convocou para as eliminatórias e adivinhem? O Gaúcho decepcionou. Mas será o problema da seleção de Dunga somente o Gaúcho? É claro que não. O problema está na postura "Parreirista" que Dunga adotou, ao aceitar interferências em seu time. Ao permitir que jogadores sem espírito de seleção nacional vestissem a amarelinha. Foi assim com Josué, com Kléber, com Gilberto Silva. Atletas que não tem condições e nem vontade de defender o Brasil. Dunga deixa Hernanes, Juan, Lucas e Júlio Batista no banco. jogadores que querem estar na seleção, que tem vontade disso e fazem jogos com ânimo. Dunga precisa recuperar a confiança. A confiança em suas próprias convicções.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Carioca e Magrão


Escrevi dias atrás sobre a soberba de jogadores do centro do país, que antes mesmo de enfrentar seus adversários apostavam na derrocada do Grêmio. Pois ele tropeçaram. O São Paulo de André Lima deixou escapar uma importante vitória contra o Galo, que pode lhe custar a participação na próxima Libertadores. O Botafogo de Jorge Henrique havia empatado em casa com o limitado Náutico, mas o pior desempenho foi do todo poderoso Palmeiras, da afiada língua de Diego Souza. O meia que depois de se redescobrir para o futebol no Olímpico, foi ganhar salários melhores no Parque Antárctica. O Leão da Ilha, Sport, derrotou os alviverdes por 3x0 e de quebra rompeu sua invencibilidade em casa. Diego, André, Jorge Henrique, todos falaram demais. O mais interessante é que na verdade eles podem falar demais. Afinal são pagos por seus clubes e podem usar da estratégia que lhes parecer mais cabível para ajudar suas equipes. Quem não poderia discursar em favor de um time ou religião é a imprensa. Mesmo que veladamente. Como fazem os órgãos de mídia do centro do país. E até daqui. No momento em que semeiam a dúvida no Olímpico, tentando escalar jogadores no carteiraço, mesmo que estes de indiscutível qualidade não estejam se encaixando no sistema de jogo de Roth. Falo de Souza e Orteman especifícamente. Dois jogadores de grande capacidade técnica e tática, que ao desembarcarem no Salgado Filho causaram o frisson do torcedor Tricolor. O caso é que o time está encaixado com Rafael Carioca e William Magrão, os jovens pupilos da Azenha que demonstram maturidade e serenidade, qualidades de veteranos. Ora, Orteman e Souza são grandes jogadores, ninguém discute, mas serão o melhor para o Grêmio nesse momento? Poderá o Imortal abrir mão de um tão sonhado tricampeonato brasileiro, para acomodar os grandes nomes no time titular?
Sabemos que o futebol é dinâmico, que nos dias atuais os jovens saem cada vez mais cedo do Brasil. Logo choverão propostas por Carioca e Magrão e aí Orteman e Souza terão seus lugares assegurados no ônibus Tricolor. Mas por enquanto, que ele siga sua viagem e chegue feliz a seu destino. O tricampeonato do Brasil.


II


Roth na Polícia Federal? Que tem a ver o noticiário esportivo com isso? É só mais um dos 500 indiciados no processo. Muito me estranha que a mídia dê tanta cobertura a tal fato justo em momento decisivo do Grêmio no campeonato. No jornalismo existem os critérios da notícia, e eu me pergunto; que critérios são usados pela mídia atualmente? Seria um o da desestabilização?


quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A força do Imortal


O campeonato brasileiro pega fogo. Faltam quinze rodadas para o encerramento do certame e a diferença do líder Grêmio para o segundo colocado Palmeiras é de cinco pontos, 48 e 43 respectivamente. Na noite desta quinta-feira (04/09) a equipe alviverde entra em campo para defrontar o campeão do Brasil, Sport. A chance de diminuir para dois pontos a vantagem do Tricolor gaúcho brilha nos olhos dos palmeirenses, que tem a chance de mostrar bom futebol. Uma vez que falam muito do Grêmio, que este irá tropeçar, que vai perder força, e pouco se preocupam com seu próprio desempenho, isso pelo menos no discurso. O time de Roth não chegou onde está por acaso. Depois das precoces eliminações da Copa do Brasil e do Campeonato Gaúcho, o Grêmio sofreu com a desconfiança de seu próprio torcedor, que pedia a cabeça de Roth na bandeja. Mas o diretor de futebol, André Krieger, não cedeu e mantendo suas convicções deu um voto de confiança ao técnico, que fechado com o grupo trabalhou um mês a procura de reabilitação. O torcedor gremista está acostumado a ver seu time ressurgir das cinzas, com a força de um verdadeiro campeão, foi assim nos Aflitos em 2005, foi assim no Brasileiro de 2006 e na Libertadores de 2007, quando o Tricolor entrou como mero participante e se tornou um dos principais autores. E este ano não foi diferente. Na estréia diante do São Paulo, em pleno Morumbi, a equipe da Azenha era tida como candidata ao rebaixamento. Mas foi logo rasgando a escrita e derrotando o bicampeão nacional em seus domínios. No decorrer do campeonato o Grêmio foi quebrando tabus, derrubando desconfianças e se colocando como firme candidato ao título. E não será na base da pressão exercida pela imprensa do país, que o Imortal perderá sua liderança. Porque esta é uma terra de guerreiros, sentinelas de azul, branco e preto, que guarnecem o bairro da Azenha e por ali mesmo, nos cemitérios próximos, ceifam seus adversários. Se os gaúchos não tivessem se rebelado com o centro do país e feito a revolução, talvez hoje fossemos escanteados da nação. Assim como os pobres nordestinos, que torcem para Flamengo, Vasco e Corinthians por falta de identidade. A peleia continua e ainda terá mais quinze atos, mas quem quiser desbancar o Tricolor terá que falar menos e fazer mais.

sábado, 16 de agosto de 2008

INTER, há dois anos era Campeão da Libertadores

Abaixo, segue o acróstico do clube vermelho da Capital gaúcha, que hoje (16/08), exatos dois anos conquistou, pela primeira vez, a Copa Toyota Libertadores da América. O título foi vencido diante da equipe do São Paulo, que era atual campeã do torneio, após a vitória colorada de 2 a 1, no primeiro jogo, no Morumbi. E na segunda partida, disputada no estádio Beira Rio, com empate em 2 a 2, o Inter levantou a taça. Parabéns a todos os colorados. Inclusive, desse Brasil a fora.






