sábado, 12 de dezembro de 2009

O ano Azul

Em 2009 o Grêmio teve mais a lamentar do que a celebrar, ao fim de mais um ciclo de 365 dias a torcida espera que o jejum de títulos tenha cessado e mira na Copa do Brasil, última grande taça erguida, o desafogo de todas as mágoas. O ano começou com uma boa base do time que foi vice-campeão brasileiro em 2008, Tcheco, Victor, Léo e Réver foram mantidos, além da aquisição do passe de Souza. Herrera, Máxi López, Túlio, Jadílson, Rafael Marques, Alex Mineiro e Ruy foram os reforços que chegaram com maior pompa. Destes seis apenas três terminaram o ano no Tricolor, os dois argentinos e Túlio, Jadílson foi dispensado, Alex Mineiro voltou a antiga casa do Atlético-PR e Ruy esteve na heróica escapada do Fluminense da segundona de 2010. O destaque foi Máxi que com certeza recuperou-se para o cenário futebolístico mundial. O avante portenho mostrou o bom desempenho que o levou do River Plate ao Barça e despertou a cobiça de clubes estrangeiros, sua permanência no Olímpico para 2010 não foi possível devido a sua esposa Wanda Nara, que mostro que na casa dos Lopez é ela quem manda. Mas vamos as competições. No formato novo do Gauchão o Imortal não se deu bem, sendo eliminado pelo Inter na final do primeiro turno e depois nas quartas de final do segundo. Na taça Libertadores as coisas iam bem. A primeira fase não teve maiores incidentes, exceto um empate sem gols na estréia em casa contra o Universidad de Chile. Aurora da Bolívia e Boyacá Chicó da Colômbia foram presas fáceis garantindo ao Tricolor a melhor campanha da primeira fase e o direito de decidir todos os confrontos em casa na fase mata-mata. Um adversário sem tradição se apresentou nas oitavas, San Martin do Peru, lá 3x1, aqui 2x0. Outra vez a sorte nos sorriu e nas quartas o desafiante era o pouco conhecido Caracas, da Venezuela. O que parecia fácil se complicou e com muito suor a equipe da azenha arrancou um empate em 1x1 fora, foi justamente esse gol que nos garantiria a passagem as semis, uma vez que no Monumental o placar não saiu do zero, tendo a muralha Victor defendido uma penalidade. Nas semis um bicampeão do outro lado, o Cruzeiro. No Mineirão lotado o Grêmio começava sua sina de perder fora de casa, 3x1. Máxi perdeu um gol tão feito que deu para ver a vaga na finalíssima escapando quando aquela bola saiu pela linha de fundo. Estava mais uma vez adiado o sonho do tricampeonato.
Veio o BR'09 e o Imortal queria ao menos uma vaga na LA'10, mas com o péssimo desempenho apresentado fora do Monumental o máximo que conseguiu foi a garantia de disputar a Taça Sulamericana. No Olímpico campanha de campeão, na casa dos adversários campanha de rebaixado, o contraste que feriu as intenções gremistas de viajar pelas Américas em 2010. O Tricolor que goleou o campeão Flamengo em seus domínios, superou apenas o Náutico fora daqui. Duas coisas boas aconteceriam para os da Azenha: o triunfo no Grenal do Centenário, 2x1 no Olímpico e o prazer de tirar da boca do Inter o saboroso título de campeão. Como o futebol é cheio de reviravoltas ao final do certame o Tricolor mudou a trajetória colorada na competição, vencendo Palmeiras e empatando com o São Paulo os azuis garantiram o maior rival na competição continental de 2010. A ajuda porém, terminaria aí, na última rodada uma vitória do Grêmio sobre o Flamengo no Maracanã daria o título aos vermelhos. O Tricolor jogou com um time de reservas e juniores e não foi capaz de suster a pressão dos rubros-negros que acabaram por erguer seu sexto caneco nacional. Em 2010 esperemos que da Azenha a Goethe o caminho possa ser marcado por títulos e vitórias que remetam os azuis ao passado de glórias.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Flamengo campeão


Após 17 anos na fila os rubro-negros podem comemorar a vontade, afinal são os campeões brasileiros de 2009. Neste domingo (06/12), mais um capítulo foi escrito na gloriosa história do Clube de Regatas Flamengo. Ao vencer o Grêmio por 2x1 em um Maracanã lotado, o time carioca levantou sua sexta taça no certame nacional. Muito se falou sobre este jogo, o Imortal já não tinha nada mais a fazer no BR'10 e então decidiu escalar um misto de reservas e juniores. De várias partes do país vieram críticas ferrenhas ao Tricolor, como se a equipe da Azenha fosse entregar para que seu maior rival, o Internacional, não se sagrasse campeão, o que também prejudicaria Palmeiras e São Paulo, ainda na disputa. Mas o que aconteceu foi que o Grêmio jogou com a dignidade que perpassa sua vitoriosa trajetória ao longo dos séculos. Aos colorados, palmeirenses e são-paulinos fica a lição, que o próprio Grêmio tomou em 2008, de que é preciso ter competência para depender de si mesmo e não de terceiros, principalmente de históricos adversários. O Flamengo saiu triunfante pela impressionante arrancada, especialmente no segundo turno, pela humildade de sua diretoria de reconhecer que o time precisava de reforços, que algumas de suas convicções poderiam estar erradas, de seu respeito as tradições do clube respeitando a maneira da equipe jogar, da coragem de apostar em Andrade, alguém da Gávea, que conhecia a Gávea. O ano termina com a quebra da era São Paulo e a esperança de que muitas surpresas futebolísticas aconteçam em 2010. Ano, aliás, de Copa do Mundo!!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ninguém quer ganhar, o São Paulo ganha



Já se vão 36 rodadas do BR'10 e o título segue indefinido. Uma disputa ferrenha, jamais vista na era dos pontos corridos. Mas será mesmo que o campeonato está tão emocionante pela vontade de levantar o caneco de diversas equipes ou pela junção de insucessos das mesmas? Me lembro do Grêmio no ano passado, um começo avassalador, patrolando quem viesse pela frente. A melhor campanha em um primeiro turno deste tipo de certame, fechou a primeira rodada do returno a 11 pontos de diferença do São Paulo, vencendo justamente os paulistas. O freio de mão foi puxado. E o tricolor do Morumbi foi comendo pelas beiradas e muito mais pela incompetência de Grêmio e Palmeiras, que também esteve no páreo, acabou sagrando-se hexacampeão brasileiro. E esse ano? O Internacional entrou na briga de cara, nunca saindo do G-4, mesmo quando jogava com o time misto em função da Copa do Brasil. Tite perdeu o encanto e a turma de D'Ale foi escorregando pela tabela. Quis o destino dar outra chance a turma da Padre Cacique de chegar ao tetra. Será o Inter capaz de domar este potro chucro chamado Brasileirão? O Palmeiras me parece ser o Grêmio deste ano. Foram 19 rodadas de liderança, com duas ou mais chances de abrir 8 pontos para o 2º colocado, ocupa a 4ª posição com risco de nem Libertadores conseguir. O Flamengo ajeitou a casa, contratou bem, deu sorte e encaixou um belo esquema. Mas na hora em que o Maracanã devia fazer a diferença, não fez... A equipe de Andrade me parece porém, o caso mais leve, mesmo que não seja campeão a arrancada e consequente vaga na LA'10 estarão de bom tamanho. Mas é claro, que quem cheira o bolo quer provar um pedaço. Já o São Paulo esteve lá o tempo todo, sem ser notado, acumulando pontos e jogando um futebol "só prá não perder", faltam duas rodadas para o fim do torneio e mesmo perdendo do Botafogo se mantém líder. Seria a sorte inexplicável de um campeão ou a incrível falta de efetividade dos rivais?

II

Negócio encaminhado. Máxi, El Tanque, López, deve permanecer por no mínimo mais uma temporada no Grêmio. O argentino de 24 anos foi a melhor contratação do ano e tem o apoio incondicional da torcida por sua identificação com o clube. Tcheco anunciou a saída e Leandro, ex-São Paulo pode surgir. Parece que enfim a direção Tricolor vai tomando vergonha na cara e montando um grupo para conquistar títulos.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Tcheco se vai...


Quando estiver na boca do túnel, na próxima rodada do brasileiro em jogo contra o Barueri no Olímpico, ouvindo a torcida ansiosa gritar pelo Tricolor Tcheco, 4 anos de Grêmio, não terá como escapar das lágrimas. Logo de cara vou dizendo que nunca fui um de seus maiores fãs, mas não há como negar a identificação que o meia criou com a equipe da Azenha. Ele chegou em um momento em que o Imortal estava reajeitando a casa, após uma dramática e heróica série B. Vestiu o manto e logo foi mostrando bom futebol com gols e assistências importantes. Em 2006 a vaga na Libertadores e a possibilidade de título surpreenderam o Brasil, mas não o Grêmio de Tcheco, capaz de tantos feitos impossíveis. Em 2007 uma Libertadores memorável, que não fosse a final decepcionante perdida para o Boca, tinha tudo para ser um dos maiores títulos da história Azul. Em 2008 ele se foi pela primeira vez, mas voltou, como um marido que deixa a casa para viver com uma amante muito rica, mas que logo percebe que o amor não tem preço. No retorno do atleta, quase um título nacional, que se perdeu entre os dedos nas rodadas derradeiras. Em 2009 a Libertadores parecia outra vez a chance do capitão Tcheco enfim erguer um troféu digno de sua trajetória e digno de Grêmio, mas outra vez o fracasso ocorreu. O ano termina e nem para "La Copa iremos", quem irá é Tcheco, irá embora. Não que o amor tenha acabado e ele queira voltar a viver com uma rica amante, mas acabou o encanto, a esperança de uma grande taça ser alçada aos céus pelas mãos de Tcheco. Um triste fim para um história de dedicação. Claro, quem nunca gritou "Vai Tcheco! Parece uma véia!!", "corre o desg..., ganha tanto pra quê?", porém quem nunca ouviu "que bola hein Tcheco!", "bate na bola como ninguém!!". Seja feliz aonde fores Tcheco! Finalizo com uma rima que sintetiza a passagem de Anderson Simas Luciano pelo Imortal... amado ou odiado, serás sempre lembrado!!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Grenal


