quinta-feira, 27 de março de 2008

Nem Tudo Que Reluz é Ouro

Nem Tudo Que Reluz é Ouro
Fernando Cunha


Estão definidos os classificados do Campeonato Gaúcho 2008. Ao longo da primeira fase se ouviu falar muitas coisas que devem ser analisadas neste momento. Como todos sabem o Juventude é conhecido com a terceira força do estado que horas é vermelho, outrora azul. Neste campeonato o que se viu foi um Ju cambaleante, com o fraco aproveitamento de 47,6%, pior campanha entre os classificados, mas que revelou para o grande publico o atacante Mendes, artilheiro da competição até aqui com nove gols.

Muitos dos que estão lendo neste momento associam a classificação do clube caxiense ao Internacional. Afinal, foram seis pontos conquistados diante do que a imprensa gaúcha havia batizado, erroneamente, de carrossel colorado. Pra mim, a denominação usada pelo brinquedo dos parques de diversão pode ficticiamente ser atribuída apenas à seleção holandesa, de Johan Cruiff ou à novela do SBT, nada além disso.

Um outro grande exagero é falar que jogos do Juventude contra a dupla Gre-Nal é clássico, isso é um absurdo, semelhante a dizer que Romário foi melhor que Pelé, por exemplo. Coisas do futebol, proporções infinitamente desiguais, mas que a mídia insiste em enaltecer para promover as partidas. O FATO é: Contra o colorado da capital existe uma richa, o bicho é triplicado, as palestras de motivação são mais fortes e o brio dos jogadores são colocados a prova. Inter x Juventude, sinal de copa do mundo para os caxienses. Contra o tricolor é mais um jogo, e ainda há a real conformidade de grandezas.

Nossa imprensa tem mania de apelidar, de batizar determinados momentos, seja carrossel, amarelar ou a famosa touca. Para acabar de uma vez por todas com a filosofia de que Juventude x Inter e Juventude x Grêmio é clássico, gostaria que o time caxiense tivesse ficado em terceiro lugar na classificação, assim teríamos, possivelmente, o também denominado Juve-Nal nas semi-finais, eu apostaria uma caixa de cerveja no colorado, mas como não deu, denominações a parte, vou beber as custas do Grêmio, algum dos que dizem que Juventude x Grêmio é clássico se habilita?

Fernando Cunha

sexta-feira, 21 de março de 2008

Quando alguém vai

Quando alguém vai, não sabemos se volta, se vale a pena esperar, se vai na memória ficar. Mas quando alguém que amamos vai, podemos chorar e até nos desamparar. O amor atravessa a lei da vida, da inspiração e da expiração, se eu amo, amo e deu, não há mais nada o que fazer. Quando perdemos alguém, o sentimento é de dor, e a dor é de saudade. A pior saudade é aquela que sabemos que não tem cura. Pq a pessoa não vai voltar. Força, paz e alegria, talvez sejam boas palavras. Ficar com Deus fera!!! Esse é o remédio...


Uma saudação ao marrento mais humilde da bola murcha!!!

quinta-feira, 20 de março de 2008

Falemos de Grêmio


O ano de 2008 começou e o Grêmio apresenta muitas novidades em relação ao ano que passou. Se dermos uma olhada para 2007 notaremos diferenças significativas ,pricipalmente no que diz respeito as idéias de futebol. Isto não é uma crítica ,simplesmente uma constatação. Em 2007 o Grêmio começou com um treinador e acabou o ano com ele, contratou uma série de jogadores mas a base de 2006 permaneceu. Antes o ataque do time não existiria sem ter um centroavante rompedor ,parecia uma condição estatutária(confesso que esta idéia me agrada), hoje os avantes escolhidos por Celso Roth para serem titulares são dotados de extrema velocidade.