ACRÓSTICO DO SPORT CLUB INTERNACIONAL




SER COLORADO É DIFÍCIL DE EXPLICAR...
PORQUE MEXE COM TODA UMA NAÇÃO VERMELHA
O TEU PRESENTE DIZ TUDO, TRECHO ESTE
RETIRADO DO HINO, QUE TAMBÉM DIZ
TRAZENDO A TORCIDA PARA ALEGRES EMOÇÕES, É ASSIM O






CLUBE DO POVO DO RS
LÁ SE VÃO 97 ANOS DE HISTÓRIAS (hoje, já são 99 anos)
UMA TRAJETÓRIA DE CAMPANHAS VITORIOSAS E ALÉM DO
BEIRA-RIO, UM DOS MELHORES ESTÁDIOS DO BRASIL






INCANSÁVEL TORCIDA GUERREIRA E LUTADORA
NESTA LONGA CAMINHADA DE QUASE 100 ANOS
TEMOS O ORGULHO DE SER GAÚCHO DE CORAÇÃO
E MAIS DO QUE ISSO, NUNCA DESISTIMOS DE SONHAR
RAÇA É O NOSSO LEMA
NA QUARTA-FEIRA GLORIOSA DO DIA 16 DE AGOSTO DE 2006
A NAÇÃO COLORADA TEVE O ORGULHO DE VENCER O TÍTULO TÃO ESPERADO, O DE
CAMPEÃO DA LIBERTADORES DA AMÉRICA
ISSO QUE NÓS SOMOS E COM MUITO ORGULHO
O NOSSO POVO DO RS MERECEU ESTA CONQUISTA
NO ROSTO DE CADA COLORADO ESTAVA ESTAMPADO SUA FELICIDADE
AGORA SOMOS "INTERNACIONAIS"
LEVANTAMOS A TAÇA PARA A NAÇÃO MAIS APAIXONADA DO BRASIL!






AUTORES: Daniel Miranda e Mariana Bastos (17.08.2006)
Eu (Daniel) escrevi esse acróstico junto da minha amiga e colega de aula Mariana, no dia seguinte do título colorado, no intervalo de um período e outro. Dá-lhe campeão.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O Mundo vive as Olimpíadas

Na manhã desta sexta-feira (08/08/2008), 09hs e 08min - horário de Brasília, exata 20hs e 08min, noite em Pequim, ocorreu à cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos 2008.


Na verdade, a China já vem respirando os ares dos jogos olímpicos desde a última olimpíada disputada em Atenas, na Grécia, há quatro anos. Os chineses esperavam ansiosos por esse momento. Pois gastaram bilhões de dólares na realização de diversas construções como: arenas olímpicas, hotéis e tudo mais a torto direito para os jogos. Dessa forma, também, para receber os atletas e turistas de todo mundo.



O universo seja ele, pela manhã, tarde ou noite, estavam os seus focos destinados à Ásia. Mais precisamente, no Estádio Nacional, conhecido por Ninho de Pássaro, com suas dependências lotadas, sendo a capacidade para 90 mil pessoas. Nele, o maior acontecimento do dia: as Olimpíadas.



O Brasil surgiu por volta das 10hs 30min, horário de Brasília, quando a delegação adentrou ao Estádio Ninho de Pássaro. Como porta-bandeira do país estava o iatista Robert Scheidt, seguido de todos os atletas. Entre eles, as equipes de vôlei, handebol, ginastas e Jadel Gregório e outros.



A China foi a última delegação a desfilar no Estádio Nacional, entrou por volta das 12hs e 10min, com o jogador de basquete Yao Ming, de 2 metros e 29 centímetros, carregando a bandeira do país.



Portanto, sejam bem vindos aos Jogos Olímpicos de Pequim. Boa sorte a todas as delegações. Em especial, o BRASIL!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Seleção Olímpica Brasileira

No final da tarde de ontem (07/07), no Rio de Janeiro, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou a lista do técnico Dunga dos 18 jogadores que disputarão, em princípio, os Jogos Olímpicos de Pequim, em agosto, na China. A convocação atende ao prazo estabelecido pela FIFA de 15 dias do início da preparação para as Olimpíadas.


Porém, a data final para a convocação definitiva para as Olimpíadas de Pequim será divulgada no dia 23 de julho. Após essa data, só poderá ser convocado outro atleta, em caso e sendo evidenciada, uma lesão séria comprovado pela equipe médica brasileira.



Abaixo, segue a lista dos jogadores convocados. Contudo, tente você torcedor-leitor, ir montando o seu time ideal para essa competição. Lembrando que, ainda, é inédito a conquista para seleção canarinho, caso venha se concretizá-la.


Confira os jogadores convocados:


Goleiros:
Diego Alves – Almería
Renan – Internacional


Zagueiros:
Alex Silva - São Paulo
Breno - Bayern de Munique
Thiago Silva – Fluminense


Laterais:
Ilsinho - Shakhtar Donetsk
Rafinha - Schalke 04
Marcelo – Real Madrid


Meio-campistas:
Andersom – Manchester United
Diego – Werden Bremen
Hernanes – São Paulo
Lucas – Liverpool
Ronaldinho – Barcelona
Thiago Neves – Fluminense


Atacantes:
Alexandre Pato – Milan
Jô – Manchester City
Rafael Sóbis – Real Betis
Robinho – Real Madrid


Autor: Daniel Miranda

terça-feira, 1 de julho de 2008

Mensagem do Dia

Por mais que o Dunga da seleção não seja nenhum anão, adora ver o Brasil jogar como time pequeno.

França vence Brasil, outra vez, com show de Zidane

Há exatos dois anos, o Brasil se despedia da Copa do Mundo disputada na Alemanha, em plenas quartas de finais. Diante da equipe francesa comandada pelo craque Zinedine Zidane, a Seleção Brasileira perdeu pelo placar de 1 a 0, com gol de Henry, marcado aos 12 minutos da segunda etapa. A partida foi realizada no Estádio Waldstadion, em Frankfurt, perante um público de 48 mil espectadores.


A história enfim, se repetia. Como, também, ocorreu na Copa do Mundo de 1998, disputada na França. Onde na época, o Brasil levou 3 a 0 na final para o mesmo adversário, com dois gols de Zidane e outro marcado por Petit. Essa partida foi realizada no dia 12 de julho, no Estádio Stade de France, localizada na cidade de Saint-Denis, ao norte da Capital francesa.




Após essa rápida retrospectiva, eu quero na verdade, lembrar de um texto que escrevi logo depois da Copa de 2006, para um grande parceiro de colégio, futebol, amigo do bairro e por fim, também de faculdade, apesar de sermos de cursos diferentes, Marcelo Dreher (Marcelinho), sobre Zidane e a sua indiscutível atuação na partida.







Marcelinho como que tu estas depois de sábado meu bruxo?






Caro Marcelo, eu como um futuro jornalista e para isso que estou estudando há cerca de um ano, resolvi escrever este texto. Tive reparando o jogo das quartas de finais da Copa do Mundo, entre Brasil e França, valendo uma vaga na semifinal da maior competição do planeta bola. Só que agora, com os olhos críticos de um jornalista amador, é verdade, que está dando os seus primeiros passos na profissão, que fiz questão de analisar essa partida para poder comentar nessas palavras.



Você tempos atrás me enviou um scrap no Orkut, dizendo que o meu ídolo no futebol (o camisa 5 do Real Madrid, o 10 da França, e final dos anos 1990, o 21 da Juventus) estava devendo um melhor desempenho nas últimas duas temporadas pelo time espanhol, que de fato é verdade, e eu concordo contigo. Onde nesse clube, o que mais se tem e o que vemos são nomes de jogadores consagrados, do que propriamente, um time de futebol. Por isso, os fracassos desses atletas e a decepção por parte de milhares torcedores da equipe do Real.



