sexta-feira, 26 de junho de 2009

Os sonhos de Luther King e do INTER

Na década de 1960, nos Estados Unidos, mais precisamente, em agosto de 1963, um discurso comoveu a todos os americanos como também todo o universo e entrou para a história. Era o discurso, que fora intitulado mais tarde de: I have a dream (Eu Tenho Um Sonho), do pastor protestante e ativista político estadunidense Martin Luther King Junior. Ele, Luther King, tornou-se um dos mais importantes líderes do ativismo pelos direitos civis - para negros e mulheres, principalmente - nos EUA e no mundo, através de uma campanha de não violência e de amor para com o próximo.








A manifestação de Luther King ocorreu em Washington, onde milhares de pessoas o acompanharam pelas ruas e, em frente ao Memorial Lincoln, pronunciou o seu famoso: I have a dream. Contudo, o discurso sobre os direitos civis, também, fora voltado a realização do censo para aprovação dos votos dos negros, o fim da segregação racial e a melhoria da educação e de moradia para os negros nos estados do sul. Houve, ainda, discussões com o presidente americano, daquela época, John F. Kennedy, que acabara se tornando quase que uma celebração das conquistas do movimento negro (e do governo), o que irritou muitos ativistas mais radicais e menos ingênuos.








Um dos trechos de Luther King, ele disse: “Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação”.








Ali, em Washington, estava um homem do bem, um homem do povo, de fato. Aclamado, senão por todos, quase todos. E, não e tão somente, é claro, aos homens negros, e sim, a todos os homens. Luther King tinha muito a dizer a eles, os americanos, e disse, confiram:








Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!










Sem dúvida, Luther King, era um homem do povo. Esse pronunciamento, o fez ser reconhecido para todo e sempre. Ele, em 1964, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, sendo assim, a pessoa mais jovem a recebê-lo. Naquele período, King já se preocupava com o mundo. E, depois de tantos anos, se nós olharmos lá trás, em suas palavras ditas, veremos que ele tinha realmente razão.








Em meio a tudo isso ocorrendo lá nos EUA, aqui no Brasil, nós acabávamos de ser no Futebol, Bicampeões Mundiais (1958 - 1962). Nós estávamos numa época importante a ser encarada por todos. Afinal, viria então a Ditadura Militar, que perduraria e que, na verdade, perdurou por 20 longos anos.








No entanto, no estado do Rio Grande do Sul, digo em Porto Alegre, a cidade vivia e como sempre viveu a rivalidade Gre-Nal. Sim, os times de Grêmio e Internacional se enfrentavam e tentavam conquistar a hegemonia estadual. Mas, hoje, os clubes e ambos Campeões do Mundo, almejam títulos e mais títulos. As duas torcidas são apaixonadas e rivais mais do que tudo, pois querem e apóiam seus times em cada jogo, como tem sido esse ano.








Vejamos o Grêmio: o Tricolor quer o Tri da América. Enquanto que o Inter busca o Bicampeonato da Copa do Brasil. O ideal são eles serem campeões do que almejam... Isso por quê? Por que nós – gaúchos - gostaríamos de ver a reação da imprensa do centro do país perante o estado gaúcho. Todos eles, jornalistas, se revoltariam contra nós. Isso, eu não acho, eu tenho certeza. É fato...








Porém, nesse momento, a final da Copa do Brasil está próxima, e é entre Inter e Corinthians. No primeiro jogo, disputado em São Paulo, a equipe do técnico Mano Menezes venceu os colorados por 2 a 0. Agora, resta ao Inter tentar reverter o placar jogando no seu estádio e com o apoio da sua torcida. O Grêmio enfrenta o Cruzeiro, um dos dois será finalista da Libertadores. Ao menos, nos interessa isso. Sim, um dos clubes brasileiro tentará novamente mais um título internacional. O Grêmio perdeu por 3 a 1, em Belo Horizonte e, agora, precisará vencer a qualquer custo.








Portanto, é assim que as coisas acontecem aqui no Estado, ainda mais, com as nossas duas equipes porto-alegrenses. Elas têm sonhos, e sonhos distintos, porém sonhos iguais que são de serem campeões.