No último domingo (25/10) foi realizado o clássico de número 378 no estádio Beira-Rio. Em campo quem se deu melhor foi o Colorado, vitória por 1x0 em um jogo de muito equilibro. Logo aos 2 minutos de partida D'Alessandro experimentou de fora da área e num lance em que os azuis parecem ainda não acreditar Victor falhou. O primeiro tempo seguiu truncado, com um leve predomínio vermelho, mas sem grandes chances para nenhum dos lados. Na segunda etapa o Grêmio foi prá cima, Autuori trocou Douglas Costa por Herrera e o argentino decepcionou, escorregando em uma situação clara de gol para o Tricolor. Apesar de mais posse de bola o Grêmio não conseguia furar a defesa do Internacional e o placar foi o mínimo. Para os colorados o Grenal foi a afirmação maior na temporada de um elenco contestado por tudo o que prometia e o pouco que cumpria. O Inter venceu e agora mais do que nunca briga pelo título brasileiro, dependendo justamente de seu maior rival (o Grêmio pega 4 times que brigam pelo caneco na reta final), para sair campeão. Para os tricolores fica a indignação com os jogadores que parecem não honrar o brio Tricolor e a diretoria omissa. Com a folha salarial que paga o time da Azenha deveria estar pelo menos com a vaga na LA'10 encaminhada. Como alguém já disse, nada com um Grenal para ajeitar ou estragar a casa...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Análise Tricolor

Perder fora de casa infelizmente virou a triste rotina do Grêmio no BR'09. Eu ouso ausentar Autuori pela má fase, pelo menos majoritáriamente. O comandante azul pegou um grupo montado por Roth, sem a devida preparação física e sem a cara de um time competitivo. Aos poucos vai moldando a equipe, creio porém que ainda falte exatamente mais "pegada". Falar da direção é chover no molhado. Amadores comandam o futebol gremista, começando pelo presidente "Rei do Gado" Kroeff. O Grohe falha em pelo menos dois gols contra o Sport e renovam por mais três temporadas com ele, fico pensando que se tivesse feito uma boa partida ganharia contrato vitalício. Tcheco, que representa o terror dos anos 2000 para o Tricolor, também renova por mais um ano. Por que terror dos anos 2000? Tirando 2001 foram altos e baixos sem nenhum título de expressão. Nessa rodada os piores resultados mesmo para o Tricolor foram as vitórias de Cruzeiro sobre o Galo e Flamengo sobre o São Paulo, melhor seriam empates nas duas partidas. Mas em meio a todo esse cenário assustador eu venho sustentar que o time da Azenha ainda pode ir a LA'10. Temos 9 jogos pela frente, precisamos de 7 vitórias para obter a vaga. No meu simulador do globoesporte.com fiz desta maneira a trajetória do Grêmio, Coxa em casa (V), Inter fora (V), Avaí em casa (V), Santo André fora (V), São Paulo em casa (V), Cruzeiro fora (D), Palmeiras em casa (V), Barueri em casa (V) e Flamengo fora (D). Pode parecer demasiado otimismo esperar que esse time do Grêmio encaixe cinco vitórias seguidas. Analisemos então, Coxa e Avaí em casa, são teóricamente bárbada, o Santo André perdeu até pro Fluminense em seu estádio e os Inter é inconstante no Beira-Rio, o jogo mais díficil seria contra o São Paulo, mas aí a mística do Olímpico resolve, assim como contra o Palmeiras. Perder fora para Cruzeiro e Flamengo fora pode ser considerado normal.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Parabéns Grêmio!!

São 106 anos de vida. Mais de um século se vai daquele inspirado 15 de setembro de 1903, dia em que foi fundado o Grêmio de Foot-Ball Porto Alegrense. Hoje celebramos a história de um dos maiores vencedores do futebol mundial. Um time marcado por sua bravura, coragem, garra e incrível capacidade de desafiar o impossível. O Azul da Azenha se fez Imortal. Pelas arquibancadas do Olímpico podemos ouvir "eu te sigo desde de pequeno, já não posso mais parar...", ou "largo tudo para vim te apoiar", cânticos que embalam um sentimento sem igual, um amor puro e verdadeiro, a alegria de ser Tricolor. Vista sua camisa, declare sua paixão e a emoção de ser Gremista!!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A primeira vez...


Dizem que a primeira a gente nunca esquece. Primeira namorada, primeira viagem, primeira transa, primeiro beijo na boca e até o primeiro puxão de orelha. Pois se valer a máxima o Grêmio terá mais uma vez motivos para lembrar do receptivo Estádio dos Aflitos. Tinha de ser lá, só podia ser lá, a segunda casa do Azul é em Recife! Neste domingo (13/09) foi em Pernambuco que o Tricolor conquistou a sua primeira vitória fora de casa no Brasileiro deste ano. Jogando um futebol convincente o Imortal trouxe os três pontos que tanto sonhou em carregar na bagagem. Uma volta para a casa com ares de uma Lua de Mel bem aproveitada. Como diria Souza, o Tricolor "deixou o chinelo na sala da casa dos outros", se tornando enfim um "Ricardão". No primeiro tempo o Grêmio foi melhor, anotando seu primeiro gol, Souza, em um momento delicado da partida. Mais tarde o iluminado Jonas poria números finais no placar. Na segunda etapa o time da Azenha se recolheu, esperando o Náutico na defesa, que atuação de Réver e Rafa Marques. Não podemos esquecer, é claro, dos garotos. Mário Fujão e Bruno Collaço, que deram solidez a guarnição gremista. O Tricolor foi peleador como dele sempre se espera e agora recebe no Olímpico o lanterna Fluminense, esta aí uma bela chance de cafungar de vez no cangote dos ocupantes do G-4.

II

Nem a beleza do belo drible "La Boba" que D'Alessandro aplicou em Fabrício salvou o Internacional da derrota. Em casa, o Colorado perdeu a chance de assumir a ponta do nacional, 3x2 para o Cruzeiro com um show à parte do ex-gremista Gilberto. O grupo vermelho é forte, o futebol jogado pela equipe da Padre Cacique é um dos mais vistosos do Brasil, sim estas são duas inegáveis verdades. Contudo, nas horas em que precisa atirar para matar, o tiro tem saido pela culatra contra o Saci. Partida difícil na próxima rodada contra o Vitória lá. É preciso tomar cuidado para não cometer o mesmo erro do Grêmio no ano passado. Jason vem aí!!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O duelo em Rosário

O dia 5 de setembro de 2009 com certeza ficará na história do futebol mundial. Brasil e Argentina duelarão em Rosário, no estádio Gigante de Aroiyto, por mais uma rodada das eliminatórias a Copa de 2010, na África do Sul. Este embate é sempre recheado de ingredientes místicos, que se fôssemos nomear, demoraríamos horas. Por tudo isso, como não reservar lugar especial na poltrona e se preparar para assistir a uma partida que certamente ficará na memória. Enquanto isso em Porto Alegre o Grêmio busca mais um triunfo no Olímpico, desta vez contra o Vitória e com a estréia de Rochemback como principal atrativo. Em Florianópolis o Internacional tem um belo teste contra o bom time de Silas. Um fim de semana de muito futebol!!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Luciano do Valle na Band RS

Fê Cunha

Tchê! Que legal. No próximo domingo (30), o locutor esportivo Luciano do Valle e sua mulher, Flávia do Valle, estrearão um programa local na Band RS, chamado “Tudo em Dia”, que irá ao ar após o Canal Livre. Concorrente forte pro Tele Dormindo, da RBS.

Com uma hora de duração, “Tudo em Dia” terá um eixo no esporte, trazendo os gols da rodada, a situação dos times gaúchos e entrevistas com personagens do mundo esportivo. Na receita do programa, Luciano viaja pelo Brasil e traz matérias especiais de gastronomia, turismo e celebridades. Flávia será ancora nos estúdios da Band Porto Alegre e comando o programa ao lado do marido. Os dois receberão entrevistados e músicos, procurando apresentar um clima descontraído e de muita informação.

Flávia é gaúcha e o casal vivia juntos há 5 anos em Porto de Galinhas, em Pernambuco, e vieram para Porto Alegre no último final de semana, se mudando para um apartamento adquirido no bairro Floresta.

Segundo o produtor paulista Rodrigo Araújo, contratado especialmente para ser um dos jornalistas da equipe Band RS, “Luciano está num momento muito feliz, com a mudança de casa, de rotina e o início de um novo projeto. Juntos, vamos fazer reportagens durante a semana e voltarmos sempre aos domingos para Porto Alegre", completa Rodrigo. Outro produtor contratado para o projeto é o gaúcho Paulo Pires, que é plantão da Band AM 640 e editor de esportes na Band TV. Este será o segundo programa local lançado em 2009 na Band RS. Em março, o telejornalismo da emissora estreou o jornal RS Urgente às 7h30 da manhã, com Sérgio Stock e Fernanda Farias. O grupo de comunicação também anunciou neste mês que irá transmitir todos os jogos da Copa do Mundo da África em 2010, onde Luciano do Valle também estará presente.

Ontem, 25 de agosto, foi realizada uma coletiva na sede da Band RS, onde o locutor afirmou estar muito feliz . Luciano do Valle respondeu a várias perguntas de colegas de rádio, jornal e TV. A uma delas, sobre se ele concordava que havia um excesso de bairrismo por parte dos narradores e comentaristas de São Paulo, rebateu argumentando que as maiores redes de TV do País estão sediadas no eixo Rio-São Paulo. “E seus profissionais estão sentados lá, acabam ficando bitolados porque não viajam, só vivem aquela realidade que os cerca”, disse. “Acho que não fazem por mal, mas concordo que há ex-jogadores e ex-árbitros que deixam de ser objetivos porque só procuram polemizar”, acrescentou.

De acordo com Flávia do Valle “a intenção é mostrar a família, estender o sofá da nossa casa para nossos amigos. Trabalhar com meu marido me deixa muito a vontade, me sinto melhor do que trabalhar com outra pessoa. Temos intimidade, nos conhecemos pelo olhar”.

Luciano já agendou entrevistas com Dunga, Roberto Carlos, Jorge Aragão e Toquinho. Renato Borghetti e Papas da Língua também já foram contatados pela produção para futuras gravações.