Em meio ao mês de março algumas conclusões sobre o novo Grêmio podem ser tiradas:


a) O Grêmio tem goleiro. Victor é seguro, tem ótima saída do gol e bons reflexos. Pode melhorar um pouco a sua reposição, mas nada que preocupe. Marcelo Grohe já conhecemos a mais tempo , apesar de mais novo sempre que é chamado mostra muita personalidade.


b) Assim como nos anos anteriores desta direção de futebol , a defesa é sólida . Pereira é a grata surpresa do ano, mais magro e veloz tem sido uma muralha à frente da área. Léo é jogador de seleção e ponto final.


c) As laterais. Me parece o setor mais preocupante , principalmente o lado esquerdo. Anderson Pico não é lateral ,aliás não sei qual é função dele . Não sei nem se é jogador de futebol profissonal. Sim , porque jogador que não tem comprometimento tático não vinga, a não ser que seja uma craque , o que não me parece ser o caso de Pico. Hidalgo é bom marcador mas tem sérias deficiências ofencivas.Bruno Telles é o mais completo mas tem que se livrar destas inúmeras lesões.

Pela direita Paulo Sérgio tem mostrado uma fidelidade tática impressionante, é incrível como este jogador se doa na partida.Além disso está com bom aproveitamento na bola parada. Na reserva de Paulo tem Felipe Mattione que sempre que entra mostra futebol.


d) O meio campo com Eduardo Costa, Magrão, Roger e Julio Dos Santos mostra qualidades, porém em alguns momentos é inconstante. Os dois primeiros homens são os mais regulares , Magrão tem se mostrado bom marcador e com boa chegada ao ataque , apesar de abusar dos dribles em algumas circunstâncias. Roger estando "a fim",e parece que está, é craque , a lucidez do time passa pelos seus pés. De Julio Dos Santos se reclama que é lento , que parece sem vontade. Na última semana tivemos novas notícias sobre sua família que podem ser a justificativa para este desânimo. Mesmo assim a sua técnica aparece , é jogador inteligente , não dá mais de dois toques na bola para passar ao companheiro.Isto dá ritmo ao time.


e)O ataque titular parece pronto , quando jogam Soares e Perea a movimentação é intensa sendo acrecentado a chegada de Roger pelo meio. Na verdade o problema do ataque não está jogando , é no banco de reservas. O treinador nitidamente carece de melhores alternativas para este setor , pode ser que com a recuperação de Rodrigo Mendes as coisas melhorem, vamos ver.


Assim no meio do Gaúchao onde as facilidades são mais claras , as qualidades do grupo sobressaem . Aí é que entra Celso Roth , cabe à ele diagnosticar as doenças deste time para que mais tarde o remédio seja barato.


Conrado Gallo

terça-feira, 18 de março de 2008

Mensagem do Dia

Mulher de boca fechada e juiz que não apita contra o nosso time, ilusões!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Ter um time



Mesmo o Brasil sendo o país do futebol, existem pessoas que não possuem um time de coração. Aquele em que toda quarta param para assistir na frente da tv, ou no domingo, depois do churrasco em família, partem para o estádio, a fim de assistir uma partida de seu clube. Mas como, em um país, que para de quatro em quatro anos, durante a Copa do Mundo, pode alguém não ter um time de futebol para torcer, santo Deus? Alguns dizem que o futebol é uma tolice. Onze homens de cada lado correndo atrás de uma bola é um absurdo. Além do mais, recebem salários absurdos para viverem viajando. O que sabe-se bem não é verdade. Estes homens não chegam a ter as dificuldades de um gari, um pedreiro, um marceneiro, até porque suas remunerações em relação a estes humildes trabalhadores, são bem maiores. Porém nem tudo são flores, na vida dos boleiros. Carros depredados, agressões físicas, intimidações... Várias vezes jogadores de futebol não podiam sequer sair de casa, por medo de atitudes hostis de torcedores mais exaltados. Mas voltemos ao cerne da questão, torcer. No Brasil não ter um clube é quase como não ser brasileiro, é uma contrariedade a regra. Não que não defendamos a diferença, mas isso meus caros, é um absurdo.