Dessa forma que terá de acontecer com o Colorado. O Inter terá que ser, assim como foi a história emocionante no discurso de Martin Luther King Junior, I have a dream, em 1963. Só que agora, a torcida do Internacional se inspira e tenta manter, sim, contudo, esse sonho.








Enfim, o clube também vive intensamente e sonha com o título da Copa do Brasil no ano do seu centenário. Portanto, diante da equipe do Corinthians e jogando no seu estádio, que estará lotado, dessa forma, o colorado conquiste de vez o bicampeonato nacional. Afinal, isso é um sonho. E sonho, lembre leitores, que ele pode ser realizado... Boa sorte aos Colorados!!!







Abraços Daniel Miranda

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Mas que baita rodada!!

A 7ª rodada do certame nacional foi sem dúvida a mais emocionante até agora e, com certeza, será difícil de ser igualada. Os dez jogos disputados em território Tupiniquim demonstraram a supremacia do futebol canarinho. Para completar a seleção vibrante de Dunga meteu três na Itália. Vamos aos fatos! No sábado me postei em frente ao televisor para acompanhar o duelo entre Atlético-PR e Palmeiras. Meio desconfiado pensei: "Que pode me oferecer uma partida entre um recém eliminado da Libertadores e uma equipe na zona de rebaixamento?" Óh ingenuidade minha! Os paranaenses saíram na frente com mais um gol do zagueiro artilheiro Rafael Santos. O alviverde paulista estava abatido, a lembrança sombria do Uruguai lhe atormentava. Foi aí que ele, o jogador mais amuleto do Brasil, aprontou das suas. Obina aproveitou a falha do goleiro Vinícius e em uma roubada de bola marota, empurrou para as redes. O Atlético atuando diante de seu inflamado torcedor não admitia a derrota e, Marcinho batendo falta com maestria deu a vantagem novamente ao Furacão. Mas o Palmeiras não desistiu e com a força do time guerreiro que é, com a tarimba do mestre Felipão e da Libertadores de 1999, empatou aos 48 da segunda etapa. Keirrison colocou para dentro uma bola que relutou em beijar o barbante.
Enquanto acompanhava essa verdadeira guerra, as bolinhas iam subindo e os outros resultados iam se encaminhando. Em Salvador um jogo lindo. Vitória 3x1, Botafogo buscando o 3x3 e no fim, os baianos decretando seu triunfo. Uma virada acontecia em Santo André, onde o time homônimo reverteu o score contra o Sport. Mais três jogos trariam aflições para noite de sábado. No Olímpico o Grêmio quis, quase que como um teste para as semis da Libertadores, verificar a condição cardíaca de seus torcedores. Em um primeiro tempo que só o Goiás jogou, 1x1 foi um bom resultado. Na segunda etapa mal tinham acordado do sono que durmiram no vestiário, tomaram outro gol os jogadores azuis. Na realidade não foram todos que sestiaram, Herrera estava inquieto, revolto o argentino. Foi dele a catimba do segundo gol gremista, efetuado por Maxi Lopez, aos 47 do segundo período. Quer mais um embate resolvido no fim? Avaí 3x2 Flu. Fechando o dia sagrado, o Coritiba confirmou a boa fase e derrotou o Náutico nos Aflitos, 1x0.
Neste belo domingo a jornada iniciou com a seleção metendo 3x0 na Itália. Luís Fabigol insiste em contrariar os críticos e fazer a torcida não sentir falta nenhuma de Ronaldo. Mais tarde quatro jogos encerrariam a rodada eletrizante. Na Vila Belmiro a partida com mais polêmica. O árbitro Djalma Beltrami prometeu quatro minutos de acréscimo, acabou a partida quando apenas dois haviam se passado, após reclamações voltou atrás e recomeçou o embate. O placar de 3x2 para o Galo iria ser alterado, não fosse o juizão, aquele mesmo da Batalha dos Aflitos, anular um gol legítimo de Léo e, ainda expulsá-lo por reclamação. Coisas do futebol. No clássico paulista só deu Timão, que dessa vez nem precisou dos serviços de Ronaldo, demonstrados na quarta contra o Inter. O placar foi 3x1 e o São Paulo se afunda na crise. Falando em Internacional, o todo poderoso melhor elenco do Brasil parece ter perdido a sua tão aclamada força. Adriano imperou no Maraca e o Flamengo saiu de campo com uma bela goleada, 4x0. Bom para afastar a crise, agora só precisa cortar o telefone do Cuca. De BH vem o resultado que agrada os gremistas, em pleno Mineirão a supresa Grêmio Barueri venceu o Cruzeiro por 4x2. Um resultado que mostra a fragilidade da Raposa. Deve-se aproveitar o momento de Grêmios vencerem lá. O Galo é o líder e o Furacão o lanterna. Na próxima rodada o Inter recebe o Coxa e o Grêmio encara o Leão na Ilha. Antes disso temos semifinal de Libertadores para o time da Azenha e Recopa para o da Padre Cacique.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Os 50 Maiores Jogos das Copas do Mundo