Exisite a possibilidade de que Luciano participe também de programas das rádios Bandeirantes e Band News, de Porto Alegre. Vamos aguardar.

Confira alguns assuntos abordados na Coletiva com Luciano do Valle:

EMOÇÕES NO ESPORTE
Minha primeira grande emoção no esporte foi a vitória de Emerson Fittipaldi na Fórmula Indy, em 1989. Ele tinha me dito, uns anos antes, que achava a Indy muito louca e que nunca correria lá. Foi e venceu em Indianápolis, o que foi uma grande emoção. Outra emoção forte foi ver o vôlei do Brasil ser campeão mundial, em Barcelona.

A VIDA EM PORTO ALEGRE
Fiz uma programação de vida para ficar dois a três anos aqui, e já matriculamos nossas duas meninas. Aqui será a minha aposentadoria em termos de viagem. Sou o segundo funcionário mais antigo da Band, e aqui sei que estou entre amigos, ao lado do Meneghetti, do Ribeiro, do Renato Martins.

JUNTO COM ATORCIDA
Meu índice de rejeição é de apenas 13%, de tal forma que consigo transitar no meio de qualquer torcida. Às vezes alguém me provoca, dizendo coisas tipo “trata bem do meu time”. Eu dou uma resposta simples: “É só o teu time fazer gol que eu narro!”. E eu frequento muito os estádios, e há muito tempo. Já narrei jogo nos Eucaliptos [antigo estádio do Internacional, em Porto Alegre]. Lembro de um jogo ali, Inter 3 x 2 Corintians, em que até o Dino Sani [campeão do mundo em 1958] jogou.

NOVIDADES EM 2014
Para a Copa do Mundo em 2014 a Band trará muitas novidades. Uma delas, junto com a operadora Oi, envolve desenvolver um sistema de interatividade revolucionário. Dou um exemplo: se houver um lance duvidoso na área, em dois minutos até um milhão de telespectadores poderá se manifestar dizendo se foi pênalti ou não. Será um modelo espetacular, vocês vão ver.

FUTEBOL FEMININO
Depois do basquete, do vôlei, do boxe, hoje o grande potencial está depositado no futebol feminino do Brasil, que é um dos quatro melhores do mundo. O problema é que o Ricardo Teixeira, não sei porque, não dá a menor atenção para estas meninas. Mas já temos um plano, na Band, para dar um bom destaque a este segmento, especialmente em dezembro e começo de janeiro, quando haverá um vazio causado pelo fim do Brasileirão.

O CASAL DO VALLE
O homem inteligente se deixa levar pela mulher, especialmente se é uma mulher inteligente como a Flávia. Em Recife, foi ela que formatou o programa. Um dia eu não consegui chegar a tempo para apresentar e entreguei a missão para ela, que se saiu muito bem – e em seguida decidimos formar o casal apresentador. E nos demos muito bem. Flávia é publicitária e jornalista, conhece e gosta do que faz, além de ser perfeccionista.

GALVÃO BUENO
A relação com Galvão Bueno é ótima. Gostamos muito de falar em vinho, gastronomia, tudo, menos futebol. Soube agora que ele está se associando a uma vinícola aqui no Sul, o que significa que vou tomar muito vinho de graça... Agora a Globo deu um presente a ele, mando morar em Mônaco. Espero que a Band me dê um presente desses.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Clichês tricolores

O torcedor que acompanhou a vitória do Grêmio sobre o Flamengo por 4 a 1, no último domingo (16/08), com certeza saiu do estádio Olímpico com uma pulga atrás da orelha. Não é sempre que o goleiro do time que goleia deixa o gramado como o melhor jogador da partida. Victor fez mais que o possível, fez o impossível. É bem verdade que o Tricolor não contou com Máxi, Tcheco e Souza, mas os cariocas também vieram desfalcados de peças importantes. Autuori sacou bem Jadílson do time, colocando o jovem Collaço, que tem qualidade. Mas era preciso assimilar os erros que quase fizeram o Grêmio, o time que goleou, sair goleado. Isso não aconteceu. Ontem na Vila Belmiro o Tricolor viveu mais um capítulo da maldição que o assola fora de casa. Na derrota para o Santos por 1 a 0, situações parecidas com as dos momentos de tensão que vivemos contra o Flamengo se repetiram. No gol dos paulistas fica evidente a falha de dois jogadores, Adílson e Collaço. O primeiro fecha o santista que tem a bola, sendo que já havia outro gremista o marcando, a bola é rolada para o lateral George Lucas que sem a marcação de Collaço tem espaço e tempo para olhar e cruzar na cabeça do Ganso. Ganso é um menino baixo, habilidoso, mas baixo, ele sobe entre os grandalhões da zaga gremista como se fosse um daqueles centroavantes que mais parecessem jogadores de basquete. Eu defendo Autuori, mas me intriga a sua maneira de jogar fora de casa. Collaço jogou muito atrás, quase como um zagueiro pela esquerda, toda vez que George Lucas pegava na bola tinha muito campo para progredir. E foi exatamente por ali que o Peixe ganhou o jogo, marcando seu gol justamente no momento em que o Grêmio era melhor na partida. Não entendo como quando Tcheco pediu para sair, Autuori coloca Thiego, passando Joílson para a meia. Por acaso não foi Autuori que decidiu valorizar o garoto Douglas Costa, o promovendo a titularidade outrora? Acontece que o guri só entrou mais tarde, no lugar de Jonas, que eu tenho minhas restrições, mas é o goleador gremista na temporada, poderia fazer bem mais que Perea, que está voltando de uma longa lesão. O Grêmio não pode depender da criatividade de Joílson, pois esta não existe. Bons reforços estão chegando, Lúcio e Leandro são jogadores de alto calibre, com técnica e garra, chegam para somar, falta o lateral-direito, que poderia ser este George Lucas, confesso que as vezes não entendo a direção Tricolor. Domingo o adversário é o Galo, em casa, esperemos que o clichê positivo se repita e na Azenha faça-se valer o mando Azul.

II

O Inter remodela o seu elenco de forma interessante. Cléber Santana me parece um jogador de muita qualidade, Eller é identificado com o clube e Edu em seus melhores dias pode render bons frutos. Mas o momento que era bom, recebe uma ducha bem fria com a derrota para o Corinthias, carrasco colorado na temporada. Vi pouco do jogo, mas me pareceu que a falta de um D'Alessandro foi a causadora do revés. Andrezinho têm feito um bom campeonato, mas D'Ale é diferenciado e no time vermelho tem seu papel de destaque. Giuliano é promissor, mas precisa de tempo. O Inter precisa tomar cuidado para não deixar escapar uma vaga na LA10, hoje a realidade da Padre Cacique. Reclamar de juízes não adianta de nada. A cultura Sudeste está instalada, quem não pertence a região tem sempre um obstáculo a mais e deve se acostumar com isso.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Opostos

Na noite desta segunda-feira (10/09) o Internacional adentrou o gramado do estádio Beira-Rio para duelar contra os pernambucanos do Sport, pela 18ª rodada do brasileiro. Os colorados dominaram o embate do início ao fim, impondo um 3x0 convincente ao Leão da Ilha. Giuliano, Sandro e D'Alessandro anotaram os gols vermelhos. Os ares japoneses parecem ter feito bem ao Inter, que voltou a jogar bem depois de um longo período. As perdas da Copa do Brasil e da Sulamericana claramente mexeram no vestiário do Saci, tanto que uma de suas maiores estrelas, D'Ale, foi parar na casamata. Mas um tempo longe do lar e a conquista da Copa Suruga são por hora o ingrediente que a equipe da Padre Cacique necessitava para voltar a vencer bem. O inter colhe os frutos de ter somado pontos mesmo em partidas que atuou mal e só depende de suas forças para seguir sonhando com o título brasileiro.

II

Na Azenha o clima é ruim. Depois da sétima derrota fora de casa no certame nacional farpas foram trocadas por Tcheco e Souza. Ao marcar o gol que deu a vitória ao Barueri, Fernandinho causou um estrago maior do que previa. O capitão gremista diz que falta pegada aos Tricolores fora de seus domínios, Souza rebate dizendo que todos têm pegada e que as palavras devem ser melhor medidas antes de proferidas ao microfones midiáticos. Eu fico pensando, Autuori não tinha dito que pegada era o maior absurdo do futebol? Há ou não um desacordo no elenco gremista? Fica claro que o plantel azul deixou que se intalasse uma crise que fazia tempos os senhores da Érico Veríssimo queriam criar. Não há problema nenhum em se cobrar mais vontade do time, até porque se ela de fato existisse, como esbravejou Souza, o Grêmio já teria triunfado na casa do adversário. Parece que as nuvens escuras que pairavam sobre o céu colorado, avançaram pela cidade ganhando as cercanias do bairro Azenha.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Peleia no Parque Antárctica

Depois de me ausentar por algum tempo, volto a tecer umas poucas linhas sobre o esporte bretão neste espaço. Vim aqui falar do Imortal Tricolor, que embora ainda não tenha vencido, fez uma bela partida fora de casa, nesta quinta-feira (06/08). Foi um bom embate contra o Palmeiras. Corrido, peleado, catimbado por vezes, e como não poderia deixar de ser para os azuis, sofrido. Nos primeiros minutos a diferença na tabela entre o Palmeiras, 1º, e o Grêmio, 8º, pareciam se refletir nas quatro linhas do Parque Antárctica. A equipe alviverde amassava o Tricolor em seu campo de defesa e sem dar tempo ao descanso cerceava ferozmente a meta defendida por Victor. E eis que em um cruzamento perfeito, daqueles que os gremistas gostariam que Fábio Santos executasse, os paulistas abriram o placar. Não durou muito o sorriso na boca dos líderes do brasileiro. Instantes após sofrer o golpe, o Tricolor reagiria. Com a matreirice do sagaz Túlio, que cobrou rapidamente a falta, a qualidade da bola cruzada de Souza e a impiedosidade do anotador de tentos, Máximus López. Na segunda etapa o Grêmio voltou melhor e puxado pela boa atuação de Adilson, o incansável marcador, e Douglas Costa, o entortador da Azenha, foi para cima. Poderia ter obtido o seu primeiro triunfo fora de seus domínios, mas há quase 40 minutos, Diego Souza deu uma entrada criminosa em Réver, que desmaiado teve de abandonar a partida. O juizão queria testar a condição cardíaca dos gremistas, decretou 5 de acréscimo. O Grêmio, coeso e guerreiro, segurou o justo empate, que ao final teve gosto de vitória. Foi uma bela partida de futebol. Agora, as atenções se voltam para o interior do estado bandeirante. No próximo domingo o Tricolor encara o Barueri, em sua moderna arena. Expectativa para a primeira celebração azul como forasteiro.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

FORMATURA É TÃO DIFÍCIL? por Dudu Purper


DEPOIS DE QUATRO ANOS E ALGUMAS BATALHAS COMO PRIMEIRA TURMA DE JORNALISMO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO IPA, CHEGOU A HORA DE CURTIR OS LOUROS DA FORMATURA. MAS SERÁ QUE SÃO TANTAS AS GLÓRIAS ASSIM?