Mas eu nunca deixei de acreditar nele, mesmo quando anunciou que estava se despedindo da Seleção Francesa, com a eliminação da Eurocopa de 2004. Um ano mais tarde, com pedidos de uma nação e amigos, até mesmo de dentro do futebol, ele voltou atuar com a 10 da França, que a tanto consagrou. Dando-lhe três títulos de melhor jogador do mundo (1998, 2000 e 2003), ele ajudou o seu país a se classificar para mais uma Copa. Queira ou não, essa seria sua última competição da sua carreira vitoriosa no futebol. Momentos antes de começar a Copa na Alemanha, anunciou ainda em seu clube, que estaria se aposentando dos gramados no fim da competição. Mesmo tendo um ano há mais de contrato com o Real Madrid. Então, é assim que eu fiz o comparativo da partida de sábado entre essas duas Seleções.



Vejamos os noticiários. Para todos da imprensa e nós torcedores, a Seleção Brasileira é favoritíssima ao título mundial. Por conseqüência, isso nos garante, ao menos na teoria, que o Hexacampeonato Mundial já tenha um suposto dono, o Brasil. Isso devido ao grupo de jogadores bons que temos. Mas aí me submeti e pensei que nem no caso do Real, um time cheio de Galácticos, que na verdade, não conquistaram nada. E foi assim nessa Copa na Alemanha, a soberba da equipe brasileira era tanta, se é que podemos chamar de Seleção, que muitos jogadores medalhões estavam preocupados em bater seus recordes pessoais, do que vencerem “mais uma Copa”.



Casos de Ronaldo, Cafu, Roberto Carlos, o técnico Carlos Alberto Parreira e seu Zagallo, entre outros. Pois esses medalhões conseguiram os seus objetivos. A expectativa, a esperança e a euforia que toda mídia criou para o sofrido povo brasileiro, foram todos eles depositados em Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Robinho e companhia. Que infelizmente, não obteve sucesso. Que pena, não é gente? De nada nos adiantou! Perdemos novamente para a França, como ocorreu nas Copas de 1986 e 1998. Só que dessa vez, de maneira humilhante. Sem ter dado um chute a gol se quer. Irreconhecível a atuação da equipe brasileira.



Em 1986, Michel Platini comandou a equipe francesa. Há oito anos, tivemos o maior carrasco de todos os tempos, que na oportunidade, marcou duas vezes e de cabeça, pois com toda a sua maestria, genialidade, habilidade, calma, enfim..., de jogar futebol. E é simples e até demais só para ele. Que partida esse jogador fez contra o Brasil. Não fez o gol, mas deu o passe, como também deu chapéus, pedaladas, arrancadas, show de categoria, para calar todos aqueles que o criticaram quanto o peso de sua idade e o seu condicionamento físico.



Que fique claro dessa vez, a esses críticos que o futebol se joga com a cabeça e não do jeito brucutu, na força e por aí vai, como muitos gostam. Aos medalhões brasileiros, jogue o futebol pelo o prazer de se jogar, não com a cabeça nos recordes e dinheiro com propagandas e direitos de imagens. Os brasileiros agradecem.



Os franceses tinham certeza. Ou melhor, razão, quando pediram para que ele voltasse aos campos. E para o bem do futebol ele voltou. Esse atleta escutou a voz desses milhares de torcedores. Parou, pensou. Pensou no seguinte ditado popular: “A voz do povo é a voz de Deus”. Com esse ditado eu digo e escrevo: - Seja bem vindo outra vez, Zinedine Zidane.










Autor: Daniel Miranda








Ficha técnica: Brasil 0 x 1 França






Equipes:


Brasil: Dida, Cafu(Cicinho), Lúcio, Juan, Roberto Carlos, Gilberto Silva, Zé Roberto, Juninho Pernambucano(Adriano), Kaká(Robinho), Ronaldo e Ronaldinho. Técnico: Carlos Alberto Parreira






França: Barthez, Sagnol, Thuram, Gallas, Abidal, Makelele, Vieira, Ribery(Govou), Zidane, Malouda(Wiltord) e Henry(Saha). Técnico: Raymond Domenech






Gols: 12min - 2º tempo - Henry






Cartões amarelos:


Brasil: Cafu, Juan, Lúcio e Ronaldo


França: Sagnol, Saha e Thuram






Local: Waldstadion, em Frankfurt.


Árbitro: Luis Medina Cantalejo (ESP).


Público: 48.000 espectadores.

domingo, 29 de junho de 2008

50 anos do primeiro título mundial

Hoje, 29 de junho de 2008, o povo brasileiro tem o que comemorar. Afinal, como sempre, só poderia vir por meio do futebol. Pois, podem celebrar os 50 anos do primeiro título mundial da seleção canarinho.

Em 1958, na Suécia, foi realizada a sexta Copa do Mundo da história. História essa que passaria ter um final feliz e tamanha importância para o Brasil. A Seleção Brasileira conquistou o seu primeiro título mundial naquele ano. O Brasil acabou por enfrentar os próprios donos da casa, vencendo os suecos, na final, pelo placar de 5 a 2. Jogo disputado em Estocolmo, as 15 horas, no Estádio Solna-Rasunda, diante de um público de 49 mil pessoas. A Suécia só venceu o sorteio do uniforme, assim, jogando a final de amarelo e o Brasil de azul.

A partir daquele momento, as habilidades técnicas da equipe brasileira eram admiradas por todo o mundo. Os brasileiros exibiam uma desenvoltura com a bola que não havia comparação entre os europeus. Embora, o Brasil tivesse se classificado para todas as Copas do Mundo, ainda não havia conseguido o título.

Título esse inédito para os brasileiros, que finalmente mostraram o seu potencial na Copa do Mundo, quando ofuscaram a competição e venceram o campeonato. A estrela do time foi um jogador excepcional, Edson Arantes do Nascimento, de apenas 17 anos, conhecido mundialmente pelo apelido Pelé, que dominaria o futebol internacional nos próximos 12 anos.

Depois da frustração da Copa de 1950 e da precoce eliminação na Copa de 1954, o Brasil recorreu a métodos científicos durante a preparação para a Copa da Suécia, que resultou no afastamento do time de Zito, Pelé e Garrincha (este último depois de um teste psicotécnico que o deu como totalmente incapacitado para as pressões emocionais de uma competição semelhante). Os jogadores acataram as decisões da comissão técnica, que pareceram acertadas depois da fácil vitória sobre a frágil seleção da Áustria por 3 a 0, gols de Mazola (2) e Nilton Santos.

No entanto, a total impossibilidade de furar o sólido bloqueio da defesa da Inglaterra no segundo jogo (o primeiro na história das Copas a terminar em um empate sem gols) levou os jogadores Bellini, Nilton Santos e Didi a pedirem uma reunião com o dirigente Paulo Machado de Carvalho e o técnico Vicente Feola. Nessa reunião, disseram que o time não podia prescindir do talento dos três jogadores afastados em conseqüência dos testes para vencer o jogo contra a forte e já extinta União Soviética (URSS), hoje Rússia, no qual só a vitória interessava. As partidas seguintes se encarregaram de provar que a avaliação dos jogadores estava correta. No jogo contra a URSS, a bola enfim chegou ao matador Vavá, que fez os gols na vitória por 2 a 0.