Não quero descrever muito a respeito do livro Os 50 Maiores Jogos das Copas do Mundo, que acabo de ler do jornalista esportivo, se não o melhor dessa editoria, sim, é claro, o Esporte, Paulo Vinicius Coelho (o PVC, como é conhecido). Lê-lo, é, contudo, adquirir conhecimento através de PVC, que é um "monstro" em sabedoria. O livro traz muitas histórias do mundo da bola. Quer dizer, das Copas. E, acredito, sendo uma obrigação para quem quer se tornar um jornalista de atuação nessa área.
Pois, o PVC teve todo cuidado ao abordar o conteúdo de forma que a leitura se tornasse fácil e é, de fato, boa de se desfrutar. Em resumo, um deleite a quem gosta e aprecia uma boa leitura. Ainda mais, para quem gosta, é óbvio, de Esporte. Abaixo, segue, um pequeno relato do próprio PVC, como também de um site ao apresentar a sua obra:
"Contar jogos históricos de Copas do Mundo sem repetir o que já foi dito é uma missão quase impossível. Como recontar, por exemplo, a tragédia de Sarriá? A resposta surgiu durante a elaboração deste livro. Sarriá representa felicidade para os italianos que viram Azzurra surpreender o Brasil. Os argentinos saboreiam os 6 x 0 sobre o Peru em 1978... Cada povo tem seu jeito de enxergar os jogos históricos dos mundiais". (PVC)
Missão quase impossível? Não para o jornalista Paulo Vinicius Coelho, o PVC, considerado um dos maiores estudiosos do futebol mundial da atualidade. PVC escolheu 50 entre os 644 jogos já disputados em Copas do Mundo desde 1930. E fez isso de forma brilhante: elegeu aqueles que são quase uma unanimidade (para ele, o melhor jogo de todos os mundiais foi Itália 4 x Alemanha 3, semifinais da Copa de 1970), aqueles com valor histórico (a maior goleada; o jogo com maior número de gols; as partidas com confrontos políticos importantes) e mais alguns totalmente surpreendentes (e, ao ler a obra, logo se entende por que foram escolhidos). Como faz em seus comentários na ESPN-Brasil e no jornal Lance!, PVC ainda utilizou seus vastos conhecimentos táticos para recontar cada partida com fatos novos. Entrevistou jornalistas da Itália, da Argentina, da França e da Holanda, e pesquisou em fontes até então inéditas. Os 50 Maiores Jogos das Copas do Mundo é um marco na literatura esportiva brasileira. (SITE)
Abraços Daniel Miranda

terça-feira, 16 de junho de 2009

O futebol não acompanha a realidade


Há poucos dias atrás foram noticiadas com galardão no mundo inteiro as transferências de Kaká e Cristiano Ronaldo para o Real Madrid. Juntos, os dois craques custarão aos cofres merengues, quase 160 milhões de euros, eu disse 160 MILHÕES DE EUROS. Que os dois são ótimos jogadores todo mundo sabe, eu considero junto com o argentino Messi, o trio de melhores do mundo na atualidade. Todos têm conhecimento também de que são figuras extremamente rentáveis, marcas preciosíssimas para exploração de marketing. Contudo, creio eu ser um absurdo tão grande quanto a cifra desembolsada pelo senhor Florentino Pérez, presidente do Real, o fato de se pagar tanto dinheiro para duas pessoas jogarem bola. Por mais apaixonados que sejamos, temos de reconhecer que é muito dinheiro, dinheiro demais. O futebol é um esporte de massas, massas muitas vezes falidas, de aficionados que muitas vezes abdicam de outras necessidades para comprar um valioso ingresso e acompanhar o time de coração. Amor genuíno, uma vez que nem as condições mínimas de confortos muitos estádios oferecem, pelo menos no Brasil. Não é nem preciso recorrer á fome que assola o continente Africano para justificar a alienação de tranferências deste valor, basta andar por uma cidade grande no Brasil. Aposto que em menos de 20 minutos você acha uma vila e nela as condições sub-humanas em que muitos vivem.

