sábado, 12 de dezembro de 2009

O ano Azul

Em 2009 o Grêmio teve mais a lamentar do que a celebrar, ao fim de mais um ciclo de 365 dias a torcida espera que o jejum de títulos tenha cessado e mira na Copa do Brasil, última grande taça erguida, o desafogo de todas as mágoas. O ano começou com uma boa base do time que foi vice-campeão brasileiro em 2008, Tcheco, Victor, Léo e Réver foram mantidos, além da aquisição do passe de Souza. Herrera, Máxi López, Túlio, Jadílson, Rafael Marques, Alex Mineiro e Ruy foram os reforços que chegaram com maior pompa. Destes seis apenas três terminaram o ano no Tricolor, os dois argentinos e Túlio, Jadílson foi dispensado, Alex Mineiro voltou a antiga casa do Atlético-PR e Ruy esteve na heróica escapada do Fluminense da segundona de 2010. O destaque foi Máxi que com certeza recuperou-se para o cenário futebolístico mundial. O avante portenho mostrou o bom desempenho que o levou do River Plate ao Barça e despertou a cobiça de clubes estrangeiros, sua permanência no Olímpico para 2010 não foi possível devido a sua esposa Wanda Nara, que mostro que na casa dos Lopez é ela quem manda. Mas vamos as competições. No formato novo do Gauchão o Imortal não se deu bem, sendo eliminado pelo Inter na final do primeiro turno e depois nas quartas de final do segundo. Na taça Libertadores as coisas iam bem. A primeira fase não teve maiores incidentes, exceto um empate sem gols na estréia em casa contra o Universidad de Chile. Aurora da Bolívia e Boyacá Chicó da Colômbia foram presas fáceis garantindo ao Tricolor a melhor campanha da primeira fase e o direito de decidir todos os confrontos em casa na fase mata-mata. Um adversário sem tradição se apresentou nas oitavas, San Martin do Peru, lá 3x1, aqui 2x0. Outra vez a sorte nos sorriu e nas quartas o desafiante era o pouco conhecido Caracas, da Venezuela. O que parecia fácil se complicou e com muito suor a equipe da azenha arrancou um empate em 1x1 fora, foi justamente esse gol que nos garantiria a passagem as semis, uma vez que no Monumental o placar não saiu do zero, tendo a muralha Victor defendido uma penalidade. Nas semis um bicampeão do outro lado, o Cruzeiro. No Mineirão lotado o Grêmio começava sua sina de perder fora de casa, 3x1. Máxi perdeu um gol tão feito que deu para ver a vaga na finalíssima escapando quando aquela bola saiu pela linha de fundo. Estava mais uma vez adiado o sonho do tricampeonato.
Veio o BR'09 e o Imortal queria ao menos uma vaga na LA'10, mas com o péssimo desempenho apresentado fora do Monumental o máximo que conseguiu foi a garantia de disputar a Taça Sulamericana. No Olímpico campanha de campeão, na casa dos adversários campanha de rebaixado, o contraste que feriu as intenções gremistas de viajar pelas Américas em 2010. O Tricolor que goleou o campeão Flamengo em seus domínios, superou apenas o Náutico fora daqui. Duas coisas boas aconteceriam para os da Azenha: o triunfo no Grenal do Centenário, 2x1 no Olímpico e o prazer de tirar da boca do Inter o saboroso título de campeão. Como o futebol é cheio de reviravoltas ao final do certame o Tricolor mudou a trajetória colorada na competição, vencendo Palmeiras e empatando com o São Paulo os azuis garantiram o maior rival na competição continental de 2010. A ajuda porém, terminaria aí, na última rodada uma vitória do Grêmio sobre o Flamengo no Maracanã daria o título aos vermelhos. O Tricolor jogou com um time de reservas e juniores e não foi capaz de suster a pressão dos rubros-negros que acabaram por erguer seu sexto caneco nacional. Em 2010 esperemos que da Azenha a Goethe o caminho possa ser marcado por títulos e vitórias que remetam os azuis ao passado de glórias.

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