Depois veio o duríssimo jogo contra o País de Gales, decidido num lampejo do garoto Pelé, que deu dois chapéus dentro da área antes de mandar a bola para dentro do gol. O jogo contra a França, cujo resultado de 5 a 2 (três de Pelé, um de Vavá e Didi) dava a impressão de ter sido fácil, foi na verdade definido quando Fontaine, artilheiro da Copa com 13 gols, sofreu uma fratura na perna e teve que sair do jogo, deixando a sua equipe com um jogador a menos — naquela época, os times não podiam fazer substituições durante o jogo.

Na final, Pelé fez mais dois gols nos 5 a 2 contra a Suécia e começou a despontar como o “Rei do Futebol”. Os outros três gols da partida foram marcados por Vavá (2) e Zagalo. O time-base do Brasil era formado por: Gilmar, De Sordi, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé e Zagalo.


Parabéns Brasil pelo título mundial de 1958


Autor: Daniel Miranda
Fonte: Enciclopédia Encarta

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Mensagem do Dia

A diferença de tamanho entre o futebol e o Brasil. O futebol é uma caixinha de surpresas, o Brasil é um galpão de corruptos.

O show sem espetáculo da Europa


O futebol pode mesmo refletir a sociedade onde é praticado. Pode exemplificar a civilização, o modo de vida enfim, do lugar onde acontece. Na Eurocopa 2008, vemos o espelho do continente na competição. Toda a pompa que exige um torneio entre seleções de primeiro mundo pode ser notado. Estádios luxuosos, confortáveis e seguros, cidades-sede das partidas com infra-estrutura de dar inveja, capaz de receber e muito bem, torcedores e turistas de todas as nações participantes. Uma pirotecnia usada nas cerimônias que demonstra o poderio financeiro dos europeus. Dão show. Mas o espetáculo mais esperado de todos, o feito dentro das quatro linhas, não passa de uma chatice. Uma ópera desafinada.
Os esquemas de quase todos os times são parecidos, retranqueiros. Os talentos são raros e coibidos com ríspidas jogadas muitas vezes. A falta de técnica fica evidente nos embates, que chegam a dar sono no cidadão postado em frente a TV. Os europeus sabem se vender muito bem, nos fazem engolir um campeonato sem brilho, sem emoção e ainda sim nos empolgar por os estarem vendo em campo. Itália contra França!! Que baita jogão! Mais parecia uma dose forte de calmante.
Eu me pergunto. Estará fadado o futebol europeu a essa escassez de técnica para sempre? Enquanto os cartolas do velho mundo tiverem como política prioritária assediar nossos talentos infantis, muitas vezes sem que os meninos tenham chegado sequer a puberdade, sim. Não é a toa que toda vez se abre a janela de transferências milhares de sulamericanos, e principalmente brasileiros, sejam seduzidos pelos valiosos euros que moram do outro lado do Atlântico. A FIFA, entidade máxima do futebol, tenta moderar esse câmbio, limitando em cinco o número de estrangeiros por time na Europa. O que convenhamos, deixaria bem menos interessantes, os milionários campeonatos de lá. Com toda a pujança econômica que possuem deveriam investir em seus próprios garotos, suas raízes. Para que no futuro possam colher frutos vistosos na grande feira que é o futebol, logo ali, em seus quintais.


Se quase todas as equipes européias são igualmente ruins, a Espanha não é. Com seu futebol técnico e ofensivo, a Fúria, como é carinhosamente chamada, encanta seus torcedores e simpatizantes. Como um grande time, começa com o bom goleiro Casillas, passa é verdade pelos brucutus Puyol e Sergio Ramos na defesa, mas tem no meio-campo grande força, com o futebol leve e sofisticado de Xavi, de Silva e do reserva titular Fabregas. No ataque duas peças raras, Fernando Torres e Villa. Talentos afinados e com faro de gol. Se não cair nas artimanhas do mecânico futebol alemão, os espanhóis darão um sinal de alento ao pobre futebol do velho mundo.

Mensagem do Dia

Mulheres são como defesas que fazem linha de impedimento. Só funcionam quando bem treinadas.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Grenal


Estamos prestes a presenciar a 370ª edição do maior clássico regional brasileiro e talvez do mundo, o de maior rivalidade, maior comoção e mobilização em sua praça de desporto, o Grenal. Desde a sonora goleada gremista por 10x0 no longínquo 18 de julho de 1909, no primeiro Grenal, ao 7x0 colorado em 1948, o azul e o vermelho das duas bandeiras se opõem. Se desencontram, se bicam. O Inter leva vantagem no número de embates vencidos contra seu maior rival, são 19 vitórias a mais, porém, quando se trata de campeonato brasileiro a escrita é favorável aos tricolores, são três confrontos a mais vencidos pelo time da Azenha.

Números a parte, é comum nas semanas que antecedem um Grenal, um time em boa fase e outro em maus lençóis. E o que poderia ser algo animador para um e desalentador para outro, muitas vezes serve de motivação para o pior posicionado e soberba para o melhor colocado. São as lógicas de um clássico sem lógicas, sem previsões, o que não quer dizer que não exista muita expectativa, muita animosidade. De parte a parte os olhares e instintos são de gana, de garra, de luta e de sobrevivência, afinal um Grenal pode matar ou pode ressuscitar um dos dois clubes. Ou alguém duvida que depois de uma vitória no clássico o Internacional possa dar uma reviravolta em sua trajetória no certame nacional? Ou o Grêmio vencendo alavancar ainda mais sua campanha promissora e de quebra ver o rival se afundar em uma crise sem precedentes?

Pois vos digo meus senhores, que em um clássico do tamanho de um Grenal, não há definitivamente favorito, até quem a essa posição é alçado, dela se escapa em depoimentos pólidos e combaidos. O Grêmio chega ao embate de número 370 com a calma e serenidade conquistadas com a boa trajetória até aqui no Brasileirão. Depois de um começo de ano difícil, com duas eliminações precoces e consecutivas, o Tricolor vai readquirindo a confiança para trabalhar e buscar de novo a Libertadores. No lado colorado a situação é inversa, após um animador começo de temporada com as conquistas da Dubai Cup e do Gauchão, o colorado vem provando o gosto amargo das derrotas. Chega ao Grenal com a obrigação de dar uma satisfação aos seus torcedores e arrumar a casa. Tanto gremistas e colorados trabalham forte porque sabem que o Grenal 370 tem lógica, mas a lógica não faz parte de um Grenal.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Brasil 0 x 0 Argentina


A Seleção Brasileira não saiu de um empate sem gols diante da Argentina, em partida disputada quarta-feira à noite, no Estádio Mineirão, válido pela sexta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010.

Após ter perdido para o time paraguaio, no final de semana, por 2 a 0, em Assunção, a equipe brasileira mostrou melhor desempenho contra os hermanos, mas não o suficiente para vencê-los.
Enquanto que a Argentina vinha de um empate em 1 a 1 com o Equador, no Monumental de Nuñez. Contudo a trupe, comandada por Riquelme e Messi, de boas atuações vale ressaltar, continuam com dois pontos de vantagem na tabela de classificação sobre o Brasil, 11 para 9 pontos. Quem lidera o grupo é o Paraguai, com 13.