Um resultado não tão bom quanto o futuro prevê


O empate sem gols entre Grêmio e Fluminense no Maracanã, neste domingo (14/06), representou bem a adaptação do Tricolor ao esquema 4-4-2. O time de Autuori buscou o campo ofensivo com mais assiduidade e melhor organização, mas seja por falta de pontaria ou sorte, deixou escapar dois pontos no maior estádio do mundo. Logo aos quatro minutos, após aguerrida jogada de Máxi, Tcheco colocou a bola na trave, no que poderia ter sido o primeiro tento azul. A partir daí a equipe da Azenha foi mais incisiva e em boas tramas de avanço oportunizou duas vezes Alex Mineiro, que não concluiu com êxito. Faltou ao Grêmio a maturação do novo esquema, que virá com o tempo. A defesa, embora perdendo um zagueiro, continuou sólida. Na direita Thiego fez uma partida de muita qualidade defensiva, a sua falta de apoio é compreensível devido a posição de origem do atleta, a zaga. Fábio Santos mais uma vez me desagradou. O lateral-esquerdo gremista têm boa disposição tática e valentia na marcação, mas fica devendo na qualidade técnica, no complemento final. Me deixa intrigado o fato de a direção Tricolor não se preocupar em contratar um outro jogador do setor, que possui Jadílson, muito agudo, e Hélder, um júnior com salário de profissional. A meia-cancha de Autuori me pareceu o bloco mais sólido e preparado para a nova formação do time. Túlio resguarda mais a defesa, ao passo que Adílson auxilia na saída de bola e assessora os meias. Meias que tiveram atuações distintas, Tcheco foi bem e se movimentou bastante, já Souza pareceu pouco inspirado. O fato lamentável foi a expulsão do garoto Douglas Costa, que quando enfim ganha um tempo aceitável para atuar, acaba indo mais cedo para o chuveiro. O Grêmio volta todos os seus pensamentos para a partida decisiva contra o Caracas, na quarta-feira (17/06). O resultado é favorável, empate sem gols ou vitória por qualquer placar classificam o Tricolor, mas não se pode relaxar, afinal já vimos muitas zebras soltas na América. Réver volta e Rafael Marques deve ir para o banco. Mais um teste, desta vez de fogo, para o 4-4-2 de Autuori.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O Tetris, o Xadrez e Tênis, o Boxe e os Esquemas Táticos

Antes de escrever este post, eu gostaria de saber da galera ou deixar, ao menos, uma pergunta a vocês: Quem, por acaso, nunca jogou ou ouviu falar do jogo Tetris? Acredito e muito, que muitos daqui não só ouviram, como também, já jogaram este jogo. E, digo mais, não jogaram apenas na fase infantil e na adolescência, mas, contudo, na fase adulta, principalmente. Sim, pois o Tetris é um jogo de estratégia e para se exercitar a mente, assim como é ler e escrever. Partindo desse pressuposto, é claro, e de seus níveis de dificuldades, que o mesmo Tetris propõe, a quem estiver jogando-o.



Recentemente (primeira semana de junho), o Tetris completou 25 anos. O seu criador é um pesquisador russo, de inteligência artificial Alexey Pajitnov. Era meado de junho de 1984, quando Pajitnov inventou a primeira versão desse jogo, que mais tarde, se transformaria num dos jogos eletrônicos mais populares de todos os tempos.



Porém poucos sabem que a idéia do Tetris, de fato, surgiu durante a Guerra Fria – designação a qual é atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991) – onde foram feitos diversos testes em computadores russos. E, assim, dessa forma, sem os seus criadores saber ao certo, que ali, em meio a guerra, estava nascendo um game predestinado ao sucesso como aconteceu na verdade.