SE O LEITOR ESTIVESSE NA MINHA PELE, CERTAMENTE ACHARIA QUE NÃO HÁ TODO ESTE GLAMOUR, PORQUE ANTES DO GRANDE DIA, NÓS, OS 10 FORMANDOS, AINDA TEREMOS QUE ARRANCAR OS POUCOS CABELOS QUE NOS RESTAM.


ESTAMOS EM VIAS DE ENTREGAR NOSSO PROJETO DE CONCLUSÃO DE CURSO, ATÉ AÍ NADA TÃO ASSUSTADOR. O QUE É REALMENTE ALARMANTE É UMA PALAVRINHA CHAMADA BANCA. É NELA QUE TODO ESTE NOSSO ESFORÇO SERÁ RECOMPENSADO.
INICIEI FALANDO DESTE PROJETO PORQUE, COMO RELATADO ACIMA, ESTA É A MATÉRIA MAIS IMPORTANTE. MAS NÃO PODEMOS NOS ESQUECER DAS OUTRAS, QUE TAMBÉM REPROVAM, NÃO É, FORMANDOS?
CADA UM DE NÓS TEM DIFERENTES EXPECTATIVAS E OBJETIVOS PARA DEPOIS DESTE DIA.

ALGUNS ESTÃO DE SACO CHEIO DA FACULDADE, QUERENDO QUE ESTE SUPLÍCIO ACABE DE UMA VEZ. OUTROS, COMO EU, ESTÃO ANSIOSOS PARA TERMINAR LOGO ESTE CALVÁRIO, MAS SABEM QUE VÃO SENTIR SAUDADES.
ESTA ÉPOCA TAMBÉM É DE NOSTALGIA, POIS NAS NOSSAS RODAS DE INTERVALO, NÓS FICAMOS PROCURANDO QUAL FOI A NOSSA PRIMEIRA SALA DE AULA.
ALÉM DISSO, FICAMOS RELEMBRANDO PESSOAS QUE FICARAM PELO MEIO DO CAMINHO E NÃO ESTÃO DESFRUTANDO DESTE INCRÍVEL MOMENTO, MAS NEM POR ISSO DEIXAM DE ESTAR EM NOSSOS CORAÇÕES.

UM DOS EPISÓDIOS MARCANTES DA PRÉ-FORMATURA FOI A PROVA DE TOGA, O LEITOR NEM TEM IDÉIA DO QUE OS FORMANDOS APRONTARAM COMIGO.
LEMBREI DOS MEUS TEMPOS DE GURI, PORQUE ENTRE UMA PROVA E OUTRA, OS GURIS RESOLVERAM BATER UMA BOLINHA VESTINDO AQUELE UNIFORME “POUCO PESADO”.
ELES ESQUECERAM QUE EU NÃO CAMINHO E TAMBÉM ME FIZERAM ESQUECER DESTE DETALHE. POR ALGUNS INSTANTES EU ME SENTI O RONALDO NAZÁRIO. EU MARQUEI ALGUNS GOLS, MESMO QUE FOSSE TUDO ARQUITETADO. ALÉM DISSO, ME FIZERAM DEFENDER UM PÊNALTI E DEPOIS PULARAM EM CIMA DA MINHA CADEIRA COMO SE FOSSE UMA FINAL DE CAMPEONATO. POR ALGUNS MOMENTOS EU TEMI ME ESBORRACHAR NO CHÃO. PARA MINHA SORTE, AS GATAS DA TURMA NÃO ESTAVAM VENDO ESTA CENA GROTESCA, PROVAVAM AS TOGAS DELAS EM OUTRA SALA, PARA SORTE DELAS.

OUTRO ASPECTO QUE CARACTERIZA A NOSSA TURMA SÃO AS FRASES DE FINAL DE AULA. SÃO AQUELAS PROFERIDAS POR VOLTA DAS DEZ HORAS DA NOITE, QUANDO NINGUÉM ESPERA, GERALMENTE NO MEIO DE UMA MATÉRIA CHATA.

TEMOS UM COLEGA, QUE É O REI DE PROTAGONIZAR ESTES MOMENTOS HILÁRIOS. AÍ VAI UM EXEMPLO DE UMA FRASE DITA POR ELE: “O AMOR É UM NEGÓCIO”. ESTA FRASE FOI PROFERIDA EM UMA SEXTA-FEIRA NA AULA DE GESTÃO DA COMUNICAÇÃO, QUANDO O PROFESSOR ESTAVA COMPARANDO A GESTÃO DA COMUNICAÇÃO AO RELACIONAMENTO AMOROSO E, CONSEQUENTEMENTE, MEXEU COM A DOR DE COTOVELO DO TAL COLEGA, QUE JÁ DURAVA TODO O SEMESTRE.

ALÉM DESTAS FRASES ENGRAÇADAS, ELE AINDA FAZ ALGUMAS IMITAÇÕES DE PROFESSORES QUE NOS MARCARAM. AS DUAS MAIS HILÁRIAS SÃO AS DO PRIMEIRO REITOR DO CURSO, PROFESSOR JAIDER BATISTA, E DO PRIMEIRO COORDENADOR, SANDER NEVES, AMBOS MINEIROS. O PIOR, LEITOR, É QUE ELE NÃO SE CONSTRANGE COM NADA DISSO E FAZ A NOSSA ALEGRIA, NÃO É, DANI?
ESTA TURMA É ÚNICA, TEM O DANI, O ALEX, O FERNANDO, OS GURIS DO BOLA MURCHA (ULTIMAMENTE, BOLA BEM MURCHINHA...), A PAULA, A JU, A SARA (QUE FICOU PELO CAMINHO), O THIAGO (QUE TAMBÉM FICOU PELO CAMINHO) E O DANIEL FLAMENGUISTA.

COM ALGUNS EU NEM TIVE UMA AMIZADE TÃO CHEGADA, MAS TODOS MARCARAM COM CERTEZA A MINHA CAMINHADA NA FACULDADE E PELO SIMPLES FATO DE SE FORMAREM COMIGO, DE ALGUMA MANEIRA ESTARÃO SEMPRE NO MEU CORAÇÃO. PORTANTO ESTA TURMA VAI DEIXAR SAUDADES.

QUANDO EU CHEGUEI NO CURSO DE JORNALISMO, CHEIO DE EXPECTATIVAS, FOI ESTA TURMA QUE ME RECEBEU E OPORTUNIZOU A BUSCA DO MEU ESPAÇO DENTRO DA FACULDADE E DENTRO DA PRÓPRIA GALERA.

VALEU GURIZADA, VOCÊS ESTÃO DEIXANDO SAUDADES, DÁ-LHE PIONEIROS! BEIJOS NAS GURIAS E ABRAÇOS NOS MANOS!

domingo, 5 de julho de 2009

O poder de ler, escrever e jogar bola

Certa vez, um casal de amigos, Harrison e Sam, tinham um desejo enorme de serem notados. Porém, notados de uma forma e maneira bem simples, sim, através de seus textos. Por isso, eles viviam escrevendo tudo que se possa imaginar. Se um dos dois pensasse em algo, seja o que fosse, já era um bom motivo para que os amigos anotassem a(s) ideia(s) que surgissem e, para que assim e com mais calma, continuasse a descrevê-las mais tarde. E, é claro, com todo dissabor que costumam ter quando escrevem os seus textos.



Contudo, ambos eram pessoas cultas e preocupadas, ao mesmo tempo, com as outras pessoas. Até mesmo com as que lhe cercam. Decerto, os seus próprios amigos. Porque a preocupação deles? É que elas, as pessoas e também os seus amigos, lêem pouco. E, porque não dizer, muito pouco! Isso, de certa forma, os incomodavam bastante.







Mas quanto ao fato de Harrison e Sam, se tornarem figuras, quem sabe ilustre, eles tinham que, afinal, querer deixar de ser apenas anônimos. Viver apenas no mundo do anônimato. Para isso, os amigos não faziam qualquer “loucura” para querer de fato aparecer logo e de cara como muitos fazem por aí. Eles tinham, no entanto, os pés no chão e suas cabeças centradas num único objetivo: escrever um livro.








Então, esses amigos eram diferentes. Por esse motivo, eles diferentemente, de como acontece e muito, hoje em dia, com as pessoas que se dizem celebridades e acabam estampando uma ou várias capas de revistas. Ou como também estampando sites com quaisquer tipos de notícias, até mesmo, em colunas de fofocas. Mas os amigos, eles sim, fariam por merecer um reconhecimento através do próprio trabalho. Ambos adoram Literatura. Eram os melhores em suas classes. Principalmente, no desrespeito as nossas, as brasileiras, apesar deles possuírem nomes estrangeiros, os personagens daqui, por vezes, folclores, regionalistas e talicoisa atraíam muito suas atenções.









A saída deles foi encontrar em sites, na verdade, no site de busca Google, onde tivessem ocorrendo concursos de crônicas, para participarem e ter os seus textos lidos por outras pessoas. Por fim, os amigos acabaram encontrando. Tratara-se do site de um músico brasileiro, Leoni. Lá, nesse site, eles tiveram de escrever um texto, cujo tema não havia, era livre esse tema, e que mais tarde, seria votado pelos próprios fãs cadastrados nesse portal. O vencedor do concurso comandaria o intitulado Diário de Bordo, do próprio músico pelas próximas quatro segundas-feiras daquele mês de fevereiro, enquanto o artista tivera de férias nesse tempo.