Desde domingo, alguns torcedores já manifestavam a saída do técnico Dunga, da Seleção Brasileira, que vêm sofrendo severas críticas e cada vez mais intensas na imprensa, após a derrota no amistoso para a Venezuela, a cerca de duas semanas, nos Estados Unidos.
Seguido, agora, com esses dois resultados pela Eliminatórias Sul-Americanas, derrota e empate, o boato é de que Dunga assim que der o início e até o término da participação do Brasil, nos Jogos Olímpicos em Pequim, deixará quase que certo o cargo de técnico da seleção. Isso me remete a um passado não muito distante, quando os treinadores Luxemburgo e Leão, também, foram demitidos.

Acredito ser muito cedo para se pensar numa não classificação da Seleção Brasileira para a Copa de 2010. Tendo em vista, que recém ocorreu a sexta rodada do total de 18 jogos, ainda a se realizar.

Portanto, é bom o técnico Dunga ficar bem esperto e continuar trabalhando firme para que nas Olimpíadas possa conseguir um excelente resultado pra nós brasileiros, e dessa forma, dar seqüência no comando da comissão técnica.

Autor: Daniel Miranda

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Momentos


Talvez o nome mais recorrente da vitória Gremista sobre o Goiás sabado (14/06) no Serra Dourada, seja o do goleiro Victor. O arqueiro tricolor teve em sua atuação maior destaque do que o tabu quebrado pelo time gaúcho no sempre complicado estádio do Esmeraldino. Victor foi seguro, eficaz, por vezes frio e calculista. Chegamos a metade da temporada e muitos torcedores já esqueceram do argentino Saja, tudo isso, graças as grandes e frequentes intervenções do guarda-redes do Grêmio. De acordo com a velha máxima do futebol de que todo grande time começa com um grande goleiro, o Grêmio pode se animar. Fora a grata surpresa que é Victor, temos um sistema defensivo sólido, responsável pela melhor defesa do Brasileirão até a sexta rodada, uma média de 0,5 gol por partida. Nem um gol por partida de média. No meio-campo Roger comanda a articulação Gremista, auxiliado pelos coadjuvantes Rafael Carioca e Eduardo Costa. Os laterais sobem com fluidez e defendem com sensatez. E o ataque que parecia ser o setor mais afetado, ou demorado a evoluir do time, começa a desabrochar. Dos nove gols marcados pelo tricolor no certame nacional, seis são originados dos avantes. O momento é bom.

Por outro lado, ali nas bandas da beira do rio, o momento não é dos melhores. Com a saída do capitão Fernandão o Internacional perde seu principal jogador, seu líder, seu rumo, seu prumo. Fernandão era o técnico colorado dentro de campo, trazia para perto os mais jovens, trocava experiências com os mais velhos. Era, junto de Iarley, agora no Goiás e Clemer, um dos líderes do vestiário vermelho. Um vestiário vencedor, o mais vencedor da história do clube. O Inter não se perde só agora. Se perde a algum tempo, depois da conquista sobre o Barcelona em Yokohama, o colorado pareceu maravilhado, disperso, disconexo. Fez um péssimo gauchão e igualmente vexamou na Libertadores. No brasileiro houve descaso e o ano de 2007 passou em branco. Em 2008 com a conquista da Dubai Cup e do Gauchão com uma sonora goleada sobre o Juventude, parecia que tudo se resolveria. Parecia. A eliminação da Copa do Brasil para o campeão Sport deflagrou os defeitos do Inter. Em um dos times considerados com o melhor grupo do Brasil, faltavam jogadores, ou melhor, faltavam jogadores de qualidade, uma vez que o grupo vermelho era bem extenso. Talvez por isso as dispensas tenham começado a ocorrer. Gabiru e Iarley, nomes importantes da conquista mundial, foram deixados ao relento. E por fim o capitão Fernandão foi tirado do Beira-Rio com uma proposta milionária do Oriente Médio. Muitas perguntas ainda estão no ar. Conseguirá Tite se recolocar no cenário nacional com um grande trabalho no Inter? Quem substituirá Fernandão? Quando enfim terão os colorados a volta de seus bons momentos?

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Oportunismo ou Oportunidade?

O Capitalismo Esportivo
Fê Cunha


O esporte profissional se tornou um dos maiores espetáculos da cultura da mídia de massa. A exposição de certos esportes fez com que determinados atletas recebam grande destaque, seja por suas habilidades esportivas ou suas atividades dentro e fora das competições.

Pelo fato de representar um dos mais importantes fenômenos sociais, diversas empresas usam o esporte como uma ferramenta para aumentar sua popularidade. Ainda, transformam um esportista profissional em estrela e passam a imagem de que é o equipamento usado por ele, o responsável pela eficiência do atleta, o que traz grande sucesso em suas vendas. Essa estratégia é usada também por empresas que não possuem relação direta com o esporte, como bancos, títulos de capitalização e construtoras, por exemplo.

O esporte profissional constituía, no passado, um evento que dava às pessoas senso de comunidade e orgulho. Para os participantes, a alegria de um simples jogo para uma platéia de milhares de pessoas era mais do que uma compensação.

A indústria do esporte profissional atualmente representa um negócio repleto de oportunidades. Os próprios clubes fazem com que sua marca esteja nos mais diversos lugares e acessórios que vai muito além de calções e camisetas, chegando a todo o tipo de vestuário, artigos de escritório, cama, mesa, banho, além de outros produtos e serviços. O esporte é parte indissociável da vida contemporânea e objeto de consumo de todas as classes da sociedade brasileira. Os diversos produtos esportivos à disposição do consumidor e o consumo esportivo alcançam uma posição bastante importante na indústria de comércio.

Além disso, um consumidor pode acreditar que, comprando e usando o produto ou serviço, absorverá suas qualidades desejadas como num passe de mágica. Freqüentemente, mais importante que o reconhecimento do nome da marca, é aquilo que ela significa, as associações e a personalidade do espectador/usuário.

O jogo, outrora visto como diversão, cede lugar à realização de negócios. Os clubes, que antes nasciam da interação social e da vontade das comunidades, objetivam agora a formação e a venda de jogadores, sua principal fonte de renda e, efetivamente, o produto com maior taxa de lucro. A competição não mais se limita à quadra, ao campo, a piscina ou aos ringues, ela está presente em reuniões das maiores empresas, através da extensão do produto e da criação de novas fontes de receita.

No momento em que se conquista um campeonato ou uma medalha de ouro, há a divulgação e conseqüente a venda de produtos e técnicas, que parecem ser responsáveis pelo sucesso dos esportistas. O esporte se transformou não só em uma indústria de inegável poder econômico, ligada ao consumo de massa do esporte, como também em um componente forte de capitalismo.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O dia do goleiro


Quando se posta debaixo das traves o goleiro sabe que pode tanto ser consagrado, como massacrado. Desde a pelada quando muleque, quem resolve "atacar" no gol sabe que é visto de maneira diferente pelos outros. E nem sempre boa. O goleiro flamenguista Bruno talvez soubesse de tudo isso quando se ajoelhou sobre o gol que defenderia no estádio Olímpico em Porto Alegre, em partida contra o Grêmio. Ou talvez simplesmente estivesse pensando em não deixar a bola passar. O fato é que foram 19 intervenções do arqueiro, pelo menos quatro de suma importância, e ao final do jogo o nome do próprio soou incontestávelmente como sendo o personagem principal da partida. Bruno contou com a trave, com a má pontaria do ataque gremista, com a sorte, com a estrela que um bom goleiro deve ter. Sim Bruno, que havia falhado na eliminação rubro-negra da Copa Libertadores, sofrida diante do América do México e seu "acima do peso" Cabañas. O goleiro se consagrava, se redimia, se justificava. Afinal o futebol precisa de satisfações, de respostas, de soluções.

