domingo, 29 de junho de 2008

50 anos do primeiro título mundial

Hoje, 29 de junho de 2008, o povo brasileiro tem o que comemorar. Afinal, como sempre, só poderia vir por meio do futebol. Pois, podem celebrar os 50 anos do primeiro título mundial da seleção canarinho.

Em 1958, na Suécia, foi realizada a sexta Copa do Mundo da história. História essa que passaria ter um final feliz e tamanha importância para o Brasil. A Seleção Brasileira conquistou o seu primeiro título mundial naquele ano. O Brasil acabou por enfrentar os próprios donos da casa, vencendo os suecos, na final, pelo placar de 5 a 2. Jogo disputado em Estocolmo, as 15 horas, no Estádio Solna-Rasunda, diante de um público de 49 mil pessoas. A Suécia só venceu o sorteio do uniforme, assim, jogando a final de amarelo e o Brasil de azul.

A partir daquele momento, as habilidades técnicas da equipe brasileira eram admiradas por todo o mundo. Os brasileiros exibiam uma desenvoltura com a bola que não havia comparação entre os europeus. Embora, o Brasil tivesse se classificado para todas as Copas do Mundo, ainda não havia conseguido o título.

Título esse inédito para os brasileiros, que finalmente mostraram o seu potencial na Copa do Mundo, quando ofuscaram a competição e venceram o campeonato. A estrela do time foi um jogador excepcional, Edson Arantes do Nascimento, de apenas 17 anos, conhecido mundialmente pelo apelido Pelé, que dominaria o futebol internacional nos próximos 12 anos.

Depois da frustração da Copa de 1950 e da precoce eliminação na Copa de 1954, o Brasil recorreu a métodos científicos durante a preparação para a Copa da Suécia, que resultou no afastamento do time de Zito, Pelé e Garrincha (este último depois de um teste psicotécnico que o deu como totalmente incapacitado para as pressões emocionais de uma competição semelhante). Os jogadores acataram as decisões da comissão técnica, que pareceram acertadas depois da fácil vitória sobre a frágil seleção da Áustria por 3 a 0, gols de Mazola (2) e Nilton Santos.

No entanto, a total impossibilidade de furar o sólido bloqueio da defesa da Inglaterra no segundo jogo (o primeiro na história das Copas a terminar em um empate sem gols) levou os jogadores Bellini, Nilton Santos e Didi a pedirem uma reunião com o dirigente Paulo Machado de Carvalho e o técnico Vicente Feola. Nessa reunião, disseram que o time não podia prescindir do talento dos três jogadores afastados em conseqüência dos testes para vencer o jogo contra a forte e já extinta União Soviética (URSS), hoje Rússia, no qual só a vitória interessava. As partidas seguintes se encarregaram de provar que a avaliação dos jogadores estava correta. No jogo contra a URSS, a bola enfim chegou ao matador Vavá, que fez os gols na vitória por 2 a 0.

Depois veio o duríssimo jogo contra o País de Gales, decidido num lampejo do garoto Pelé, que deu dois chapéus dentro da área antes de mandar a bola para dentro do gol. O jogo contra a França, cujo resultado de 5 a 2 (três de Pelé, um de Vavá e Didi) dava a impressão de ter sido fácil, foi na verdade definido quando Fontaine, artilheiro da Copa com 13 gols, sofreu uma fratura na perna e teve que sair do jogo, deixando a sua equipe com um jogador a menos — naquela época, os times não podiam fazer substituições durante o jogo.

Na final, Pelé fez mais dois gols nos 5 a 2 contra a Suécia e começou a despontar como o “Rei do Futebol”. Os outros três gols da partida foram marcados por Vavá (2) e Zagalo. O time-base do Brasil era formado por: Gilmar, De Sordi, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé e Zagalo.


Parabéns Brasil pelo título mundial de 1958


Autor: Daniel Miranda
Fonte: Enciclopédia Encarta

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Mensagem do Dia

A diferença de tamanho entre o futebol e o Brasil. O futebol é uma caixinha de surpresas, o Brasil é um galpão de corruptos.

