terça-feira, 22 de abril de 2008

Proibir é melhor que educar!!!

Nas últimas semanas um assunto, no mínimo intrigante, tem sido pauta das discussões entre os gaúchos. Principalmente os frequentadores dos estádios de futebol dos Pampas. A proibição da venda de bebidas alcóolicas dentro dos estádios de futebol ou eventos com a mais de cinco mil pessoas. Ora aqui no Rio Grande do Sul, impera um pensamento hipócrita de que o gaúcho é um povo esclarecido, politizado, bem informado culturalmente, pois vejo isso como uma tremenda forma de enganar os gaúchos que nunca tiveram acesso ao que realmente acontece dentro de nossas fronteiras. Realmente somos um povo mais aculturado em relação a outros estados da nação. Mas por que se somos um povo tão avançado temos que ser sabatinados pela martelo da proibição, imposto por senhores que se julgam soberanos e paladinos da justiça e da verdade? Que méritos possuem para ditar o que pode e o que não pode ser feito em nosso Estado? São senhores intolerantes, que pensam que proibir é melhor que educar. Pois se a bebida é proibida dentro do estádio, fora dele o torcedor bebe mais, em consequência chega em condição mais alterada ao campo. Se a proibição virasse educação desde o jardim de infância, desde as primeiras séries fundamentais, o cidadão saberia seu lugar na sociedade, mesmo que dentro de um campo de futebol. A própria bíblia, sim as escrituras sagradas, dá o conselho no livro de Provérbios " ensina ao teu filho o caminho enquanto é pequeno e quando for velho não se desviará dele". Mas estes senhores do poder, da segurança, preferem "economizar" o dinheiro que custaria a educação de muitos gaúchos. O Estado diria que educação vem de casa, e que não pode se meter nestas questões, mas pode interferir no livre arbítrio de uma pessoa ao proibí-la ou não de consumir bebidas alcóolicas. Aliás me desperta curiosidade o fato do alcool estar sendo tão combatido no momento em que as campanhas publicitárias de marcas de cerveja no país são cada vez mais audaciosas e exuberantes. Claro, meus caros, quando a questão envolve dinheiro, tudo fica diferente, as pessoas podem "conversar". Se os sistemas de segurança dos estádios fossem eficazes, se os policiais fossem bem preparados, bem remunerados e se ouvesse um comprometimento dos dirigentes é fácil afirmar, não teríamos por que proibir nada. O torcedor é obrigado a ver seus craques irem embora cedo e sem nenhuma satisfação, é muitas vezes barrado ao ir acompanhar um treino e ainda corre o risco de apanhar de policiais mal-preparados. Não bastasse tudo isso, ainda é proibido de tomar sua cervejinha, porque os mesmos homens que bem engravatados roubam milhões, os tem como bandidos da embriaguez.


Jorge Fuentes

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Definida as semifinais do Gauchão 2008

Neste final de semana foram conhecidos os confrontos da próxima fase do Campeonato Gaúcho. Classificaram-se para as semifinais do Estadual: Internacional, Inter-SM, Caxias e Juventude.

A rodada teve início no sábado, onde o Internacional recebeu a Ulbra, no Estádio Beira-Rio, e venceu por 3 a 2, com gols de Fernandão, Iarley e Magrão. Para a Ulbra, o atacante Jacques, marcou duas vezes. O time colorado já havia vencido o primeiro jogo por 4 a 1, em Canoas. Agora, o Internacional enfrentará o Caxias, que despachou o São José/POA, no Estádio do Centenário, em Caxias do Sul, com o placar simples: 1 a 0. Na primeira partida, disputada em Porto Alegre, o jogo acabou com um empate em 1 a 1.

O confronto entre Caxias e Internacional será no próximo domingo (13/04), na Serra Gaúcha. E, no dia 20, o jogo da volta no Estádio Beira-Rio.

No domingo, houve o complemento da rodada das quartas de finais. Em Porto Alegre, a maior zebra dos últimos anos, pois o Grêmio jogando no Estádio Olímpico recebeu o Juventude, até então filial – vale lembrar, e foi batido pelo placar de 3 a 2. A equipe tricolor, de melhor campanha na primeira fase e candidata ao título, havia vencido o primeiro jogo por 2 a 1, não soube administrar a vantagem e chegou a levar 3 a 0 do time alviverde. Mesmo com os gols marcados por Jonas e Paulo Sérgio, a equipe gremista foi eliminada com um banho de bola do time de Zetti. O Juventude agora vai encarar o Inter-SM, que venceu em casa o Sapucaiense por 2 a 0. Na primeira partida, o Inter-SM havia perdido por 2 a 1.

Os confrontos entre Juventude e Inter-SM serão sábado (12/04 e 19/04). Porém, o time de Santa Maria, decidirá a segunda partida em seu estádio.