Soluções estas que o próprio Grêmio não encontrou, mesmo sendo muito agudo, ofensivo, incisivo. O tricolor parou em Bruno, e parou também na qualidade de seus atacantes, que mesmo bem municiados por Roger, pelo ousado Hélder, dentre outros, não conseguiram marcar o tento azul. Fica a expectativa de que com os reforços e mexidas necessárias o Grêmio consiga fazer um bom Brasilerão. E por fim dar de novo a sua torcida a alegria da volta a Libertadores. Uma tão amada obsessão.


Foto: Daniel Moura

domingo, 11 de maio de 2008

A Paixão Gaúcha Pelo Futebol


Fê Cunha


O sentimento de paixão dos gaúchos pelo futebol começa em 19 de julho de 1900, com a criação do Sport Club Rio Grande, primeiro clube brasileiro dedicado só ao futebol e mais antigo em atividade no País. Durante seus 108 anos, o Rio Grande ganhou alguns títulos importantes, como o Campeonato Gaúcho de 1936, lutou contra muitas dificuldades, sobreviveu a todas e jamais deixou de participar dos torneios pelo Estado, mesmo sob muitas adversidades. Esse foi o marco da relação mais que centenária dos gaúchos com o futebol.

A organização de fato do futebol no Rio Grande do Sul só veio quando o Sport Club Rio Grande completou 18 anos de existência. Em 1918, com a criação da Federação Riograndense de Desportes, que mais tarde viria a ser a Federação Gaúcha de Futebol (FGF), como é explicado no site da entidade (http://www.fgf.com.br/portal/fgfhistorico.php). “Desde o início do século eram disputadas partidas amistosas, existiam muitas ligas e competições citadinas e regionais. Mas faltava uma entidade que comandasse o futebol gaúcho e organizasse o campeonato. No dia 18 de maio de 1918 foi fundada a Federação Riograndense de Desportos com a finalidade principal de congregar as associações desportivas e criar a disputa pelo título de campeão estadual. A reunião que marcou a criação da entidade aconteceu na sede da revista "A Máscara", no centro de Porto Alegre.

O primeiro presidente foi Aurélio de Lima Py, do Grêmio, que teve a tarefa de unir as várias ligas existentes para a disputa do primeiro campeonato estadual. A primeira competição, devido a uma forte epidemia de gripe, somente aconteceu em 1919. Os participantes foram Grêmio, Brasil de Pelotas e 14 de Julho de Livramento.

A Federação Riograndense de Desportos que transformou-se em Federação Gaúcha de Futebol já teve até hoje 22 presidentes e um interventor. O Dr.Aneron Corrêa de Oliveira é até agora o recordista na presidência da FGF. Ele comandou a entidade por 20 anos consecutivos.

O atual presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto Neto, empossado no dia 19 de janeiro de 2004.“.

Quem não é do Rio Grande do Sul e não conhece de perto a realidade esportiva do Estado sempre é levado a acreditar que a força do futebol gaúcho decorre exclusivamente da rivalidade entre Internacional e Grêmio. Essa conclusão, entretanto, não é capaz de explicar todas as circunstâncias que levaram os dois grandes times do Estado a grandes conquistas.

O Ex-Presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Emídio Perondi, tenta explicar esse motivo na FGF – Revista da Federação Gaúcha de Futebol, (1997, pg.03). “O futebol gaúcho não é grande por acaso, ou porque aqui surgem bons valores técnicos e alguns excepcionais administradores. Em certas circunstâncias, até os gênios ficam sem respostas para alguns enigmas.

No caso do nosso futebol, a cada ano se apresenta um desafio a ser vencido. Essa constante exigência de superação é que forja o caráter inabalável do desportista gaúcho” . Os dois maiores clubes do Rio Grande do Sul, estão na capital, em sua rivalidade quase centenária o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense (criado em 1903) e o Sport Club Internacional (em 1909), propagaram o futebol gaúcho por todos os cantos do planeta, em Peleia, Fabiano Baldasso e Carlos Guimarães (2007), citam a realização do primeiro Gre-Nal, que viria a ser o maior clássico do Estado. “Dois gigantes nasceram na primeira década do século XX. Um, em 1903. Outro, em 1909. Dois opostos. Os opostos se atraem. Dois semelhantes. Semelhantes que se repelem. Duas almas, duas entidades, duas paixões. Quando o Grêmio Football Portoalegrense e o Sport Club Internacional, precisamente às 15h23min do dia 18 de julho de 1909, deram o pontapé inicial para o primeiro jogo de futebol entre as duas agremiações, parte da história do Rio Grande do Sul estava mudando.” (Baldasso;Guimarães, 2007, pg.10).

Os dois clubes já foram campeãs mundiais interclubes, em 1983 o Grêmio pintou a América e o mundo de azul e em 2006 foi a vez do internacional atingir o ápice que um clube pode chegar. A grandeza das duas instituições e a paixão movida por suas torcidas faz com que os gaúchos digam ser a maior rivalidade do mundo, como é alegado em Peleia, Fabiano Baldasso e Carlos Guimarães (2007). “Por que a gente considera o Gre-Nal como o clássico de maior rivalidade do planeta? Certo, nós somos um pouco bairristas. Mas a palavra certa é uma só: Paixão. Somos completamente movidos por uma paixão construída ao longo de 100 anos de história. A história de um futebol com identidade, personalidade, autenticidade e singularidade.” (Baldasso;Guimarães, 2007, 148).

A paixão dos gaúchos pelo futebol é tão grande que faz com que o Estado pare quando ocorre um Gre-Nal, é comum ver ruas vazias, avenidas com baixo trafego de carros e os torcedores vidrados em frente à TV ou Rádio. Dois dos maiores cartões postais de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul pode ser conferido no jornal informativo especial, Zero Hora - O Melhor do Rio Grande (2006, pg.05) “Qual é o oposto do azul? Qualquer porto-alegrense responderia com naturalidade que é o vermelho, embora a resposta pudesse parecer absurda para alguém de fora do Estado. “Azul não tem antônimo”, retrucaria um visitante desavisado. Mas quem nasce ou adota Porto Alegre como moradia sabe que uma paixão move os gaúchos. Uma paixão dividida em duas cores, enraizada na cultura e no sentimento de sua população. É o Gre-Nal, a partida entre os dois maiores clubes do Estado.