Pela vontade dos amigos de ler e escrever, e a forma incansável de persistirem mesmo nesse objetivo, Harrison e Sam, dividiram o espaço virtual do músico. Para cada um deles, lhe fora reservado duas segundas feiras e intercaladas. Os amigos, é óbvio, comemoraram e ficaram felizes também de ver comentários a respeito do que escreveram aos fãs do site.








Em tempo:


Dá pra se dizer que toda a história, relatada acima, dos amigos Harrison e Sam, sim, pode servir de estímulo e força para a dupla GreNal a partir de agora pro desenrolar do Brasileirão. Ainda mais, após essa primeira semana do mês de julho, onde os times perderam as suas principais competições e, de forma semelhantes, perantes suas torcidas, que vale inaltecer, lotaram os estádios e apoiaram a todo instante. Por isso é tempo de uma nova virada. E tem que ser logo, de preferência, começar neste fim de semana, onde Grêmio recebe no Olímpico o Atlético/PR, enquanto o Inter, visita o Naútico em Recife. Boa sorte aos gaúchos!!!








Abraços, Daniel Miranda

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O futebol no Marinha tinha um goleiro

Em meados da década de 1990 (entre 95 a 97), eu e alguns amigos, lá do bairro Medianeira, começávamos nos finais de semana, porém, sempre no cair da tarde e início da noite, a bater uma bolinha no Parque Marinha do Brasil. Na verdade, isso não faz muito tempo não. E, sim, um pouco mais de 10 anos. Mesmo assim, eu tenho uma leve impressão de que foi ontem, que nos encontrávamos e saíam todos para lá nos divertir. Contudo, jogar bola é isso: diversão. Era o que nós fazíamos e bem, eu e meus amigos.




Então, lá no Marinha, haviam algumas quadras de futsal, todas de cimento, é claro. A partir deste instante, todos nós entravamos em quadra e aquecíamos ali. Enquanto isso, uns três ou quatro amigos saíam de lado, pois eles disputavam no par ou ímpar para ver quem deles começaria a escolher as equipes.






Normalmente, quem sempre escolhe são os goleiros. E entre nós, não era diferente. Eram os goleiros. Sim, sempre eles, os goleiros, os responsáveis pelos times, independentemente, se fosse dar certo ou não nos jogos que começariam em seguida.






Um desses goleiros era o João. Para nós, Joãozinho. Assim que ele era chamado lá na rua por nós. Mas, também, era chamado de “negrinho”, porém esse apelido é de família, principalmente, de sua vó (que me foge o nome – perdão galera). Ela, a vó de João, tinha o costume de chamá-lo para ir pra casa, assim que o sol se perdia pra lá das bandas do Rio Guaíba, quando estávamos nós ali na rua, brincando ou falando besteiras. Ela, quando o chamava, entoava um grito. Mas um grito de carinho ao neto:






- Olha o sereeeno Negrinho... Vem já pra casa!






E não é que o João ia. Ele ia embora subindo a lomba, meio que saltitante. Às vezes, João ia chateado, de cabeça baixa, por ter que ir embora para a sua casa. Eu e outros amigos riamos daquilo, enfim, nós achávamos engraçado. Eram risos de brincadeira com o João. Ainda bem que ele levava na boa. Na verdade, o Joãozinho era, contudo, um amigo de todos da rua e um dos mais velhos e inteligentes daquela gurizada. Ah, isso ele era e sempre foi: “velho” e inteligente.






Mas, quanto ao futebol no Marinha, o João era sempre um deles que escolhia os colegas que jogariam com ele. Um time, que quisesse vencer seus jogos, tinha sempre de começar por um goleiro. E esse goleiro, sem duvida, era ele, o Joãozinho.






Às vezes, vale ressaltar, ele escolhia bem. Porém, quando escolhia mal, deu para ele, a galera não perdoava mesmo e, dessa forma, pegava-o no pé dele durante toda a semana e, assim, até o próximo “findi”.






Por ora, devo lembrar ainda que, João atacava muito no gol. Mas só quando o mesmo queria. Também lembro que ele tomava uns frangos. E eu, é claro, sempre reclamava e xingava-o, na verdade.






Como também, quando ele defendia umas bolas indefensáveis, eu comemorava e cumprimentava-o. Quando isso acontecia, eu lembro que sempre vibrávamos, como também, vibrávamos quando eu desarmava o adversário ou marcava um gol - ou golaço.






Vencemos, eu e o Joãozinho, muitos daqueles jogos no Marinha. Perdemos, também. Mas muito pouco. Nós, daquela gurizada do bairro, éramos diferenciados. Isso que ambos eram e são de verdade. Ainda mais quando jogávamos juntos, pois nós percebíamos no time adversário um nervosismo, e até mesmo, antes da bola rolar. E, quando ela rolava, sabíamos bem o que aconteceria. Como acabou e muito acontecendo naquele tempo: defesas de João, e eu, marcando gols. Resultado final: diversas vitórias para nós e muita festa.








Em suma:


É o que o Internacional precisará fazer, hoje à noite, contra o Corinthians no estádio Beira Rio: se defender bem e atacar o time paulista o tempo todo. O goleiro Lauro terá de agarrar tudo lá atrás, e enquanto o atacante Nilmar, terá de fazer os gols lá na frente. E, no mínimo dois gols pra levar a decisão para os pênaltis. Se fizer três gols, melhor. Se não fizer isso, de nada adiantará.






Portanto, se isso acontecer, de fato, os colorados poderão comemorar mais um título e mais uma taça na sua história, e ainda mais, no ano do seu centenário. Aí sim, os vermelhos farão a festa. Assim como bem fizeram na história relatada acima, esse que vos escreve e o amigo João. Boa sorte ao INTERNACIONAL!!!





Abraços, Daniel Miranda...

A hora dos Gaúchos

Não têm prá ninguém. Esta semana Porto Alegre é a capital sulamericana do futebol. Na quarta-feira (01/07) o Inter recebe o Corinthians pela finalíssima da Copa do Brasil e, na quinta-feira (02/07), o Grêmio encara o Cruzeiro valendo vaga na decisão da Copa Libertadores. O que os dois jogos têm em comum? A necessidade de vitória dos Gaúchos, necessidade de superação, de garra, de força, de alma enfim. Grêmio e Internacional entram em campo precisando fazer no mínimo dois gols, o Tricolor para se classificar e o Colorado para pelo menos ir aos penaltis. São dois embates recheados de polêmica e emoção. Na última quarta os Cruzeirenses armaram um circo após o fim da partida. Teria o atacante gremista Máxi López cometido um crime de racismo contra o meia da equipe mineira, Elicarlos. O ônibus da torcida gremista foi apedrejado, houve truculência na condução que levaria Máxi a delegacia e até voz de prisão ao técnico Paulo Autuori. Mas também houve um gol reanimador e cheio de sopros de esperança. Uma falta batida com maestria por Souza, aquele que esperamos, faça chover no Olímpico. O Grêmio precisa mais uma vez recorrer a sua Imortalidade, ao seu gosto por situações difíceis. E a torcida... Ahh a torcida!! 46 mil vozes entoarão em uníssono os cânticos tricolores.
No lado vermelho do Estado a expectativa pela reversão de um placar extremamente desfavorável. O Corinthians de Ronaldo meteu dois em São Paulo. Precisará o Inter do talento de seus principais jogadores, dentre eles Nilmar, que voltou da seleção. Os colorados já garantiram que o Beira-Rio estará lotado e deles depende o clube da Padre Cacique para erguer este troféu. Os paulistas estão engasgados na garganta dos colorados, que não se esquecem do título cheio de suspeitas dos alvinegros, em 2005. Dôssies, críticas, farpas, belos ingredientes do que promete ser um dos melhores jogos do ano. O povo gaudério, de tantas lutas e conquistas, de uma identidade inconfundível, de uma fibra incomparável, tem mais uma vez a chance de provar ao Brasil sua marca impetuosa de vencedor.

"Ouço o canto gauchesco e brasileiro, desta Terra que eu amei desde guri..."

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Os sonhos de Luther King e do INTER

Na década de 1960, nos Estados Unidos, mais precisamente, em agosto de 1963, um discurso comoveu a todos os americanos como também todo o universo e entrou para a história. Era o discurso, que fora intitulado mais tarde de: I have a dream (Eu Tenho Um Sonho), do pastor protestante e ativista político estadunidense Martin Luther King Junior. Ele, Luther King, tornou-se um dos mais importantes líderes do ativismo pelos direitos civis - para negros e mulheres, principalmente - nos EUA e no mundo, através de uma campanha de não violência e de amor para com o próximo.








A manifestação de Luther King ocorreu em Washington, onde milhares de pessoas o acompanharam pelas ruas e, em frente ao Memorial Lincoln, pronunciou o seu famoso: I have a dream. Contudo, o discurso sobre os direitos civis, também, fora voltado a realização do censo para aprovação dos votos dos negros, o fim da segregação racial e a melhoria da educação e de moradia para os negros nos estados do sul. Houve, ainda, discussões com o presidente americano, daquela época, John F. Kennedy, que acabara se tornando quase que uma celebração das conquistas do movimento negro (e do governo), o que irritou muitos ativistas mais radicais e menos ingênuos.








Um dos trechos de Luther King, ele disse: “Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação”.








Ali, em Washington, estava um homem do bem, um homem do povo, de fato. Aclamado, senão por todos, quase todos. E, não e tão somente, é claro, aos homens negros, e sim, a todos os homens. Luther King tinha muito a dizer a eles, os americanos, e disse, confiram:








Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!










Sem dúvida, Luther King, era um homem do povo. Esse pronunciamento, o fez ser reconhecido para todo e sempre. Ele, em 1964, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, sendo assim, a pessoa mais jovem a recebê-lo. Naquele período, King já se preocupava com o mundo. E, depois de tantos anos, se nós olharmos lá trás, em suas palavras ditas, veremos que ele tinha realmente razão.








Em meio a tudo isso ocorrendo lá nos EUA, aqui no Brasil, nós acabávamos de ser no Futebol, Bicampeões Mundiais (1958 - 1962). Nós estávamos numa época importante a ser encarada por todos. Afinal, viria então a Ditadura Militar, que perduraria e que, na verdade, perdurou por 20 longos anos.