O Tetris, não é nenhum pouco violento como outros tantos games e famosos são, e o que é pior, sendo de conhecimento de todos nós e ainda jogamos. Na certa, o Tetris é, e me atrevo a dizer nesse espaço, assim como é o escritor gaúcho e colorado Luis Fernando Veríssimo, que quando escreve, escreve brilhantemente, como escreveu certo texto intitulado A era dos centauros. Brilhantes, eles: Tetris e Veríssimo.





No texto citado, Veríssimo aborda o xadrez e o tênis como dois jogos violentíssimos. E ainda, revela que o boxe não é violento, e sim, civilizado. Mas alguém ao ler isso que escrevo, vai perguntar: Como é possível isso? A explicação dele, o Veríssimo, é plausível e é a seguinte:

“No xadrez, você quer de todas as formas aniquilar o seu adversário. Então, parte do tempo em que parece estar pensando no seu próximo lance o jogador de xadrez se dedica a imaginar o que faria com o adversário e sua família se não precisasse se controlar. No tênis, pouca gente sabe que na sua forma original, o tênis consistia em dois jogadores se dando raquetaços até um morrer ou pedir água. Só muito depois os ingleses inventaram a bola e a rede para manter os jogadores separados, mas o instinto assassino de parte a parte continua o mesmo”.


Agora, Veríssimo chega ao boxe. Outra definição e totalmente diferente dos outros dois esportes citados. Vejamos:

“Um esporte civilizado é o boxe. Não há notícia de jogadores de xadrez ou de tênis se abraçando efusivamente depois de uma partida como acontece com lutadores de boxe, que continuam amigos depois da luta, mesmo porque passaram a maior parte do tempo abraçados”.



É realmente e brilhante esse escritor. Somente ele para ter essa percepção como poucos gênios. Só mesmo um Veríssimo para dar essa conotação ao boxe.




A partir disso, que eu transfiro tudo que foi escrito, até o momento, para o Futebol. Sim. Na verdade, para os Esquemas Táticos que são estabelecidos nesse Esporte. São tantos esquemas que se utilizam e se criam a todo instante, que chega uma hora e vira preocupação. Pois dentro de um time, como o Grêmio, por exemplo, por vezes, chega a confundir as cabeças dos jornalistas e de seus torcedores. Quando, não confundem, as de seus atletas, o que é bastante grave nessa altura do ano.







O técnico Paulo Autuori chegou ao Tricolor como solução. Bem verdade, que há pouco tempo. Mas não dá sinais de que definirá tão logo assim um esquema tático para a sua equipe. Celso Roth foi praticamente expulso do Olímpico. O Marcelo Rospide assumiu de forma interina, parecia manter o esquema de Roth. Mas, o mais agravante dessa situação de esquema tático, é que os jogadores são os mesmos, apesar da mudança de treinador. O que resta ao torcedor gremista é esperar para ver o que acontece, como que o clube se adaptará, enquanto é tempo, antes que seja tarde demais. Defina logo um esquema Grêmio, só isso que os torcedores pedem. Alguns deles: 3-5-2, 3-6-1 e 4-4-2. É só escolher um desses.




Diferente é o caso do Internacional, do treinador Tite, que está no time colorado há quase um ano. Um grupo de jogadores qualificados e, o principal, com esquema tático definido, o 4-4-2. Com esse esquema, eles estão mais do que adaptados, pois qualquer atleta do grupo vermelho que entra, vai bem, isso é fato. Os torcedores gostam e prestigiam o seu time a cada partida. Por que isso? Porque é fácil saber a resposta. Eles sabem a escalação e as alternativas variáveis que o time possui.



Por fim, em suma, cabe dizer que o Tetris, como um jogo estratégico, é, contudo assim como o Futebol e todos os seus Esquemas Táticos existentes. Enfim, aquele que for bem treinado e, principalmente, compreendido pelos atletas, podem ter certeza, que terão todo o sucesso no desenrolar das competições, ao menos. Havendo, ainda, a possibilidade também de sucesso no decorrer de todo ano. Boa sorte a dupla Gre-Nal!