Embora Grêmio e Inter tenham torcedores espalhados pelo Rio Grande do Sul e pelo Brasil, é em Porto Alegre que culmina a rivalidade. Seja no Olímpico ou no Beira-Rio, o Gre-Nal é um espetáculo de cores, caras pintadas, bandeiras, emoções e comemorações. Uma partida mais apaixonada e fervorosa do que qualquer outra de dois times, mesmo que não esteja valendo a taça, liderança ou classificação em um Campeonato Gaúcho ou Brasileiro, melhor ainda. Que colorado não lembra do Gre-Nal dos 5 a 2, quando o Inter manteve sua liderança no Brasileirão de 1997 após uma vitória de goleada no clássico, em plena casa do rival? E qual gremista poderia esquecer da final do Gauchão de 1977, quando o Grêmio ganhou de 1 a 0, quebrando uma hegemonia de oito anos de títulos consecutivos do principal adversário? Também marcaram época o chamada Gre-Nal do Século, vencido pelo Inter na semifinal do Brasileirão de 1988,e o Gre-Nal Farroupilha, que decidiu a taça citadina em favor do Grêmio em 1935. São partidas inesquecíveis, que fazem parte das boas memórias da vida de gremistas e colorados.

Sim, porque a rivalidade estabelecida entre os dois times é bem-vinda e torna-se uma constante na vida dos gaúchos. O Gre-Nal é tão importante que deixa saudade quando não ocorre por meses ou anos. O Rio Grande do Sul é o único Estado onde azul é oposto de vermelho. Mas uma cor precisa de outra para suscitar entre suas torcidas o sentimento mais apaixonado pelo futebol.”

O maior clássico do Rio Grande do Sul foi disputado 369 vezes, sendo 137 vitórias para o Internacional, 118 para o Grêmio e 114 empates. Já correram Gre-Nais em diversas competições além do Campeonato Gaúcho, como no Campeonato Brasileiro, na Copa do Brasil, Copa Sul, Copa Sul-Minas, Seletiva para a Libertadores, entre outros.

Os dois clubes já conquistaram todos os títulos requeridos para que um clube possa ser chamado de grande. O Internacional, ou Colorado (como também é chamado) conquistou um Mundial Inter-Clubes FIFA, uma Taça Libertadores da América, três Campeonatos Brasileiros, uma Copa do Brasil, 38 Campeonatos Gaúcho, entre outros. Já o Grêmio, ou Tricolor Gaúcho (como também é chamado), conquistou um Mundial Inter-Clubes, duas Taças Libertadores da América, dois Campeonatos Brasileiros, quatro Copas do Brasil, 35 Campeonatos Gaúchos, entre outros.

Outra citação sobre essa paixão pode ser conferida em Peleia, Fabiano Baldasso e Carlos Guimarães (2007). “Um Gre-Nal arruma a casa”, uma vez disse Ibsen Pinheiro. “O Grêmio não seria nada sem a grandeza do Internacional”, afirmou Rudi Armin Petry. “Eu nunca vi uma rivalidade como esta em toda a minha vida”, disse um andarilho deste mundo. Acreditamos em todos eles. O Gre-Nal é a razão de o Rio Grande do Sul ser tão apaixonado por futebol. (Baldasso;Guimarães, 2007, pg.11).

Além da dupla Gre-Nal, o Rio Grande do Sul tem vários clubes pequenos de tradição, com camisas reconhecidas pelos torcedores e que possuem vínculo sentimental com suas comunidades. Assim, o futebol não se resume a Grêmio e Internacional na TV. O amor ao futebol também é externado na beira da tela de estádios como o Bento Freitas (do Brasil de Pelotas, dono da maior torcida do interior do Estado), o Centenário (em Caxias do Sul), o Pedra Moura (em Bagé) e tantos outros.

O futebol é cultuado por todo o interior e na capital. As competições internas são fortes, embora falte dinheiro para levantar muitos clubes considerados pequenos.

O futebol no Rio grande do Sul não é apenas contemplativo. Tanto no interior quanto na capital são extremamente difundidas as peladas, em campos de várzea ou quadras alugadas, além de inúmeros campeonatos amadores e envolvendo as categorias de base dos clubes. No interior do Rio Grande do Sul são famosas as competições que fazem parte as categorias de base dos clubes, em Alegrete, interior do estado, acontece o Encontro de Futebol Infantil Pan-Americano (Efipan), como é explicado no jornal informativo especial, Zero Hora - O Melhor do Rio Grande (2006). “O Encontro de Futebol Infantil Pan-Americano (Efipan) reúne desde 1980 o melhor do futebol infantil do Rio Grande do Sul, do Brasil e de países do Mercosul. Na sua primeira edição, já reuniu equipes como o Nacional de Montevidéu, Cerro Porteño, de Assunção, a Seleção de Buenos Aires, Palmeiras (SP), entre outros. O torneio é reconhecido pela Federação Internacional de Futebol (FIFA).

Todos os anos, na primeira semana de janeiro, centenas de meninos com idades de até 13 anos deixam de lado parte do período de férias pela chance de brilhar no encontro. Já passaram pelo Efipan jogadores como Ronaldinho, do Barcelona, os argentinos Canigia e Tevez e o gaúcho Rafael Sóbis.

Por isso, não é raro ouvir alguém comentar que o encontro antecipa futuros craques. Para a arbitragem são chamados juízes de futebol de renome, como o representante brasileiro na Copa da Alemanha, Carlos Eugênio Simon.

A competição também premia os torcedores sempre com o primeiro Gre-Nal do ano. E, ao final do evento é escolhida a seleção Efipan e seu craque revelação.” (2006, pg.53).

Já em Santiago, ocorre a 20 anos a Copa Santiago de Futebol Juvenil, como é citada em Zero Hora - O Melhor do Rio Grande (2006). “Craques da bola são revelados na Copa Santiago de Futebol Juvenil desde 1998. O torneio conta com times do Mercosul e já foi prestigiado por equipes do México, do Japão e pela seleção juvenil da China. Já disputaram o torneio jogadores como Ronaldinho, Anderson Polga e Emerson.” (2006, pg.161).

Como podemos ver a força do futebol gaúcho não está apenas nas grandes conquistas. A origem de tudo está no esforço de todos para manter o futebol vivo em todos os gramados do estado, para deixar em evidência os considerados pequenos e cidades que não são consideradas pólos de futebol.

Em síntese, a importância de um país ou estado no cenário futebolístico não se faz apenas com muito dinheiro. É necessário um espírito coletivo que mantenha aceso o amor pelo futebol. É preciso que se mantenham todas as instituições, que reforcem esse vínculo emotivo com a bola. Por isso o trabalho dos pequenos também faz parte da história de sucesso da dupla Gre-Nal.

Em Peleia, Fabiano Baldasso e Carlos Guimarães, (2007), uma referência sobre o motivo da paixão gaúcha pelo futebol. “Uma história construída e permeada por batalhas, combates, façanhas e heróis. De um Estado que se orgulha de cantar o seu hino, que se orgulha de servir de modelo a toda terra, mostrando valor, constância, com um povo que tem virtude e jamais, jamais acaba por ser escravo.

Essa é a motivação. Bairrismo? De forma alguma. Apenas queremos mostrar a importância do nosso povo dentro do contexto brasileiro. E aí, voltamos para o começo de tudo. Há algo melhor do que futebol para explicar tudo isso? Certamente, nada mais apaixonante.” (2007, pg.07).