No entanto, no estado do Rio Grande do Sul, digo em Porto Alegre, a cidade vivia e como sempre viveu a rivalidade Gre-Nal. Sim, os times de Grêmio e Internacional se enfrentavam e tentavam conquistar a hegemonia estadual. Mas, hoje, os clubes e ambos Campeões do Mundo, almejam títulos e mais títulos. As duas torcidas são apaixonadas e rivais mais do que tudo, pois querem e apóiam seus times em cada jogo, como tem sido esse ano.








Vejamos o Grêmio: o Tricolor quer o Tri da América. Enquanto que o Inter busca o Bicampeonato da Copa do Brasil. O ideal são eles serem campeões do que almejam... Isso por quê? Por que nós – gaúchos - gostaríamos de ver a reação da imprensa do centro do país perante o estado gaúcho. Todos eles, jornalistas, se revoltariam contra nós. Isso, eu não acho, eu tenho certeza. É fato...








Porém, nesse momento, a final da Copa do Brasil está próxima, e é entre Inter e Corinthians. No primeiro jogo, disputado em São Paulo, a equipe do técnico Mano Menezes venceu os colorados por 2 a 0. Agora, resta ao Inter tentar reverter o placar jogando no seu estádio e com o apoio da sua torcida. O Grêmio enfrenta o Cruzeiro, um dos dois será finalista da Libertadores. Ao menos, nos interessa isso. Sim, um dos clubes brasileiro tentará novamente mais um título internacional. O Grêmio perdeu por 3 a 1, em Belo Horizonte e, agora, precisará vencer a qualquer custo.








Portanto, é assim que as coisas acontecem aqui no Estado, ainda mais, com as nossas duas equipes porto-alegrenses. Elas têm sonhos, e sonhos distintos, porém sonhos iguais que são de serem campeões.








Dessa forma que terá de acontecer com o Colorado. O Inter terá que ser, assim como foi a história emocionante no discurso de Martin Luther King Junior, I have a dream, em 1963. Só que agora, a torcida do Internacional se inspira e tenta manter, sim, contudo, esse sonho.








Enfim, o clube também vive intensamente e sonha com o título da Copa do Brasil no ano do seu centenário. Portanto, diante da equipe do Corinthians e jogando no seu estádio, que estará lotado, dessa forma, o colorado conquiste de vez o bicampeonato nacional. Afinal, isso é um sonho. E sonho, lembre leitores, que ele pode ser realizado... Boa sorte aos Colorados!!!







Abraços Daniel Miranda

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Mas que baita rodada!!

A 7ª rodada do certame nacional foi sem dúvida a mais emocionante até agora e, com certeza, será difícil de ser igualada. Os dez jogos disputados em território Tupiniquim demonstraram a supremacia do futebol canarinho. Para completar a seleção vibrante de Dunga meteu três na Itália. Vamos aos fatos! No sábado me postei em frente ao televisor para acompanhar o duelo entre Atlético-PR e Palmeiras. Meio desconfiado pensei: "Que pode me oferecer uma partida entre um recém eliminado da Libertadores e uma equipe na zona de rebaixamento?" Óh ingenuidade minha! Os paranaenses saíram na frente com mais um gol do zagueiro artilheiro Rafael Santos. O alviverde paulista estava abatido, a lembrança sombria do Uruguai lhe atormentava. Foi aí que ele, o jogador mais amuleto do Brasil, aprontou das suas. Obina aproveitou a falha do goleiro Vinícius e em uma roubada de bola marota, empurrou para as redes. O Atlético atuando diante de seu inflamado torcedor não admitia a derrota e, Marcinho batendo falta com maestria deu a vantagem novamente ao Furacão. Mas o Palmeiras não desistiu e com a força do time guerreiro que é, com a tarimba do mestre Felipão e da Libertadores de 1999, empatou aos 48 da segunda etapa. Keirrison colocou para dentro uma bola que relutou em beijar o barbante.
Enquanto acompanhava essa verdadeira guerra, as bolinhas iam subindo e os outros resultados iam se encaminhando. Em Salvador um jogo lindo. Vitória 3x1, Botafogo buscando o 3x3 e no fim, os baianos decretando seu triunfo. Uma virada acontecia em Santo André, onde o time homônimo reverteu o score contra o Sport. Mais três jogos trariam aflições para noite de sábado. No Olímpico o Grêmio quis, quase que como um teste para as semis da Libertadores, verificar a condição cardíaca de seus torcedores. Em um primeiro tempo que só o Goiás jogou, 1x1 foi um bom resultado. Na segunda etapa mal tinham acordado do sono que durmiram no vestiário, tomaram outro gol os jogadores azuis. Na realidade não foram todos que sestiaram, Herrera estava inquieto, revolto o argentino. Foi dele a catimba do segundo gol gremista, efetuado por Maxi Lopez, aos 47 do segundo período. Quer mais um embate resolvido no fim? Avaí 3x2 Flu. Fechando o dia sagrado, o Coritiba confirmou a boa fase e derrotou o Náutico nos Aflitos, 1x0.
Neste belo domingo a jornada iniciou com a seleção metendo 3x0 na Itália. Luís Fabigol insiste em contrariar os críticos e fazer a torcida não sentir falta nenhuma de Ronaldo. Mais tarde quatro jogos encerrariam a rodada eletrizante. Na Vila Belmiro a partida com mais polêmica. O árbitro Djalma Beltrami prometeu quatro minutos de acréscimo, acabou a partida quando apenas dois haviam se passado, após reclamações voltou atrás e recomeçou o embate. O placar de 3x2 para o Galo iria ser alterado, não fosse o juizão, aquele mesmo da Batalha dos Aflitos, anular um gol legítimo de Léo e, ainda expulsá-lo por reclamação. Coisas do futebol. No clássico paulista só deu Timão, que dessa vez nem precisou dos serviços de Ronaldo, demonstrados na quarta contra o Inter. O placar foi 3x1 e o São Paulo se afunda na crise. Falando em Internacional, o todo poderoso melhor elenco do Brasil parece ter perdido a sua tão aclamada força. Adriano imperou no Maraca e o Flamengo saiu de campo com uma bela goleada, 4x0. Bom para afastar a crise, agora só precisa cortar o telefone do Cuca. De BH vem o resultado que agrada os gremistas, em pleno Mineirão a supresa Grêmio Barueri venceu o Cruzeiro por 4x2. Um resultado que mostra a fragilidade da Raposa. Deve-se aproveitar o momento de Grêmios vencerem lá. O Galo é o líder e o Furacão o lanterna. Na próxima rodada o Inter recebe o Coxa e o Grêmio encara o Leão na Ilha. Antes disso temos semifinal de Libertadores para o time da Azenha e Recopa para o da Padre Cacique.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Os 50 Maiores Jogos das Copas do Mundo

Não quero descrever muito a respeito do livro Os 50 Maiores Jogos das Copas do Mundo, que acabo de ler do jornalista esportivo, se não o melhor dessa editoria, sim, é claro, o Esporte, Paulo Vinicius Coelho (o PVC, como é conhecido). Lê-lo, é, contudo, adquirir conhecimento através de PVC, que é um "monstro" em sabedoria. O livro traz muitas histórias do mundo da bola. Quer dizer, das Copas. E, acredito, sendo uma obrigação para quem quer se tornar um jornalista de atuação nessa área.
Pois, o PVC teve todo cuidado ao abordar o conteúdo de forma que a leitura se tornasse fácil e é, de fato, boa de se desfrutar. Em resumo, um deleite a quem gosta e aprecia uma boa leitura. Ainda mais, para quem gosta, é óbvio, de Esporte. Abaixo, segue, um pequeno relato do próprio PVC, como também de um site ao apresentar a sua obra:
"Contar jogos históricos de Copas do Mundo sem repetir o que já foi dito é uma missão quase impossível. Como recontar, por exemplo, a tragédia de Sarriá? A resposta surgiu durante a elaboração deste livro. Sarriá representa felicidade para os italianos que viram Azzurra surpreender o Brasil. Os argentinos saboreiam os 6 x 0 sobre o Peru em 1978... Cada povo tem seu jeito de enxergar os jogos históricos dos mundiais". (PVC)
Missão quase impossível? Não para o jornalista Paulo Vinicius Coelho, o PVC, considerado um dos maiores estudiosos do futebol mundial da atualidade. PVC escolheu 50 entre os 644 jogos já disputados em Copas do Mundo desde 1930. E fez isso de forma brilhante: elegeu aqueles que são quase uma unanimidade (para ele, o melhor jogo de todos os mundiais foi Itália 4 x Alemanha 3, semifinais da Copa de 1970), aqueles com valor histórico (a maior goleada; o jogo com maior número de gols; as partidas com confrontos políticos importantes) e mais alguns totalmente surpreendentes (e, ao ler a obra, logo se entende por que foram escolhidos). Como faz em seus comentários na ESPN-Brasil e no jornal Lance!, PVC ainda utilizou seus vastos conhecimentos táticos para recontar cada partida com fatos novos. Entrevistou jornalistas da Itália, da Argentina, da França e da Holanda, e pesquisou em fontes até então inéditas. Os 50 Maiores Jogos das Copas do Mundo é um marco na literatura esportiva brasileira. (SITE)
Abraços Daniel Miranda

terça-feira, 16 de junho de 2009

O futebol não acompanha a realidade


Há poucos dias atrás foram noticiadas com galardão no mundo inteiro as transferências de Kaká e Cristiano Ronaldo para o Real Madrid. Juntos, os dois craques custarão aos cofres merengues, quase 160 milhões de euros, eu disse 160 MILHÕES DE EUROS. Que os dois são ótimos jogadores todo mundo sabe, eu considero junto com o argentino Messi, o trio de melhores do mundo na atualidade. Todos têm conhecimento também de que são figuras extremamente rentáveis, marcas preciosíssimas para exploração de marketing. Contudo, creio eu ser um absurdo tão grande quanto a cifra desembolsada pelo senhor Florentino Pérez, presidente do Real, o fato de se pagar tanto dinheiro para duas pessoas jogarem bola. Por mais apaixonados que sejamos, temos de reconhecer que é muito dinheiro, dinheiro demais. O futebol é um esporte de massas, massas muitas vezes falidas, de aficionados que muitas vezes abdicam de outras necessidades para comprar um valioso ingresso e acompanhar o time de coração. Amor genuíno, uma vez que nem as condições mínimas de confortos muitos estádios oferecem, pelo menos no Brasil. Não é nem preciso recorrer á fome que assola o continente Africano para justificar a alienação de tranferências deste valor, basta andar por uma cidade grande no Brasil. Aposto que em menos de 20 minutos você acha uma vila e nela as condições sub-humanas em que muitos vivem.