Abraços, Daniel Miranda.

Polêmica vende jornal

"Todo gremista têm mania de perseguição. Todo gremista acha que está sendo roubado por todos os juízes, todo gremista pensa que a tabela o prejudica". Existe gremista que têm medo de externar as constatações verídicas de oposição ferrenha ao Tricolor, justamente pelo fato de ter que ouvir tais afirmações. Esse medo dever ser combatido, superado, deixado para trás. Que chamem o gremista de louco. Louco será até que parem de inventar uma polêmica por semana os senhores "enrustidos" da imprensa. Louco será o gremista até que o comentarista de arbitragem não enxergue apenas os lances de violência da Azenha. Louco será até que não se tenha um clube como parceiro e se defenda apenas os seus interesses e exalte apenas as suas qualidades. Souza pode até ir embora, e quem sabe ter concedido mesmo a tal entrevista (não creio), mas eu duvido que se fosse o Bolívar dizendo que ainda gostaria de mostrar bom futebol no Mônaco, a notícia ganharia tamanha proporção. "Iremos contra tudo e contra todos, pois querem matar o Imortal!!" Ah me desculpem. É só mais um louco gritando na Carlos Barbosa.

domingo, 7 de junho de 2009

O Roger Federer e o Internacional

O tenista suíço Roger Federer, de 28 anos, é um fenômeno. Isso que Federer é. Um fenômeno nas quadras de tênis. Neste domingo, em Paris, o suíço conquistou o único título e, na verdade, que estava faltando em sua sala de troféus, que é vasta, e também da sua brilhante carreira, pois levou o Grand Slam de Roland Garros.
Na final, Federer enfrentou o sueco Robin Soderling, vencendo por 3 sets a 0, com parciais de 6-1, 7-6 (7-1) e 6-4 em uma hora e 55 minutos. E, jogando muito e, contudo, sem dar chances ao seu adversário. Jogou com a maior autonomia. Autonomia, essa, de forma impecável, e só daqueles que sabem, assim, é claro, como ele.
Nas últimas três edições do Roland Garros, o suíço acabou sendo derrotado por aquele, que, quem sabe, seja o seu maior rival na atualidade, o espanhol Rafael Nadal. Então, era certo, que na cabeça de Federer, essa quarta final seguida no torneio, poderia sim, atormentá-lo de alguma forma. Pressioná-lo, sem duvida. Pois favorito ao Grand Slam, ele sempre foi e continuará sendo.
Federer foi aplaudido de pé pelo público presente, que reverenciou aquele que talvez seja o melhor tenista da história, que esteve sempre à frente no placar da decisão diante do sueco Soderling. No fim da partida, o suíço se emocionou e foi ovacionado pelo público na quadra Phillipe Chatrier.
Já na coletiva de imprensa, os jornalistas aguardavam por Federer que, quando adentrou a sala, foi aplaudido. Aplausos para aquele que, sem duvida, já está na história e entre os melhores tenistas de todos os tempos. Nem poderia ser diferente, pois o tenista, hoje, se encontra na segunda colocação no ranking mundial e conquistou 14 títulos no Grand Slam, igualando-se a Pete Sampras (para mim o melhor de todos), e entrando para o seleto grupo de seis jogadores que venceram os quatro dos Grandes Torneios – Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Aberto dos Unidos, que são: Roger Federer, os norte-americanos Andre Agassi e Donald Budge, os australianos Rod laver e Roy Emerson e o britânico Fred Perry.
E o INTER... Onde que entra o Inter no post, nessa história toda de tênis? Pois alguém fará essa pergunta. O que é natural. Então, no título, aparece o Inter, ao lado do nome de Federer. Aí que está e essa é a questão. O ano de 2009, contudo, é dos colorados, que estão comemorando o Centenário. Sim, são 100 anos de histórias e de conquistas importantes.
Quem, por acaso, não lembra do final do ano passado? Eu os relembro: vocês verão que o Inter venceu a Copa Sul Americana, título esse, que nenhum outro time brasileiro tem ou tinha até então. E, que, sempre foi desvalorizada por muitos clubes brasileiros, lembram?
Assim que o Inter conquistou esse caneco, as imagens rodaram o mundo. Rodaram devido a alta tecnologia, que é rápida. Os vídeos estavam soltos pela Internet. Pois em seguida, os vídeos também estampavam tudo que é site de informativo, é claro, esportivo.
Com isso, elas - as imagens – chegaram até Federer, que perdeu o sono. E, que ouso até escrever e tenho certeza, que Federer ficou impressionado com o que vira na tela do computador. Estarrecido, é claro, ele ficou. O suíço apreciou ao olhá-las e gostou muito do que viu. Viu que o Inter ganhou em meio a uma prorrogação, nunca desistindo de jogar e ganhar a Copa. Os vermelhos acreditavam até o fim. Afinal, era o único time que valorizou essa competição, por isso, tinha que vencer e venceu.
Por tudo isso que aconteceu, que o Roger Federer, hoje, é que nem o Internacional, os dois são campeões! É, de fato, de verdade, esses dois, Inter e Federer, uns legítimos Campeões de Tudo!!!
Obrigado, a Federer e o meu Internacional... Grandíssimos Campeões de Tudo!