A paixão do povo gaúcho pelo futebol eleva o esporte pelo mundo, divulgando o futebol não só gaúcho, mas brasileiro, suas peculiaridades, virtudes e principalmente emoção.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Proibir é melhor que educar!!!

Nas últimas semanas um assunto, no mínimo intrigante, tem sido pauta das discussões entre os gaúchos. Principalmente os frequentadores dos estádios de futebol dos Pampas. A proibição da venda de bebidas alcóolicas dentro dos estádios de futebol ou eventos com a mais de cinco mil pessoas. Ora aqui no Rio Grande do Sul, impera um pensamento hipócrita de que o gaúcho é um povo esclarecido, politizado, bem informado culturalmente, pois vejo isso como uma tremenda forma de enganar os gaúchos que nunca tiveram acesso ao que realmente acontece dentro de nossas fronteiras. Realmente somos um povo mais aculturado em relação a outros estados da nação. Mas por que se somos um povo tão avançado temos que ser sabatinados pela martelo da proibição, imposto por senhores que se julgam soberanos e paladinos da justiça e da verdade? Que méritos possuem para ditar o que pode e o que não pode ser feito em nosso Estado? São senhores intolerantes, que pensam que proibir é melhor que educar. Pois se a bebida é proibida dentro do estádio, fora dele o torcedor bebe mais, em consequência chega em condição mais alterada ao campo. Se a proibição virasse educação desde o jardim de infância, desde as primeiras séries fundamentais, o cidadão saberia seu lugar na sociedade, mesmo que dentro de um campo de futebol. A própria bíblia, sim as escrituras sagradas, dá o conselho no livro de Provérbios " ensina ao teu filho o caminho enquanto é pequeno e quando for velho não se desviará dele". Mas estes senhores do poder, da segurança, preferem "economizar" o dinheiro que custaria a educação de muitos gaúchos. O Estado diria que educação vem de casa, e que não pode se meter nestas questões, mas pode interferir no livre arbítrio de uma pessoa ao proibí-la ou não de consumir bebidas alcóolicas. Aliás me desperta curiosidade o fato do alcool estar sendo tão combatido no momento em que as campanhas publicitárias de marcas de cerveja no país são cada vez mais audaciosas e exuberantes. Claro, meus caros, quando a questão envolve dinheiro, tudo fica diferente, as pessoas podem "conversar". Se os sistemas de segurança dos estádios fossem eficazes, se os policiais fossem bem preparados, bem remunerados e se ouvesse um comprometimento dos dirigentes é fácil afirmar, não teríamos por que proibir nada. O torcedor é obrigado a ver seus craques irem embora cedo e sem nenhuma satisfação, é muitas vezes barrado ao ir acompanhar um treino e ainda corre o risco de apanhar de policiais mal-preparados. Não bastasse tudo isso, ainda é proibido de tomar sua cervejinha, porque os mesmos homens que bem engravatados roubam milhões, os tem como bandidos da embriaguez.


Jorge Fuentes

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Definida as semifinais do Gauchão 2008

Neste final de semana foram conhecidos os confrontos da próxima fase do Campeonato Gaúcho. Classificaram-se para as semifinais do Estadual: Internacional, Inter-SM, Caxias e Juventude.

A rodada teve início no sábado, onde o Internacional recebeu a Ulbra, no Estádio Beira-Rio, e venceu por 3 a 2, com gols de Fernandão, Iarley e Magrão. Para a Ulbra, o atacante Jacques, marcou duas vezes. O time colorado já havia vencido o primeiro jogo por 4 a 1, em Canoas. Agora, o Internacional enfrentará o Caxias, que despachou o São José/POA, no Estádio do Centenário, em Caxias do Sul, com o placar simples: 1 a 0. Na primeira partida, disputada em Porto Alegre, o jogo acabou com um empate em 1 a 1.

O confronto entre Caxias e Internacional será no próximo domingo (13/04), na Serra Gaúcha. E, no dia 20, o jogo da volta no Estádio Beira-Rio.

No domingo, houve o complemento da rodada das quartas de finais. Em Porto Alegre, a maior zebra dos últimos anos, pois o Grêmio jogando no Estádio Olímpico recebeu o Juventude, até então filial – vale lembrar, e foi batido pelo placar de 3 a 2. A equipe tricolor, de melhor campanha na primeira fase e candidata ao título, havia vencido o primeiro jogo por 2 a 1, não soube administrar a vantagem e chegou a levar 3 a 0 do time alviverde. Mesmo com os gols marcados por Jonas e Paulo Sérgio, a equipe gremista foi eliminada com um banho de bola do time de Zetti. O Juventude agora vai encarar o Inter-SM, que venceu em casa o Sapucaiense por 2 a 0. Na primeira partida, o Inter-SM havia perdido por 2 a 1.

Os confrontos entre Juventude e Inter-SM serão sábado (12/04 e 19/04). Porém, o time de Santa Maria, decidirá a segunda partida em seu estádio.

Abraços, Daniel Miranda.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Nunca foi fácil


Na vida enfrentamos dificuldades, momentos em que as coisas não vão bem. As vezes por uma dor, por uma angústia pessoal. Isso porém, não é uma exclusividade das pessoas, times de futebol também passam por tais situações. Foi o caso do Corinthians ano passado. A agrura de amargar o descenso fez arder a garganta de cada torcedor da Fiél. O mau planejamento de uma direção corrupta e descomprometida com os interesses do time alvi-negro fez com que a equipe descesse as profundezas da Segundona nacional. Momento que aqui no Sul foi vivenciado pelo nosso Juventude. Que também caiu em 2007, em uma campanha pífia que interrompeu uma sequência de 11 anos da Primeira Divisão. É preciso entender que no futebol atual não existem mais times bobos, e muito menos dirigentes. Os clubes além de talento e torcida, precisam contar com um bom planejamento. Uma estrutura baseada em uma estratégia de sucesso. Particularmente não simpatizo com o São Paulo, mas é impressionante a capacidade do seu Reffis, que já lhe valeu boas contratações, vide Adriano. O Grêmio anuncia a criação de um Núcleo Médico, o que pode sim fazer a diferença. Desde a categoria de base, passando pelos jogadores do elenco e terminando como um atrativo para atletlas que buscam recuperação. Um lar, disposto a acolher desabrigados da bola. Pois foi isso que o São Paulo fez, e o que, claro não somente, lhe rendeu alguns títulos.



II




A derrota de ontem mostrou alguns defeitos do Grêmio comandado por Roth. Mostrou também que alguns ali jogam,como diz um amigo "dando a vida". São os casos de Paulo Sérgio, Eduardo Costa, Rudnei e depois da lesão de André Luís, até Roger. Ele mesmo, a celebridade Tricolor, que está aprendendo a aliar garra a seu jogo técnico. Foi duro para o Grêmio perder a invencibilidade, o Atlético-GO não parece grande coisa. Mas quem viu o jogo sabe que o time goiano não tem nada de inocente. É bem montado e conta com alguns jogadores de trato diferente na bola. Se fosse prá perder, que se perdesse quando podia. Talvez seja esse o grande consolo no Olímpico, afinal, as coisas na Azenha nunca foram fáceis. E na verdade nme teriam graça se assim fossem.







Jorge Fuentes