terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ninguém quer ganhar, o São Paulo ganha



Já se vão 36 rodadas do BR'10 e o título segue indefinido. Uma disputa ferrenha, jamais vista na era dos pontos corridos. Mas será mesmo que o campeonato está tão emocionante pela vontade de levantar o caneco de diversas equipes ou pela junção de insucessos das mesmas? Me lembro do Grêmio no ano passado, um começo avassalador, patrolando quem viesse pela frente. A melhor campanha em um primeiro turno deste tipo de certame, fechou a primeira rodada do returno a 11 pontos de diferença do São Paulo, vencendo justamente os paulistas. O freio de mão foi puxado. E o tricolor do Morumbi foi comendo pelas beiradas e muito mais pela incompetência de Grêmio e Palmeiras, que também esteve no páreo, acabou sagrando-se hexacampeão brasileiro. E esse ano? O Internacional entrou na briga de cara, nunca saindo do G-4, mesmo quando jogava com o time misto em função da Copa do Brasil. Tite perdeu o encanto e a turma de D'Ale foi escorregando pela tabela. Quis o destino dar outra chance a turma da Padre Cacique de chegar ao tetra. Será o Inter capaz de domar este potro chucro chamado Brasileirão? O Palmeiras me parece ser o Grêmio deste ano. Foram 19 rodadas de liderança, com duas ou mais chances de abrir 8 pontos para o 2º colocado, ocupa a 4ª posição com risco de nem Libertadores conseguir. O Flamengo ajeitou a casa, contratou bem, deu sorte e encaixou um belo esquema. Mas na hora em que o Maracanã devia fazer a diferença, não fez... A equipe de Andrade me parece porém, o caso mais leve, mesmo que não seja campeão a arrancada e consequente vaga na LA'10 estarão de bom tamanho. Mas é claro, que quem cheira o bolo quer provar um pedaço. Já o São Paulo esteve lá o tempo todo, sem ser notado, acumulando pontos e jogando um futebol "só prá não perder", faltam duas rodadas para o fim do torneio e mesmo perdendo do Botafogo se mantém líder. Seria a sorte inexplicável de um campeão ou a incrível falta de efetividade dos rivais?

II

Negócio encaminhado. Máxi, El Tanque, López, deve permanecer por no mínimo mais uma temporada no Grêmio. O argentino de 24 anos foi a melhor contratação do ano e tem o apoio incondicional da torcida por sua identificação com o clube. Tcheco anunciou a saída e Leandro, ex-São Paulo pode surgir. Parece que enfim a direção Tricolor vai tomando vergonha na cara e montando um grupo para conquistar títulos.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Tcheco se vai...


Quando estiver na boca do túnel, na próxima rodada do brasileiro em jogo contra o Barueri no Olímpico, ouvindo a torcida ansiosa gritar pelo Tricolor Tcheco, 4 anos de Grêmio, não terá como escapar das lágrimas. Logo de cara vou dizendo que nunca fui um de seus maiores fãs, mas não há como negar a identificação que o meia criou com a equipe da Azenha. Ele chegou em um momento em que o Imortal estava reajeitando a casa, após uma dramática e heróica série B. Vestiu o manto e logo foi mostrando bom futebol com gols e assistências importantes. Em 2006 a vaga na Libertadores e a possibilidade de título surpreenderam o Brasil, mas não o Grêmio de Tcheco, capaz de tantos feitos impossíveis. Em 2007 uma Libertadores memorável, que não fosse a final decepcionante perdida para o Boca, tinha tudo para ser um dos maiores títulos da história Azul. Em 2008 ele se foi pela primeira vez, mas voltou, como um marido que deixa a casa para viver com uma amante muito rica, mas que logo percebe que o amor não tem preço. No retorno do atleta, quase um título nacional, que se perdeu entre os dedos nas rodadas derradeiras. Em 2009 a Libertadores parecia outra vez a chance do capitão Tcheco enfim erguer um troféu digno de sua trajetória e digno de Grêmio, mas outra vez o fracasso ocorreu. O ano termina e nem para "La Copa iremos", quem irá é Tcheco, irá embora. Não que o amor tenha acabado e ele queira voltar a viver com uma rica amante, mas acabou o encanto, a esperança de uma grande taça ser alçada aos céus pelas mãos de Tcheco. Um triste fim para um história de dedicação. Claro, quem nunca gritou "Vai Tcheco! Parece uma véia!!", "corre o desg..., ganha tanto pra quê?", porém quem nunca ouviu "que bola hein Tcheco!", "bate na bola como ninguém!!". Seja feliz aonde fores Tcheco! Finalizo com uma rima que sintetiza a passagem de Anderson Simas Luciano pelo Imortal... amado ou odiado, serás sempre lembrado!!