O show sem espetáculo da Europa


O futebol pode mesmo refletir a sociedade onde é praticado. Pode exemplificar a civilização, o modo de vida enfim, do lugar onde acontece. Na Eurocopa 2008, vemos o espelho do continente na competição. Toda a pompa que exige um torneio entre seleções de primeiro mundo pode ser notado. Estádios luxuosos, confortáveis e seguros, cidades-sede das partidas com infra-estrutura de dar inveja, capaz de receber e muito bem, torcedores e turistas de todas as nações participantes. Uma pirotecnia usada nas cerimônias que demonstra o poderio financeiro dos europeus. Dão show. Mas o espetáculo mais esperado de todos, o feito dentro das quatro linhas, não passa de uma chatice. Uma ópera desafinada.
Os esquemas de quase todos os times são parecidos, retranqueiros. Os talentos são raros e coibidos com ríspidas jogadas muitas vezes. A falta de técnica fica evidente nos embates, que chegam a dar sono no cidadão postado em frente a TV. Os europeus sabem se vender muito bem, nos fazem engolir um campeonato sem brilho, sem emoção e ainda sim nos empolgar por os estarem vendo em campo. Itália contra França!! Que baita jogão! Mais parecia uma dose forte de calmante.
Eu me pergunto. Estará fadado o futebol europeu a essa escassez de técnica para sempre? Enquanto os cartolas do velho mundo tiverem como política prioritária assediar nossos talentos infantis, muitas vezes sem que os meninos tenham chegado sequer a puberdade, sim. Não é a toa que toda vez se abre a janela de transferências milhares de sulamericanos, e principalmente brasileiros, sejam seduzidos pelos valiosos euros que moram do outro lado do Atlântico. A FIFA, entidade máxima do futebol, tenta moderar esse câmbio, limitando em cinco o número de estrangeiros por time na Europa. O que convenhamos, deixaria bem menos interessantes, os milionários campeonatos de lá. Com toda a pujança econômica que possuem deveriam investir em seus próprios garotos, suas raízes. Para que no futuro possam colher frutos vistosos na grande feira que é o futebol, logo ali, em seus quintais.


Se quase todas as equipes européias são igualmente ruins, a Espanha não é. Com seu futebol técnico e ofensivo, a Fúria, como é carinhosamente chamada, encanta seus torcedores e simpatizantes. Como um grande time, começa com o bom goleiro Casillas, passa é verdade pelos brucutus Puyol e Sergio Ramos na defesa, mas tem no meio-campo grande força, com o futebol leve e sofisticado de Xavi, de Silva e do reserva titular Fabregas. No ataque duas peças raras, Fernando Torres e Villa. Talentos afinados e com faro de gol. Se não cair nas artimanhas do mecânico futebol alemão, os espanhóis darão um sinal de alento ao pobre futebol do velho mundo.

Mensagem do Dia

Mulheres são como defesas que fazem linha de impedimento. Só funcionam quando bem treinadas.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Grenal


Estamos prestes a presenciar a 370ª edição do maior clássico regional brasileiro e talvez do mundo, o de maior rivalidade, maior comoção e mobilização em sua praça de desporto, o Grenal. Desde a sonora goleada gremista por 10x0 no longínquo 18 de julho de 1909, no primeiro Grenal, ao 7x0 colorado em 1948, o azul e o vermelho das duas bandeiras se opõem. Se desencontram, se bicam. O Inter leva vantagem no número de embates vencidos contra seu maior rival, são 19 vitórias a mais, porém, quando se trata de campeonato brasileiro a escrita é favorável aos tricolores, são três confrontos a mais vencidos pelo time da Azenha.

Números a parte, é comum nas semanas que antecedem um Grenal, um time em boa fase e outro em maus lençóis. E o que poderia ser algo animador para um e desalentador para outro, muitas vezes serve de motivação para o pior posicionado e soberba para o melhor colocado. São as lógicas de um clássico sem lógicas, sem previsões, o que não quer dizer que não exista muita expectativa, muita animosidade. De parte a parte os olhares e instintos são de gana, de garra, de luta e de sobrevivência, afinal um Grenal pode matar ou pode ressuscitar um dos dois clubes. Ou alguém duvida que depois de uma vitória no clássico o Internacional possa dar uma reviravolta em sua trajetória no certame nacional? Ou o Grêmio vencendo alavancar ainda mais sua campanha promissora e de quebra ver o rival se afundar em uma crise sem precedentes?

Pois vos digo meus senhores, que em um clássico do tamanho de um Grenal, não há definitivamente favorito, até quem a essa posição é alçado, dela se escapa em depoimentos pólidos e combaidos. O Grêmio chega ao embate de número 370 com a calma e serenidade conquistadas com a boa trajetória até aqui no Brasileirão. Depois de um começo de ano difícil, com duas eliminações precoces e consecutivas, o Tricolor vai readquirindo a confiança para trabalhar e buscar de novo a Libertadores. No lado colorado a situação é inversa, após um animador começo de temporada com as conquistas da Dubai Cup e do Gauchão, o colorado vem provando o gosto amargo das derrotas. Chega ao Grenal com a obrigação de dar uma satisfação aos seus torcedores e arrumar a casa. Tanto gremistas e colorados trabalham forte porque sabem que o Grenal 370 tem lógica, mas a lógica não faz parte de um Grenal.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Brasil 0 x 0 Argentina


A Seleção Brasileira não saiu de um empate sem gols diante da Argentina, em partida disputada quarta-feira à noite, no Estádio Mineirão, válido pela sexta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010.

