sexta-feira, 24 de julho de 2009

FORMATURA É TÃO DIFÍCIL? por Dudu Purper


DEPOIS DE QUATRO ANOS E ALGUMAS BATALHAS COMO PRIMEIRA TURMA DE JORNALISMO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO IPA, CHEGOU A HORA DE CURTIR OS LOUROS DA FORMATURA. MAS SERÁ QUE SÃO TANTAS AS GLÓRIAS ASSIM?








SE O LEITOR ESTIVESSE NA MINHA PELE, CERTAMENTE ACHARIA QUE NÃO HÁ TODO ESTE GLAMOUR, PORQUE ANTES DO GRANDE DIA, NÓS, OS 10 FORMANDOS, AINDA TEREMOS QUE ARRANCAR OS POUCOS CABELOS QUE NOS RESTAM.


ESTAMOS EM VIAS DE ENTREGAR NOSSO PROJETO DE CONCLUSÃO DE CURSO, ATÉ AÍ NADA TÃO ASSUSTADOR. O QUE É REALMENTE ALARMANTE É UMA PALAVRINHA CHAMADA BANCA. É NELA QUE TODO ESTE NOSSO ESFORÇO SERÁ RECOMPENSADO.
INICIEI FALANDO DESTE PROJETO PORQUE, COMO RELATADO ACIMA, ESTA É A MATÉRIA MAIS IMPORTANTE. MAS NÃO PODEMOS NOS ESQUECER DAS OUTRAS, QUE TAMBÉM REPROVAM, NÃO É, FORMANDOS?
CADA UM DE NÓS TEM DIFERENTES EXPECTATIVAS E OBJETIVOS PARA DEPOIS DESTE DIA.

ALGUNS ESTÃO DE SACO CHEIO DA FACULDADE, QUERENDO QUE ESTE SUPLÍCIO ACABE DE UMA VEZ. OUTROS, COMO EU, ESTÃO ANSIOSOS PARA TERMINAR LOGO ESTE CALVÁRIO, MAS SABEM QUE VÃO SENTIR SAUDADES.
ESTA ÉPOCA TAMBÉM É DE NOSTALGIA, POIS NAS NOSSAS RODAS DE INTERVALO, NÓS FICAMOS PROCURANDO QUAL FOI A NOSSA PRIMEIRA SALA DE AULA.
ALÉM DISSO, FICAMOS RELEMBRANDO PESSOAS QUE FICARAM PELO MEIO DO CAMINHO E NÃO ESTÃO DESFRUTANDO DESTE INCRÍVEL MOMENTO, MAS NEM POR ISSO DEIXAM DE ESTAR EM NOSSOS CORAÇÕES.

UM DOS EPISÓDIOS MARCANTES DA PRÉ-FORMATURA FOI A PROVA DE TOGA, O LEITOR NEM TEM IDÉIA DO QUE OS FORMANDOS APRONTARAM COMIGO.
LEMBREI DOS MEUS TEMPOS DE GURI, PORQUE ENTRE UMA PROVA E OUTRA, OS GURIS RESOLVERAM BATER UMA BOLINHA VESTINDO AQUELE UNIFORME “POUCO PESADO”.
ELES ESQUECERAM QUE EU NÃO CAMINHO E TAMBÉM ME FIZERAM ESQUECER DESTE DETALHE. POR ALGUNS INSTANTES EU ME SENTI O RONALDO NAZÁRIO. EU MARQUEI ALGUNS GOLS, MESMO QUE FOSSE TUDO ARQUITETADO. ALÉM DISSO, ME FIZERAM DEFENDER UM PÊNALTI E DEPOIS PULARAM EM CIMA DA MINHA CADEIRA COMO SE FOSSE UMA FINAL DE CAMPEONATO. POR ALGUNS MOMENTOS EU TEMI ME ESBORRACHAR NO CHÃO. PARA MINHA SORTE, AS GATAS DA TURMA NÃO ESTAVAM VENDO ESTA CENA GROTESCA, PROVAVAM AS TOGAS DELAS EM OUTRA SALA, PARA SORTE DELAS.

OUTRO ASPECTO QUE CARACTERIZA A NOSSA TURMA SÃO AS FRASES DE FINAL DE AULA. SÃO AQUELAS PROFERIDAS POR VOLTA DAS DEZ HORAS DA NOITE, QUANDO NINGUÉM ESPERA, GERALMENTE NO MEIO DE UMA MATÉRIA CHATA.

TEMOS UM COLEGA, QUE É O REI DE PROTAGONIZAR ESTES MOMENTOS HILÁRIOS. AÍ VAI UM EXEMPLO DE UMA FRASE DITA POR ELE: “O AMOR É UM NEGÓCIO”. ESTA FRASE FOI PROFERIDA EM UMA SEXTA-FEIRA NA AULA DE GESTÃO DA COMUNICAÇÃO, QUANDO O PROFESSOR ESTAVA COMPARANDO A GESTÃO DA COMUNICAÇÃO AO RELACIONAMENTO AMOROSO E, CONSEQUENTEMENTE, MEXEU COM A DOR DE COTOVELO DO TAL COLEGA, QUE JÁ DURAVA TODO O SEMESTRE.