I

Depois das oscilações das primeiras rodadas do Paulistão o Palmeiras parece engrenar sob o comando de Luxa, Diego Souza e Léo Lima (ambos ex-Grêmio) vão ao lado do chileno Valdívia construindo uma sólida meia cancha na equipe alviverde. Com um time dinâmico, resta saber se o time do ressentido Denílson irá suportar a pressão na Copa do Brasil. Nesta quarta-feira o Inter entra em campo pelo mata-mata nacional, passada a goleada sofrida frente ao Juventude a perspectiva dos colorados é chegar pelo caminho curto a Libertadores, e diminuir a diferença de títulos do rival Grêmio, 4 contra 1. Os vermelhos precisam saber se Fernandão é o homem-gol, ou o auxiliar de homem-gol na equipe. O Grêmio que segue ao lado do Tupi-MG, invicto na temporada, mais uma vez Perea fez a diferença, em um jogo que mostrou que Gauchão não é palhaçada. Não tem créu, nem chororô, mas muito lutas e algumas entradas viris. Quem respalda isso é Tadeu, o centroavante reserva do Tricolor, pode não saber fazer muita coisa, mas gol ele sabe.


II

O descontrole dos jogadores do Flamengo parece um desatino ao clube que talvez tenha o melhor conjunto da Libertadores. São os efeitos de uma competição que não se joga só dentro de campo, que nãos e joga só com os pés, mas com a mente, a inteligência, a malandragem e muita, mas muita catimba. O campeão deste ano ainda é uma incógnita, alguns apostariam em algum argentino, outros no São Paulo de Adriano, eu não arrisco. Por enquanto apenas uma certeza na competição continental. Muitos carrinhos, cotoveladas e cartões vermelhos serão dados, quem souber bater e apanhar melhor vai se dar bem.


Jorge Fuentes

sexta-feira, 14 de março de 2008

Mensagem do Dia

Precisamos de futebol como precisamos de sexo, nunca e sempre. Porque nunca é demais e sempre é bom.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Mensagem do Dia

Na dúvida, nunca deixe de secar o rival.

terça-feira, 11 de março de 2008

Mensagem do Dia

Canelada, cotovelada, divididas... Isso é futebol.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Por que Dunga na seleção?


A chegada de Dunga à seleção brasileira foi cercada de desconfianças, primeiro porque trata-se de um ex-jogador sem nenhuma experiência no comando de uma equipe, segundo porque sempre foi um jogador de pouca técnica que tinha a garra e a virilidade como suas principais características , e isso para uma seleção brasileira é muito pouco , principalmente para aqueles que até hoje veneram o futebol arte , algo que já foi sepultado a décadas e substituído pelo jogo competitivo e que realmente da resultados .
Em 1994 o Brasil estava numa fila de 24 anos sem um título mundial , tinha uma seleção que apresentava um futebol feio mas que invariavelmente dava resultados , uma seleção que tinha apenas um craque,Romário, mas tinha no seu conjunto a sua maior estrela . E quem era o líder desse conjunto dentro de campo ? Dunga. Era considerado o treinador dentro dos gramados , era o homem de confiança de todos.
Talvez por isso Dunga tenha sido chamado para comandar a seleção , não porque entenda mais taticamente que os outros treinadores brasileiros , mas porque talvez reúna características que nenhum outro treinador disponível hoje no Brasil tenha. Dunga foi chamado logo depois de um Copa do Mundo que a nossa seleção fez fiasco, tínhamos os melhores jogadores , os mais ricos, os mais badalados . Mas não tivemos um grupo de verdade , não tivemos uma união e principalmente não tivemos um Dunga na nossa seleção . Faltou um Dunga para mostrar que sem dedicação nos treinamentos , comprometimento na preparação física o título não vem. Afinal de contas nós não perdemos por sermos inferiores tecnicamente e sim porque não corremos mais que os outros.
E hoje vendo a seleção de Dunga jogar podemos comprovar tudo isso , não é uma seleção que da espetáculo é um time que joga pro gasto mas que corre os 90 minutos e deixa a superioridade técnica dos jogadores brasileiros sobressaírem naturalmente.
A missão de Dunga à frente da nossa seleção é resgatar o sentimento de carinho do povo brasileiro com a nossa seleção , uma tarefa difícil já que o nosso selecionado é “obrigado” a fazer jogos comerciais por todo o mundo , menos no Brasil . Nós torcedores que já sofremos com o êxodo dos nossos principais craques ficamos esperando para vê-los na tela da televisão , bem longe, isso tudo porque nossa entidade máxima do futebol tem que cumprir seus “compromissos” com seus patrocinadores.
Ao Dunga cabe recuperar a dignidade do melhor futebol do mundo , a nós torcedores infelizmente temos que nos acostumar com a realidade do futebol comercial que a cada dia mata mais a nossa esperança de termos o melhor do futebol brasileiro jogando no Brasil.