Abraços, Daniel Miranda.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Nunca foi fácil


Na vida enfrentamos dificuldades, momentos em que as coisas não vão bem. As vezes por uma dor, por uma angústia pessoal. Isso porém, não é uma exclusividade das pessoas, times de futebol também passam por tais situações. Foi o caso do Corinthians ano passado. A agrura de amargar o descenso fez arder a garganta de cada torcedor da Fiél. O mau planejamento de uma direção corrupta e descomprometida com os interesses do time alvi-negro fez com que a equipe descesse as profundezas da Segundona nacional. Momento que aqui no Sul foi vivenciado pelo nosso Juventude. Que também caiu em 2007, em uma campanha pífia que interrompeu uma sequência de 11 anos da Primeira Divisão. É preciso entender que no futebol atual não existem mais times bobos, e muito menos dirigentes. Os clubes além de talento e torcida, precisam contar com um bom planejamento. Uma estrutura baseada em uma estratégia de sucesso. Particularmente não simpatizo com o São Paulo, mas é impressionante a capacidade do seu Reffis, que já lhe valeu boas contratações, vide Adriano. O Grêmio anuncia a criação de um Núcleo Médico, o que pode sim fazer a diferença. Desde a categoria de base, passando pelos jogadores do elenco e terminando como um atrativo para atletlas que buscam recuperação. Um lar, disposto a acolher desabrigados da bola. Pois foi isso que o São Paulo fez, e o que, claro não somente, lhe rendeu alguns títulos.



II




A derrota de ontem mostrou alguns defeitos do Grêmio comandado por Roth. Mostrou também que alguns ali jogam,como diz um amigo "dando a vida". São os casos de Paulo Sérgio, Eduardo Costa, Rudnei e depois da lesão de André Luís, até Roger. Ele mesmo, a celebridade Tricolor, que está aprendendo a aliar garra a seu jogo técnico. Foi duro para o Grêmio perder a invencibilidade, o Atlético-GO não parece grande coisa. Mas quem viu o jogo sabe que o time goiano não tem nada de inocente. É bem montado e conta com alguns jogadores de trato diferente na bola. Se fosse prá perder, que se perdesse quando podia. Talvez seja esse o grande consolo no Olímpico, afinal, as coisas na Azenha nunca foram fáceis. E na verdade nme teriam graça se assim fossem.







Jorge Fuentes

Mensagem do Dia

Atacante que só joga bem no Estadual é como mulher que só se pega noite. Não presta prá nada muito sério.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Antropofagia Cultural e a evolução das espécies


O futebol funciona como uma espécie de resposta aos hábitos culturais de uma nação. Ao praticá-lo, cada população reage de um modo ao esporte, seja na maneira de jogar ou de torcer. Em um mundo onde as fronteiras parecem desaparecer, como aponta o filósofo Pierre Lévy, o futebol assume o papel de ser um “meio-de-campo” no processo de interação entre diferentes culturas. É indiscutível que a simbologia é marca registrada do futebol. Imagens ganham significado e propiciam a comunicação entre as pessoas. O futebol é uma arte, assim como diversas outras que se conhece que surgiram e se desenvolveram como parte da cultura de um povo. A partir dessa identidade, dessa cultura própria de cada nação, é que se desenvolve a ginga dos jogadores brasileiros. O jeito “moleque”, próprio das nossas raízes, denuncia a nossa maneira de pensar, viver e sentir. O samba, a capoeira, a imensurável miscigenação de cultura e de cor desta veia latino-americana, com certeza, contribuíram para o Brasil ser conhecido no mundo todo como “futebol arte”. É como a teoria da evolução das espécies. O Brasil é o supra-sumo do futebol, exatamente por ser um resultado do cruzamento de negros, índios e europeus. Contudo, é importante lembrar que o futebol não nasceu com essas características. Ao contrário do que muitos pensam, o futebol não nasceu na Inglaterra. Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um jogo que na verdade era um treino militar. Após as guerras, formavam equipes para chutar a cabeça dos soldados inimigos. Na Itália medieval apareceu um jogo denominado gioco del cálcio. E, na Grécia, por volta do século I a.C., um que se chamava Episkiros, ambos similares ao futebol, porém, bem mais agressivos. A Inglaterra, berço da Revolução Industrial, roubou a cena e acabou levando o crédito pela criação do futebol no século XVII. Nada de anormal. A história do mundo parece ser sempre contada or quem vence as guerras. Aliás, por falar em guerra, não dá para esquecer que o futebol também já foi usado por políticos como forma de se promoverem. Quem não se lembra da primeira Copa do Mundo que comemorou o centenário da independência do Uruguai? Que a segunda edição do torneio, realizada na Itália, promoveu o regime fascista de Benito Mussolini? E da escolha da Suíça como sede em 1954, pois o país ficou neutro durante a Segunda Guerra Mundial? Ou das “operações” montadas pela Inglaterra paraser campeã em 1966 e pela ditadura Argentina para ganhar a Copa de 1978? Longe dos privilégios, o Brasil deglutiu a cultura estrangeira e a transformou em cultura nacional. Num país onde há tanto descaso com o bem estar da população, onde a cultura política e social é tão vazia e estéril, o futebol chega como o enxerto de almas. Quem sabe, um dia, a alegria do povo brasileiro não se aflore apenas de quatro em quatro anos, quando acontece a Copa do Mundo.


Felipe Ravizon

Mensagem do Dia

Aos que dizem o futebol é uma tolice. Tolice é não ter por quem torcer domingo a tarde.