Um resultado não tão bom quanto o futuro prevê


O empate sem gols entre Grêmio e Fluminense no Maracanã, neste domingo (14/06), representou bem a adaptação do Tricolor ao esquema 4-4-2. O time de Autuori buscou o campo ofensivo com mais assiduidade e melhor organização, mas seja por falta de pontaria ou sorte, deixou escapar dois pontos no maior estádio do mundo. Logo aos quatro minutos, após aguerrida jogada de Máxi, Tcheco colocou a bola na trave, no que poderia ter sido o primeiro tento azul. A partir daí a equipe da Azenha foi mais incisiva e em boas tramas de avanço oportunizou duas vezes Alex Mineiro, que não concluiu com êxito. Faltou ao Grêmio a maturação do novo esquema, que virá com o tempo. A defesa, embora perdendo um zagueiro, continuou sólida. Na direita Thiego fez uma partida de muita qualidade defensiva, a sua falta de apoio é compreensível devido a posição de origem do atleta, a zaga. Fábio Santos mais uma vez me desagradou. O lateral-esquerdo gremista têm boa disposição tática e valentia na marcação, mas fica devendo na qualidade técnica, no complemento final. Me deixa intrigado o fato de a direção Tricolor não se preocupar em contratar um outro jogador do setor, que possui Jadílson, muito agudo, e Hélder, um júnior com salário de profissional. A meia-cancha de Autuori me pareceu o bloco mais sólido e preparado para a nova formação do time. Túlio resguarda mais a defesa, ao passo que Adílson auxilia na saída de bola e assessora os meias. Meias que tiveram atuações distintas, Tcheco foi bem e se movimentou bastante, já Souza pareceu pouco inspirado. O fato lamentável foi a expulsão do garoto Douglas Costa, que quando enfim ganha um tempo aceitável para atuar, acaba indo mais cedo para o chuveiro. O Grêmio volta todos os seus pensamentos para a partida decisiva contra o Caracas, na quarta-feira (17/06). O resultado é favorável, empate sem gols ou vitória por qualquer placar classificam o Tricolor, mas não se pode relaxar, afinal já vimos muitas zebras soltas na América. Réver volta e Rafael Marques deve ir para o banco. Mais um teste, desta vez de fogo, para o 4-4-2 de Autuori.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O Tetris, o Xadrez e Tênis, o Boxe e os Esquemas Táticos

Antes de escrever este post, eu gostaria de saber da galera ou deixar, ao menos, uma pergunta a vocês: Quem, por acaso, nunca jogou ou ouviu falar do jogo Tetris? Acredito e muito, que muitos daqui não só ouviram, como também, já jogaram este jogo. E, digo mais, não jogaram apenas na fase infantil e na adolescência, mas, contudo, na fase adulta, principalmente. Sim, pois o Tetris é um jogo de estratégia e para se exercitar a mente, assim como é ler e escrever. Partindo desse pressuposto, é claro, e de seus níveis de dificuldades, que o mesmo Tetris propõe, a quem estiver jogando-o.



Recentemente (primeira semana de junho), o Tetris completou 25 anos. O seu criador é um pesquisador russo, de inteligência artificial Alexey Pajitnov. Era meado de junho de 1984, quando Pajitnov inventou a primeira versão desse jogo, que mais tarde, se transformaria num dos jogos eletrônicos mais populares de todos os tempos.



Porém poucos sabem que a idéia do Tetris, de fato, surgiu durante a Guerra Fria – designação a qual é atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991) – onde foram feitos diversos testes em computadores russos. E, assim, dessa forma, sem os seus criadores saber ao certo, que ali, em meio a guerra, estava nascendo um game predestinado ao sucesso como aconteceu na verdade.



O Tetris, não é nenhum pouco violento como outros tantos games e famosos são, e o que é pior, sendo de conhecimento de todos nós e ainda jogamos. Na certa, o Tetris é, e me atrevo a dizer nesse espaço, assim como é o escritor gaúcho e colorado Luis Fernando Veríssimo, que quando escreve, escreve brilhantemente, como escreveu certo texto intitulado A era dos centauros. Brilhantes, eles: Tetris e Veríssimo.





No texto citado, Veríssimo aborda o xadrez e o tênis como dois jogos violentíssimos. E ainda, revela que o boxe não é violento, e sim, civilizado. Mas alguém ao ler isso que escrevo, vai perguntar: Como é possível isso? A explicação dele, o Veríssimo, é plausível e é a seguinte:

“No xadrez, você quer de todas as formas aniquilar o seu adversário. Então, parte do tempo em que parece estar pensando no seu próximo lance o jogador de xadrez se dedica a imaginar o que faria com o adversário e sua família se não precisasse se controlar. No tênis, pouca gente sabe que na sua forma original, o tênis consistia em dois jogadores se dando raquetaços até um morrer ou pedir água. Só muito depois os ingleses inventaram a bola e a rede para manter os jogadores separados, mas o instinto assassino de parte a parte continua o mesmo”.


Agora, Veríssimo chega ao boxe. Outra definição e totalmente diferente dos outros dois esportes citados. Vejamos:

“Um esporte civilizado é o boxe. Não há notícia de jogadores de xadrez ou de tênis se abraçando efusivamente depois de uma partida como acontece com lutadores de boxe, que continuam amigos depois da luta, mesmo porque passaram a maior parte do tempo abraçados”.



É realmente e brilhante esse escritor. Somente ele para ter essa percepção como poucos gênios. Só mesmo um Veríssimo para dar essa conotação ao boxe.




A partir disso, que eu transfiro tudo que foi escrito, até o momento, para o Futebol. Sim. Na verdade, para os Esquemas Táticos que são estabelecidos nesse Esporte. São tantos esquemas que se utilizam e se criam a todo instante, que chega uma hora e vira preocupação. Pois dentro de um time, como o Grêmio, por exemplo, por vezes, chega a confundir as cabeças dos jornalistas e de seus torcedores. Quando, não confundem, as de seus atletas, o que é bastante grave nessa altura do ano.







O técnico Paulo Autuori chegou ao Tricolor como solução. Bem verdade, que há pouco tempo. Mas não dá sinais de que definirá tão logo assim um esquema tático para a sua equipe. Celso Roth foi praticamente expulso do Olímpico. O Marcelo Rospide assumiu de forma interina, parecia manter o esquema de Roth. Mas, o mais agravante dessa situação de esquema tático, é que os jogadores são os mesmos, apesar da mudança de treinador. O que resta ao torcedor gremista é esperar para ver o que acontece, como que o clube se adaptará, enquanto é tempo, antes que seja tarde demais. Defina logo um esquema Grêmio, só isso que os torcedores pedem. Alguns deles: 3-5-2, 3-6-1 e 4-4-2. É só escolher um desses.




Diferente é o caso do Internacional, do treinador Tite, que está no time colorado há quase um ano. Um grupo de jogadores qualificados e, o principal, com esquema tático definido, o 4-4-2. Com esse esquema, eles estão mais do que adaptados, pois qualquer atleta do grupo vermelho que entra, vai bem, isso é fato. Os torcedores gostam e prestigiam o seu time a cada partida. Por que isso? Porque é fácil saber a resposta. Eles sabem a escalação e as alternativas variáveis que o time possui.



Por fim, em suma, cabe dizer que o Tetris, como um jogo estratégico, é, contudo assim como o Futebol e todos os seus Esquemas Táticos existentes. Enfim, aquele que for bem treinado e, principalmente, compreendido pelos atletas, podem ter certeza, que terão todo o sucesso no desenrolar das competições, ao menos. Havendo, ainda, a possibilidade também de sucesso no decorrer de todo ano. Boa sorte a dupla Gre-Nal!


Abraços, Daniel Miranda.

Polêmica vende jornal

"Todo gremista têm mania de perseguição. Todo gremista acha que está sendo roubado por todos os juízes, todo gremista pensa que a tabela o prejudica". Existe gremista que têm medo de externar as constatações verídicas de oposição ferrenha ao Tricolor, justamente pelo fato de ter que ouvir tais afirmações. Esse medo dever ser combatido, superado, deixado para trás. Que chamem o gremista de louco. Louco será até que parem de inventar uma polêmica por semana os senhores "enrustidos" da imprensa. Louco será o gremista até que o comentarista de arbitragem não enxergue apenas os lances de violência da Azenha. Louco será até que não se tenha um clube como parceiro e se defenda apenas os seus interesses e exalte apenas as suas qualidades. Souza pode até ir embora, e quem sabe ter concedido mesmo a tal entrevista (não creio), mas eu duvido que se fosse o Bolívar dizendo que ainda gostaria de mostrar bom futebol no Mônaco, a notícia ganharia tamanha proporção. "Iremos contra tudo e contra todos, pois querem matar o Imortal!!" Ah me desculpem. É só mais um louco gritando na Carlos Barbosa.