Conrado Gallo

E tem gente que chora sem motivos


Como deixar passar um fim de semana com tanta ênfase na arbitragem? Impossível não acham? Pois então, tem árbitro que dá dois cartões amarelos para um mesmo jogador, outro que volta atrás e marca pênalti por pressão de jogadores, foram tantas ocasiões que me brilhou os olhos para falar disso. Depois de tantos choros por causa de “erros” da arbitragem, eis que surge José Henrique de Carvalho que apitou Corinthians 2x0 Guaratinguetá. Ele errou ao mostrar dois cartões amarelos para o mesmo jogador, Magal ex-Inter por sinal, volante de Guará, e equivocou-se ao expulsar o volante Bóvio do alvinegro, que já tinha cartão, num erro de interpretação. Foi uma seqüência de lambanças em uma única partida, onde já se viu dois amarelos? Qualquer dia tiram um cartão azul do bolso ao invés de mostrar dois amarelos.
E olha que nem precisamos sair do tal “aclamado” Campeonato Paulista. Na partida em que o Santos derrotou o Noroeste por 3x2 não foi tão bizarro quanto o erro da outra partida, porém o senhor Guilherme Cereta de Lima que mandou seguir um lance absurdo de penalidade clara dentro da área do Norusca e o seu auxiliar também não fez questão e prosseguiu, mas depois de tantos protestos santistas e talvez uma palavrinha em seus comunicadores fez com que o lance voltasse e o árbitro mandou a bola pra marca da cal e Kleber Pereira fez mais um. Porque estou falando desses erros? Pois bem, verdade seja dita, nas ultimas semanas tivemos muitos chorões fazendo cada papelão e o pior, sem motivos para isso. Agora, ouvi dizer que o Andrés Sanches já pediu demissão da presidência corintiana e jogadores pediram para que a 2ª maior torcida do Brasil não vai mais aos jogos do Corinthians. Ops, acho que errei de Campeonato hein, mas tudo bem, para bom entendedor, meia palavra basta.
Daniel Moura

Mensagem do Dia

Mulheres e atacantes velozes são um problema.

Túlio chega lá!!!




O “findi” acabou. Surpresas? Não muitas, a Dupla Grenal segue vencendo no Gaúcho, o Tricolor ainda que com alguma sonolência, no jogo em que, quem mais levou perigo foi o calor. Perea parece assumir o papel de homem-gol da equipe, o “resolvedor”, se é que essa palavra existe. No Beira-rio o destaque foram elas, elas mesmo, as mulheres. Com passe livre nas catracas da Padre Cacique viram o Colorado aplicar dois e fazer mais uma vítima no estadual. Estadual bem chinfrim esse não é? Do interior, salvam-se dois, três no máximo, temos o Interzinho, como diria meu amigo Andrey, que faz bela campanha em sua volta a série A dos pampas. E o Sapucaiense que salva a honra dos times da região metropolitana. O Juventude se encaminha para um bom semifinalista. Semifinalista. Lá pras bandas do estrangeiro, São Paulo, o Corinthians que investiu e investiu bem em Mano Menezes, vai se creditando a uma boa Segundona, seu objetivo maior na temporada, ninguém nega. O Palmeiras vira um jogo em que eu já gritava: “Dá chutinho no ar agora Valdívia!!” E os b... perdem de novo, que pena!! No Rio, é difícil falar de um Estadual que só começa nas semifinais, o resto são amistosos dos times da capital. Que só jogam em casa. Os destaques até agora só tenho dois; a choradeira ridícula dos botafoguenses e as contusões de Dodô e Renato Augusto, que prejudicam seus times na Libertadores. E a vida passa. Mas os brasileiros não, na Espanha onde são barrados, Ronaldinho mesmo voltando a jogar bem, não evitou a derrota do Barça para o Villareal, a diferença continua grande do líder Real. O que prova que a fórmula de pontos corridos funciona bem melhor aqui do que lá. Em Portugal, por exemplo, o primeiro colocado Porto, tem 14 pontos a mais que o vice-líder, Benfica. Por enquanto é isso, e parabéns para o Túlio Maravilha. Que depois dos quatro gols na última rodada do campeonato Goiano, estabeleceu como meta chegar aos 880 até o fim de 2008 possui 833 anotados. Alguém dúvida que ele chegue lá?