Abraços, Daniel Miranda.

terça-feira, 2 de junho de 2009

BRASIL: 15 anos do Tetracampeonato Mundial


O ano de 2009 é um ano importante para a história geral do Futebol. Na verdade, o futebol em si, além de ser uma paixão de quase todas as pessoas no mundo, aqui no Brasil, especificamente, ele traz na sua trajetória diversas conquistas. Só os brasileiros têm cinco títulos mundiais (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002). Mas, sobretudo, nesse 2009, nós comemoramos 15 anos do tetracampeonato mundial, e de forma invicta, na XV Copa do Mundo da história, essa por sua vez, disputada nos Estados Unidos em 1994.

É, contudo, especial também ao estado do Rio Grande do Sul (RS), ou a sua metade, vermelha e branca, por causa do centenário do Sport Club Internacional. E, outro fator importante, é o capitão do Tetra e hoje, atual treinador da Seleção Brasileira, Dunga, e mais o goleiro Taffarel, ambos terem sido criados na categoria de base do clube do povo e por serem figuras não menos importantes do que outros jogadores nesse título. Mas esses atletas, assim como o Inter, são apenas detalhes relevantes deste texto. Aqui, no post, o que prevalecerá é a conquista brasileira nos EUA e, a partir das minhas lembranças, que começam agora, neste instante.


Eu, na época da Copa do Mundo, tinha apenas 12 anos de idade. Lembro-me bem, até parece que foi ontem. Um jovem menino que estudava e jogava bola. Um adolescente, um guri. É isso que eu era, definitivamente. Um guri com os brilhos nos olhos. Olhos esses, que enxergavam na bola, podendo ela ser rolada pelas ruas, quadra esportiva, campos e em qualquer lugar, a possibilidade de um futuro promissor, assim como foi na vida daqueles craques (como Bebeto, Romário, Raí e entre outros), que pude vê-los e com o maior prazer, através da TV, ganhando um título para o nosso país.




Na Seleção de 1994, eu admirava a garra do capitão Dunga. Além, é claro, de seus desarmes e passes de média e longa distância. Naquela altura, caso eu fosse um jogador de futebol, já tinha definido que seria um volante. Sim, eu seria, contudo, um outro Dunga possivelmente. A partir disso, eu comecei a treinar e usar as duas pernas para chutar e lançar quando jogava uma bolinha com os amigos. Fui, aos poucos, me aperfeiçoando. O que valeu a pena.


A nossa dupla de atacantes era Bebeto e Romário. Que dupla essa, nem se fala, a sincronia mais do que perfeita, apesar de ambos não serem altos. O Romário que diga. O baixinho do time. Eu ali, sentado em frente à TV, enquanto torcia loucamente pelo Brasil, comecei a entender e ver que o futebol não precisava você ser: alto, médio ou baixo, que seja nessa ordem, o importante era você saber jogá-lo. E jogar como eles – Bebeto e Romário - jogaram nessa Copa, de fato, é para poucos.










