segunda-feira, 16 de junho de 2008

Momentos


Talvez o nome mais recorrente da vitória Gremista sobre o Goiás sabado (14/06) no Serra Dourada, seja o do goleiro Victor. O arqueiro tricolor teve em sua atuação maior destaque do que o tabu quebrado pelo time gaúcho no sempre complicado estádio do Esmeraldino. Victor foi seguro, eficaz, por vezes frio e calculista. Chegamos a metade da temporada e muitos torcedores já esqueceram do argentino Saja, tudo isso, graças as grandes e frequentes intervenções do guarda-redes do Grêmio. De acordo com a velha máxima do futebol de que todo grande time começa com um grande goleiro, o Grêmio pode se animar. Fora a grata surpresa que é Victor, temos um sistema defensivo sólido, responsável pela melhor defesa do Brasileirão até a sexta rodada, uma média de 0,5 gol por partida. Nem um gol por partida de média. No meio-campo Roger comanda a articulação Gremista, auxiliado pelos coadjuvantes Rafael Carioca e Eduardo Costa. Os laterais sobem com fluidez e defendem com sensatez. E o ataque que parecia ser o setor mais afetado, ou demorado a evoluir do time, começa a desabrochar. Dos nove gols marcados pelo tricolor no certame nacional, seis são originados dos avantes. O momento é bom.

Por outro lado, ali nas bandas da beira do rio, o momento não é dos melhores. Com a saída do capitão Fernandão o Internacional perde seu principal jogador, seu líder, seu rumo, seu prumo. Fernandão era o técnico colorado dentro de campo, trazia para perto os mais jovens, trocava experiências com os mais velhos. Era, junto de Iarley, agora no Goiás e Clemer, um dos líderes do vestiário vermelho. Um vestiário vencedor, o mais vencedor da história do clube. O Inter não se perde só agora. Se perde a algum tempo, depois da conquista sobre o Barcelona em Yokohama, o colorado pareceu maravilhado, disperso, disconexo. Fez um péssimo gauchão e igualmente vexamou na Libertadores. No brasileiro houve descaso e o ano de 2007 passou em branco. Em 2008 com a conquista da Dubai Cup e do Gauchão com uma sonora goleada sobre o Juventude, parecia que tudo se resolveria. Parecia. A eliminação da Copa do Brasil para o campeão Sport deflagrou os defeitos do Inter. Em um dos times considerados com o melhor grupo do Brasil, faltavam jogadores, ou melhor, faltavam jogadores de qualidade, uma vez que o grupo vermelho era bem extenso. Talvez por isso as dispensas tenham começado a ocorrer. Gabiru e Iarley, nomes importantes da conquista mundial, foram deixados ao relento. E por fim o capitão Fernandão foi tirado do Beira-Rio com uma proposta milionária do Oriente Médio. Muitas perguntas ainda estão no ar. Conseguirá Tite se recolocar no cenário nacional com um grande trabalho no Inter? Quem substituirá Fernandão? Quando enfim terão os colorados a volta de seus bons momentos?

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