Jorge Fuentes

quinta-feira, 6 de março de 2008

Mensagem do Dia

Gol e cerveja a gente sempre acaba tomando.

Os Campeões da Segundona

O rebaixamento é o fantasma, o maior temor de todo time, mais ainda daqueles do nível mais alto do futebol brasileiro, da série A, e o destino deles é a segundona. Pender na tabela aterroriza muitas equipes, mas principalmente as pequenas, que recém provaram da fruta, depois de um jejum, um celibato ecumênico, e essa é a hora de se reafirmar. Mas o nível do Campeonato é outro, a qualidade dos adversários, com maior poder financeiro e melhor planejamento, muitas vezes também. Isso dificulta a ascensão dos ascendentes, porém não pode-se dizer que esses são inferiores. Tanto é que o objetivo maior, de todo o time brasileiro, chegar a libertadores, onde só são aceitos 4 times do brasileirão, foi conquistado por dois times da segunda divisão, em dois anos consecutivos, através da Copa do Brasil. Santo André, campeão da Copa do Brasil, em 2004, e o Paulista, em 2005. Ou seja, o que os outros 16 times da primeira divisão não conseguiram, eles, humildes postulados de secundistas, o fizeram.
O Ipatinga é o mais novo participante da elite do Campeonato Brasileiro, mas até quando? O time recém chegou, está engatinhando. Muitos dizem que não deveria ter nem subido, e que no ano que vem já estará de novo no seu lugar, como o América-RN, que fica nesse sobe e desce. É a velha hierarquia do esporte e de times que se acham acima desse patamar e jogar na segundona seria ultrajante. E por que Não?! Quantos times multi-campeões já caíram e se levantaram mais fortes ainda? Será que é tão terrífico deixar o status, as grandes competições e jogar torneios com menos glamour, dinheiro, mas não menos disputados, pegados, com muito mais garra, muitas vezes, que o "futebol de primeira classe". Palmeiras, Grêmio, Fluminense, Botafogo, Atlético Mineiro, são exemplos de equipes consagradas do futebol nacional e, se tratando de alguns, mundial que estavam mal das pernas e foram rebaixados. Nem por isso, fecharam as portas, deixaram de jogar futebol. Ao contrário de muito time que tem mania de ser superior, eles foram viram e venceram. E depois retornaram tão campeões e fortes como já eram antes. Não ficaram escondidos atrás de clemência e interesses de emissoras para permanecer de pé, ano após ano, num cai não cai à beira da amargura.
O que acontece, é que times como Flamengo, Corinthians, que dependem do poder que sua torcida exerce sobre as transmissões de jogos, o que faz com que seja de total de desinteresse da Globo que o time seja rebaixado, passam anos a fio numa pindaíba, na maior tristeza, sem ganhar nada, o torcedor a ver navios, e ainda acham que estão na vantagem. Enquanto um tal de Paysandu, que em 2000 estava na série C, ascendeu em 2001 para a primeira divisão, campeão da segundona, e chegou às oitavas da libertadores contra o boca, em 2003. Um São Caetano, que elevou-se à nata futebolística, em 2000, vice-campão do tal chamado futebol de várzea, em 2001 era o segundo colocado, também, do campeonato principal do país e em 2002 chegou à final da Libertadores da América contra o Olímpia. O Grêmio, rebaixado em 2004, em 2005 foi campeão da competição, num episódio da história do futebol, diriam muitos, epopéico, a conhecida "Batalha dos Aflitos". A importância dessa vitória ganhou uma conotação especial para os gremistas, que comemoraram como se tivessem ganhado um mundial. Em 2006, encerrou na competição principal do país em terceiro lugar, e em 2007 já protagonizava uma final de libertadores, contra o Boca Juniors.
Ou seja, até aonde vale ficar em cima de uma mediocridade estacionada. Nem tomba, nem levanta. No final das contas, se ganha levando tombo e se erguendo, jogando e melhorando, do que décadas de futebol ordinário, esperando uma solução cair do céu. Conforme esse sobe desce vai ocorrendo, e há a participação de conceituados clubes nas divisões debaixo, uma miscigenação vai ocorrendo, se minimiza as diferenças de classes no futebol, o que deve acontecer com certeza. Por que a falta de atenção, de recursos, de condições, de salários decentes no futebol ainda é um entrave ao descobrimento e persistência de mais talentos. Além da falta de reconhecimento brutal ao trabalho dos menos favorecidos.
A magia e o delírio do futebol não tem raça, não tem cor, não tem nome e nem categoria.Acaba mais um campeonato brasileiro, o Corinthians está em situação crítica, mas se ele descer, certamente será um ótimo reforço à seleção de paladinos, morejadores que marcaram presença na segundona, e com muito esforço, por que não é fácil, terá a honra de se sagrar campeão do Brasil, pela série B. Ahh, Portuguesa, Coritiba- vencedor da edição mais recente-, vitória, sejam bem-vindos! E que o Ipatinga tenha muito sucesso na sua nova empreitada.