No jogo contra os EUA, ficou comprovado isso. Ainda mais jogando na casa dos americanos, e no dia 04 de Julho, Dia da Independência Americana (lembram do filme com o Tom Cruise – Nascido em 04 de Julho), pois é, o Brasil venceu por 1 a 0 pelas oitavas de finais, com gol de Bebeto, com passe preciso de Romário, e um agradecimento mais do que especial:- Eu te amo! Isso foi o que disse Bebeto, e com todas as letras, antes de abraçar Romário na comemoração do gol. Um bonito e importantíssimo gol, assim como o seu gesto de gratidão ao amigo.






Ainda nesse ano, eu jogava bola nos finais de semana, no Colégio Assunção. Às vezes, rolava uns treinos durante a semana, terça ou quinta, sempre à noite. Era um colégio particular, o Assunção, e bem próximo de minha casa. O campo que tinha nessa escola era um de onze. O tradicional campão, como nós a gurizada chamávamos. Porém, no seu meio, areia. Na lateral, grama.



Eu jogava de volante, lateral e zagueiro. Ao menos, eu tentava. Gostava demais era ser volante. O número 5. Como eu queria, recordo e muito, ser o primeiro homem do meio campo, o da meia cancha e tal. Às vezes, eu era ele. Pois no meio campo, você nunca fica sem jogar e sem tocar na bola, na verdade. E outra, no meio do campo, você não fica sem jogar por um único instante. Você, primeiramente, marca no meio campo. Normalmente, marca o melhor jogador do time adversário, o camisa 10. Depois, você sai para o jogo. E, nada melhor, do que sair pro jogo.



Por ventura, eu investia algumas subidas ao ataque. Chegando a frente, tu podes fazer um gol que outro. Isso eu tentava. Pouco, mas tentava. Eu sonhava com isso. Imaginava pegando em cheio na bola. Quero dizer, na veia. A bola vindo pelo ar em minha direção, na sobra de um rebote, em um dos nossos ataques. Eu, na meia lua da grande área, que nem um “a lá” Zinedine Zidane (jogador francês de quem sou muito fã e o melhor que eu vi jogar), na final da Champions League de 2002, quando pelo Real Madrid, fez um golaço digno da sua grandeza e categoria, contra o Bayer Leverkusen (na imagem abaixo). Ele, vestia a 5 do Real, projetou o seu corpo, de forma que só poucos craques sabem fazer, e assim como ele mesmo só poderia fazer, e de virada, num movimento acrobático, todo perfeito, emendou de esquerda, no ângulo do goleiro alemão Oliver Kahn, que sem chances, viu a bola morrer no fundo de suas redes. Um gênio, esse Zidane. Real Madrid era Campeão da Liga daquele ano. Eu, no lugar de Zidane, queria estar para fazer aquilo que ele fez. Mas aquilo, hoje, eu entendo e muito bem, é só para craques como ele foi e para mim, ainda é. Enquanto isso, eu fico no sonho, na minha imaginação, de um dia ter feito o que fez o meu ídolo do futebol. Portanto, como me aventurava pouco ao ataque, só me restou ficar na função defensiva, onde eu quebrava o maior “galho”.



Toda essa história que eu fiz, descrevi na verdade, ela aconteceu e que me deixou e deixa muitas saudades... Assim como foi a Copa do Mundo de 1994. Nessa Copa, o treinador da nossa Seleção Brasileira era Carlos Alberto Parreira. O técnico convocou os seguintes jogadores (junto dos nomes as numerações utilizadas):

1 Taffarel - 2 Jorginho - 3 Ricardo Rocha - 4 Ronaldão - 5 Mauro Silva - 6 Branco - 7 Bebeto - 8 Dunga - 9 Zinho - 10 Raí - 11 Romário - 12 Zetti - 13 Aldair - 14 Cafu - 15 Márcio Santos - 16 Leonardo - 17 Mazinho - 18 Paulo Sérgio - 19 Müller - 20 Ronaldo - 21 Viola - 22 Gilmar.


Por fim, essa competição de 1994, de fato, foi a minha primeira Copa do Mundo. E, que me lembro bem, desde que me conheço por gente. Ainda bem, pois eu estreei com o pé direito. Conquistando, contudo, o Tetracampeonato Mundial.


Valeu Brasil, meus parabéns, e ao Inter também, pelo seu Centenário!

Abraços, Daniel Miranda