Após ter perdido para o time paraguaio, no final de semana, por 2 a 0, em Assunção, a equipe brasileira mostrou melhor desempenho contra os hermanos, mas não o suficiente para vencê-los.
Enquanto que a Argentina vinha de um empate em 1 a 1 com o Equador, no Monumental de Nuñez. Contudo a trupe, comandada por Riquelme e Messi, de boas atuações vale ressaltar, continuam com dois pontos de vantagem na tabela de classificação sobre o Brasil, 11 para 9 pontos. Quem lidera o grupo é o Paraguai, com 13.

Desde domingo, alguns torcedores já manifestavam a saída do técnico Dunga, da Seleção Brasileira, que vêm sofrendo severas críticas e cada vez mais intensas na imprensa, após a derrota no amistoso para a Venezuela, a cerca de duas semanas, nos Estados Unidos.
Seguido, agora, com esses dois resultados pela Eliminatórias Sul-Americanas, derrota e empate, o boato é de que Dunga assim que der o início e até o término da participação do Brasil, nos Jogos Olímpicos em Pequim, deixará quase que certo o cargo de técnico da seleção. Isso me remete a um passado não muito distante, quando os treinadores Luxemburgo e Leão, também, foram demitidos.

Acredito ser muito cedo para se pensar numa não classificação da Seleção Brasileira para a Copa de 2010. Tendo em vista, que recém ocorreu a sexta rodada do total de 18 jogos, ainda a se realizar.

Portanto, é bom o técnico Dunga ficar bem esperto e continuar trabalhando firme para que nas Olimpíadas possa conseguir um excelente resultado pra nós brasileiros, e dessa forma, dar seqüência no comando da comissão técnica.

Autor: Daniel Miranda

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Momentos


Talvez o nome mais recorrente da vitória Gremista sobre o Goiás sabado (14/06) no Serra Dourada, seja o do goleiro Victor. O arqueiro tricolor teve em sua atuação maior destaque do que o tabu quebrado pelo time gaúcho no sempre complicado estádio do Esmeraldino. Victor foi seguro, eficaz, por vezes frio e calculista. Chegamos a metade da temporada e muitos torcedores já esqueceram do argentino Saja, tudo isso, graças as grandes e frequentes intervenções do guarda-redes do Grêmio. De acordo com a velha máxima do futebol de que todo grande time começa com um grande goleiro, o Grêmio pode se animar. Fora a grata surpresa que é Victor, temos um sistema defensivo sólido, responsável pela melhor defesa do Brasileirão até a sexta rodada, uma média de 0,5 gol por partida. Nem um gol por partida de média. No meio-campo Roger comanda a articulação Gremista, auxiliado pelos coadjuvantes Rafael Carioca e Eduardo Costa. Os laterais sobem com fluidez e defendem com sensatez. E o ataque que parecia ser o setor mais afetado, ou demorado a evoluir do time, começa a desabrochar. Dos nove gols marcados pelo tricolor no certame nacional, seis são originados dos avantes. O momento é bom.

Por outro lado, ali nas bandas da beira do rio, o momento não é dos melhores. Com a saída do capitão Fernandão o Internacional perde seu principal jogador, seu líder, seu rumo, seu prumo. Fernandão era o técnico colorado dentro de campo, trazia para perto os mais jovens, trocava experiências com os mais velhos. Era, junto de Iarley, agora no Goiás e Clemer, um dos líderes do vestiário vermelho. Um vestiário vencedor, o mais vencedor da história do clube. O Inter não se perde só agora. Se perde a algum tempo, depois da conquista sobre o Barcelona em Yokohama, o colorado pareceu maravilhado, disperso, disconexo. Fez um péssimo gauchão e igualmente vexamou na Libertadores. No brasileiro houve descaso e o ano de 2007 passou em branco. Em 2008 com a conquista da Dubai Cup e do Gauchão com uma sonora goleada sobre o Juventude, parecia que tudo se resolveria. Parecia. A eliminação da Copa do Brasil para o campeão Sport deflagrou os defeitos do Inter. Em um dos times considerados com o melhor grupo do Brasil, faltavam jogadores, ou melhor, faltavam jogadores de qualidade, uma vez que o grupo vermelho era bem extenso. Talvez por isso as dispensas tenham começado a ocorrer. Gabiru e Iarley, nomes importantes da conquista mundial, foram deixados ao relento. E por fim o capitão Fernandão foi tirado do Beira-Rio com uma proposta milionária do Oriente Médio. Muitas perguntas ainda estão no ar. Conseguirá Tite se recolocar no cenário nacional com um grande trabalho no Inter? Quem substituirá Fernandão? Quando enfim terão os colorados a volta de seus bons momentos?