Felipe Ravizon

terça-feira, 4 de março de 2008

Mensagem do Dia

Lembre-se: Futebol e cerveja combinam.

Quarta e quinta Divisões

Bem se sabe o futebol gera milhões por ano. E no Brasil o esporte bretão tem popularidade tão grande que é capaz de parar a nação durante uma Copa do Mundo. Neste país do futebol está deflagrada a desigualdade social. Tanto dentro, como fora das quatro linhas. Não é só andando pelas ruas da nação, vendo favelas e mansões, por vezes tão perto umas das outras, que nos deparamos com a falta de equiparação econômica de nossa terra. No futebol é assim. O glamour dos grandes clubes, que vendem craques a mihões de euros e dólares, que se hospedam em hotéis cinco estrelas, que pagam exorbitantes salários à seus atletas, esse mesmo glamour contrasta com a pobreza de equipes do Interior do Brasil, que mal têm dinheiro em caixa para reformas básicas em seu estádio. Isso claro as que estádio possuem. E como na sociedade hipócrita em que vivemos os ricos pregam igualdade, mas na hora de dividir o pão, ou as cotas de televisionamento de partidas, querem sempre a fatia maior. Eu me pergunto será tudo isso culpa das federações, do Clube dos Treze, da CBF? Nem sempre. Sabe-se que no Brasil as coisas demoram a dar certo, quando dão. Somente mais de vinte anos depois de ser criado o campeonato nacional teve uma fórmula fixada, somente depois de inúmeros casos de clubes grandes subindo no "tapete", que houve uma moralização da série A, e times como Corinthians, Galo, Botafogo, Palmeiras, entre outros, disputaram a série B. Falta no Brasil um espírito de solidariedade entre os clubes grandes para com os de menor expressão. Que também deveriam se unir em prol de seus interesses, tais como: mais verbas para investimentos, através de mais receitas que só seriam possíveis com mais jogos. Um aumento do calendário destas equipes faria com a rotatividade de renda fosse maior entre elas. Na França, campeã mundial apenas uma vez, contra cinco títulos do Brasil, se joga até a quinta Divisão. Hora, a população francesa é bem menor que a tupiniquim, logo não se tem na teoria tanta torcida prá tanto time. Pode ser que lá falte torcedor, mas sobra organização. Fenômenos como o Brasil de Pelotas, que tem uma boa média de torcedores e, não desmerecendo o Xavante, nunca ganharam um título de expressão, deveriam usufruir de uma estrutura melhor de clube. De mais jogos para acompanhar seu time ao longo do ano. É preciso que os pequenos times do Brasil deêm as mãos e lutem pela quarta e quinta Divisão. Afinal, com tanto clubes não tem cabimento termos uma Série C com 64 clubes. Movimentação, mobilização, as pessoas gostam de futebol? Não as pessoas gostam do seu time grande, com o futuro, a classe baixa do esporte são poucos que se importam.

Jorge Fuentes