domingo, 7 de junho de 2009

O Roger Federer e o Internacional

O tenista suíço Roger Federer, de 28 anos, é um fenômeno. Isso que Federer é. Um fenômeno nas quadras de tênis. Neste domingo, em Paris, o suíço conquistou o único título e, na verdade, que estava faltando em sua sala de troféus, que é vasta, e também da sua brilhante carreira, pois levou o Grand Slam de Roland Garros.
Na final, Federer enfrentou o sueco Robin Soderling, vencendo por 3 sets a 0, com parciais de 6-1, 7-6 (7-1) e 6-4 em uma hora e 55 minutos. E, jogando muito e, contudo, sem dar chances ao seu adversário. Jogou com a maior autonomia. Autonomia, essa, de forma impecável, e só daqueles que sabem, assim, é claro, como ele.
Nas últimas três edições do Roland Garros, o suíço acabou sendo derrotado por aquele, que, quem sabe, seja o seu maior rival na atualidade, o espanhol Rafael Nadal. Então, era certo, que na cabeça de Federer, essa quarta final seguida no torneio, poderia sim, atormentá-lo de alguma forma. Pressioná-lo, sem duvida. Pois favorito ao Grand Slam, ele sempre foi e continuará sendo.
Federer foi aplaudido de pé pelo público presente, que reverenciou aquele que talvez seja o melhor tenista da história, que esteve sempre à frente no placar da decisão diante do sueco Soderling. No fim da partida, o suíço se emocionou e foi ovacionado pelo público na quadra Phillipe Chatrier.
Já na coletiva de imprensa, os jornalistas aguardavam por Federer que, quando adentrou a sala, foi aplaudido. Aplausos para aquele que, sem duvida, já está na história e entre os melhores tenistas de todos os tempos. Nem poderia ser diferente, pois o tenista, hoje, se encontra na segunda colocação no ranking mundial e conquistou 14 títulos no Grand Slam, igualando-se a Pete Sampras (para mim o melhor de todos), e entrando para o seleto grupo de seis jogadores que venceram os quatro dos Grandes Torneios – Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Aberto dos Unidos, que são: Roger Federer, os norte-americanos Andre Agassi e Donald Budge, os australianos Rod laver e Roy Emerson e o britânico Fred Perry.
E o INTER... Onde que entra o Inter no post, nessa história toda de tênis? Pois alguém fará essa pergunta. O que é natural. Então, no título, aparece o Inter, ao lado do nome de Federer. Aí que está e essa é a questão. O ano de 2009, contudo, é dos colorados, que estão comemorando o Centenário. Sim, são 100 anos de histórias e de conquistas importantes.
Quem, por acaso, não lembra do final do ano passado? Eu os relembro: vocês verão que o Inter venceu a Copa Sul Americana, título esse, que nenhum outro time brasileiro tem ou tinha até então. E, que, sempre foi desvalorizada por muitos clubes brasileiros, lembram?
Assim que o Inter conquistou esse caneco, as imagens rodaram o mundo. Rodaram devido a alta tecnologia, que é rápida. Os vídeos estavam soltos pela Internet. Pois em seguida, os vídeos também estampavam tudo que é site de informativo, é claro, esportivo.
Com isso, elas - as imagens – chegaram até Federer, que perdeu o sono. E, que ouso até escrever e tenho certeza, que Federer ficou impressionado com o que vira na tela do computador. Estarrecido, é claro, ele ficou. O suíço apreciou ao olhá-las e gostou muito do que viu. Viu que o Inter ganhou em meio a uma prorrogação, nunca desistindo de jogar e ganhar a Copa. Os vermelhos acreditavam até o fim. Afinal, era o único time que valorizou essa competição, por isso, tinha que vencer e venceu.
Por tudo isso que aconteceu, que o Roger Federer, hoje, é que nem o Internacional, os dois são campeões! É, de fato, de verdade, esses dois, Inter e Federer, uns legítimos Campeões de Tudo!!!
Obrigado, a Federer e o meu Internacional... Grandíssimos Campeões de Tudo!

Abraços, Daniel Miranda.

terça-feira, 2 de junho de 2009

BRASIL: 15 anos do Tetracampeonato Mundial


O ano de 2009 é um ano importante para a história geral do Futebol. Na verdade, o futebol em si, além de ser uma paixão de quase todas as pessoas no mundo, aqui no Brasil, especificamente, ele traz na sua trajetória diversas conquistas. Só os brasileiros têm cinco títulos mundiais (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002). Mas, sobretudo, nesse 2009, nós comemoramos 15 anos do tetracampeonato mundial, e de forma invicta, na XV Copa do Mundo da história, essa por sua vez, disputada nos Estados Unidos em 1994.

É, contudo, especial também ao estado do Rio Grande do Sul (RS), ou a sua metade, vermelha e branca, por causa do centenário do Sport Club Internacional. E, outro fator importante, é o capitão do Tetra e hoje, atual treinador da Seleção Brasileira, Dunga, e mais o goleiro Taffarel, ambos terem sido criados na categoria de base do clube do povo e por serem figuras não menos importantes do que outros jogadores nesse título. Mas esses atletas, assim como o Inter, são apenas detalhes relevantes deste texto. Aqui, no post, o que prevalecerá é a conquista brasileira nos EUA e, a partir das minhas lembranças, que começam agora, neste instante.


Eu, na época da Copa do Mundo, tinha apenas 12 anos de idade. Lembro-me bem, até parece que foi ontem. Um jovem menino que estudava e jogava bola. Um adolescente, um guri. É isso que eu era, definitivamente. Um guri com os brilhos nos olhos. Olhos esses, que enxergavam na bola, podendo ela ser rolada pelas ruas, quadra esportiva, campos e em qualquer lugar, a possibilidade de um futuro promissor, assim como foi na vida daqueles craques (como Bebeto, Romário, Raí e entre outros), que pude vê-los e com o maior prazer, através da TV, ganhando um título para o nosso país.




Na Seleção de 1994, eu admirava a garra do capitão Dunga. Além, é claro, de seus desarmes e passes de média e longa distância. Naquela altura, caso eu fosse um jogador de futebol, já tinha definido que seria um volante. Sim, eu seria, contudo, um outro Dunga possivelmente. A partir disso, eu comecei a treinar e usar as duas pernas para chutar e lançar quando jogava uma bolinha com os amigos. Fui, aos poucos, me aperfeiçoando. O que valeu a pena.


A nossa dupla de atacantes era Bebeto e Romário. Que dupla essa, nem se fala, a sincronia mais do que perfeita, apesar de ambos não serem altos. O Romário que diga. O baixinho do time. Eu ali, sentado em frente à TV, enquanto torcia loucamente pelo Brasil, comecei a entender e ver que o futebol não precisava você ser: alto, médio ou baixo, que seja nessa ordem, o importante era você saber jogá-lo. E jogar como eles – Bebeto e Romário - jogaram nessa Copa, de fato, é para poucos.










No jogo contra os EUA, ficou comprovado isso. Ainda mais jogando na casa dos americanos, e no dia 04 de Julho, Dia da Independência Americana (lembram do filme com o Tom Cruise – Nascido em 04 de Julho), pois é, o Brasil venceu por 1 a 0 pelas oitavas de finais, com gol de Bebeto, com passe preciso de Romário, e um agradecimento mais do que especial:- Eu te amo! Isso foi o que disse Bebeto, e com todas as letras, antes de abraçar Romário na comemoração do gol. Um bonito e importantíssimo gol, assim como o seu gesto de gratidão ao amigo.






Ainda nesse ano, eu jogava bola nos finais de semana, no Colégio Assunção. Às vezes, rolava uns treinos durante a semana, terça ou quinta, sempre à noite. Era um colégio particular, o Assunção, e bem próximo de minha casa. O campo que tinha nessa escola era um de onze. O tradicional campão, como nós a gurizada chamávamos. Porém, no seu meio, areia. Na lateral, grama.



Eu jogava de volante, lateral e zagueiro. Ao menos, eu tentava. Gostava demais era ser volante. O número 5. Como eu queria, recordo e muito, ser o primeiro homem do meio campo, o da meia cancha e tal. Às vezes, eu era ele. Pois no meio campo, você nunca fica sem jogar e sem tocar na bola, na verdade. E outra, no meio do campo, você não fica sem jogar por um único instante. Você, primeiramente, marca no meio campo. Normalmente, marca o melhor jogador do time adversário, o camisa 10. Depois, você sai para o jogo. E, nada melhor, do que sair pro jogo.



Por ventura, eu investia algumas subidas ao ataque. Chegando a frente, tu podes fazer um gol que outro. Isso eu tentava. Pouco, mas tentava. Eu sonhava com isso. Imaginava pegando em cheio na bola. Quero dizer, na veia. A bola vindo pelo ar em minha direção, na sobra de um rebote, em um dos nossos ataques. Eu, na meia lua da grande área, que nem um “a lá” Zinedine Zidane (jogador francês de quem sou muito fã e o melhor que eu vi jogar), na final da Champions League de 2002, quando pelo Real Madrid, fez um golaço digno da sua grandeza e categoria, contra o Bayer Leverkusen (na imagem abaixo). Ele, vestia a 5 do Real, projetou o seu corpo, de forma que só poucos craques sabem fazer, e assim como ele mesmo só poderia fazer, e de virada, num movimento acrobático, todo perfeito, emendou de esquerda, no ângulo do goleiro alemão Oliver Kahn, que sem chances, viu a bola morrer no fundo de suas redes. Um gênio, esse Zidane. Real Madrid era Campeão da Liga daquele ano. Eu, no lugar de Zidane, queria estar para fazer aquilo que ele fez. Mas aquilo, hoje, eu entendo e muito bem, é só para craques como ele foi e para mim, ainda é. Enquanto isso, eu fico no sonho, na minha imaginação, de um dia ter feito o que fez o meu ídolo do futebol. Portanto, como me aventurava pouco ao ataque, só me restou ficar na função defensiva, onde eu quebrava o maior “galho”.



Toda essa história que eu fiz, descrevi na verdade, ela aconteceu e que me deixou e deixa muitas saudades... Assim como foi a Copa do Mundo de 1994. Nessa Copa, o treinador da nossa Seleção Brasileira era Carlos Alberto Parreira. O técnico convocou os seguintes jogadores (junto dos nomes as numerações utilizadas):

1 Taffarel - 2 Jorginho - 3 Ricardo Rocha - 4 Ronaldão - 5 Mauro Silva - 6 Branco - 7 Bebeto - 8 Dunga - 9 Zinho - 10 Raí - 11 Romário - 12 Zetti - 13 Aldair - 14 Cafu - 15 Márcio Santos - 16 Leonardo - 17 Mazinho - 18 Paulo Sérgio - 19 Müller - 20 Ronaldo - 21 Viola - 22 Gilmar.


Por fim, essa competição de 1994, de fato, foi a minha primeira Copa do Mundo. E, que me lembro bem, desde que me conheço por gente. Ainda bem, pois eu estreei com o pé direito. Conquistando, contudo, o Tetracampeonato Mundial.


Valeu Brasil, meus parabéns, e ao Inter também, pelo seu Centenário!

Abraços, Daniel Miranda