ALÉM DESTAS FRASES ENGRAÇADAS, ELE AINDA FAZ ALGUMAS IMITAÇÕES DE PROFESSORES QUE NOS MARCARAM. AS DUAS MAIS HILÁRIAS SÃO AS DO PRIMEIRO REITOR DO CURSO, PROFESSOR JAIDER BATISTA, E DO PRIMEIRO COORDENADOR, SANDER NEVES, AMBOS MINEIROS. O PIOR, LEITOR, É QUE ELE NÃO SE CONSTRANGE COM NADA DISSO E FAZ A NOSSA ALEGRIA, NÃO É, DANI?
ESTA TURMA É ÚNICA, TEM O DANI, O ALEX, O FERNANDO, OS GURIS DO BOLA MURCHA (ULTIMAMENTE, BOLA BEM MURCHINHA...), A PAULA, A JU, A SARA (QUE FICOU PELO CAMINHO), O THIAGO (QUE TAMBÉM FICOU PELO CAMINHO) E O DANIEL FLAMENGUISTA.

COM ALGUNS EU NEM TIVE UMA AMIZADE TÃO CHEGADA, MAS TODOS MARCARAM COM CERTEZA A MINHA CAMINHADA NA FACULDADE E PELO SIMPLES FATO DE SE FORMAREM COMIGO, DE ALGUMA MANEIRA ESTARÃO SEMPRE NO MEU CORAÇÃO. PORTANTO ESTA TURMA VAI DEIXAR SAUDADES.

QUANDO EU CHEGUEI NO CURSO DE JORNALISMO, CHEIO DE EXPECTATIVAS, FOI ESTA TURMA QUE ME RECEBEU E OPORTUNIZOU A BUSCA DO MEU ESPAÇO DENTRO DA FACULDADE E DENTRO DA PRÓPRIA GALERA.

VALEU GURIZADA, VOCÊS ESTÃO DEIXANDO SAUDADES, DÁ-LHE PIONEIROS! BEIJOS NAS GURIAS E ABRAÇOS NOS MANOS!

domingo, 5 de julho de 2009

O poder de ler, escrever e jogar bola

Certa vez, um casal de amigos, Harrison e Sam, tinham um desejo enorme de serem notados. Porém, notados de uma forma e maneira bem simples, sim, através de seus textos. Por isso, eles viviam escrevendo tudo que se possa imaginar. Se um dos dois pensasse em algo, seja o que fosse, já era um bom motivo para que os amigos anotassem a(s) ideia(s) que surgissem e, para que assim e com mais calma, continuasse a descrevê-las mais tarde. E, é claro, com todo dissabor que costumam ter quando escrevem os seus textos.



Contudo, ambos eram pessoas cultas e preocupadas, ao mesmo tempo, com as outras pessoas. Até mesmo com as que lhe cercam. Decerto, os seus próprios amigos. Porque a preocupação deles? É que elas, as pessoas e também os seus amigos, lêem pouco. E, porque não dizer, muito pouco! Isso, de certa forma, os incomodavam bastante.







Mas quanto ao fato de Harrison e Sam, se tornarem figuras, quem sabe ilustre, eles tinham que, afinal, querer deixar de ser apenas anônimos. Viver apenas no mundo do anônimato. Para isso, os amigos não faziam qualquer “loucura” para querer de fato aparecer logo e de cara como muitos fazem por aí. Eles tinham, no entanto, os pés no chão e suas cabeças centradas num único objetivo: escrever um livro.








Então, esses amigos eram diferentes. Por esse motivo, eles diferentemente, de como acontece e muito, hoje em dia, com as pessoas que se dizem celebridades e acabam estampando uma ou várias capas de revistas. Ou como também estampando sites com quaisquer tipos de notícias, até mesmo, em colunas de fofocas. Mas os amigos, eles sim, fariam por merecer um reconhecimento através do próprio trabalho. Ambos adoram Literatura. Eram os melhores em suas classes. Principalmente, no desrespeito as nossas, as brasileiras, apesar deles possuírem nomes estrangeiros, os personagens daqui, por vezes, folclores, regionalistas e talicoisa atraíam muito suas atenções.









A saída deles foi encontrar em sites, na verdade, no site de busca Google, onde tivessem ocorrendo concursos de crônicas, para participarem e ter os seus textos lidos por outras pessoas. Por fim, os amigos acabaram encontrando. Tratara-se do site de um músico brasileiro, Leoni. Lá, nesse site, eles tiveram de escrever um texto, cujo tema não havia, era livre esse tema, e que mais tarde, seria votado pelos próprios fãs cadastrados nesse portal. O vencedor do concurso comandaria o intitulado Diário de Bordo, do próprio músico pelas próximas quatro segundas-feiras daquele mês de fevereiro, enquanto o artista tivera de férias nesse tempo.








Pela vontade dos amigos de ler e escrever, e a forma incansável de persistirem mesmo nesse objetivo, Harrison e Sam, dividiram o espaço virtual do músico. Para cada um deles, lhe fora reservado duas segundas feiras e intercaladas. Os amigos, é óbvio, comemoraram e ficaram felizes também de ver comentários a respeito do que escreveram aos fãs do site.








Em tempo:


Dá pra se dizer que toda a história, relatada acima, dos amigos Harrison e Sam, sim, pode servir de estímulo e força para a dupla GreNal a partir de agora pro desenrolar do Brasileirão. Ainda mais, após essa primeira semana do mês de julho, onde os times perderam as suas principais competições e, de forma semelhantes, perantes suas torcidas, que vale inaltecer, lotaram os estádios e apoiaram a todo instante. Por isso é tempo de uma nova virada. E tem que ser logo, de preferência, começar neste fim de semana, onde Grêmio recebe no Olímpico o Atlético/PR, enquanto o Inter, visita o Naútico em Recife. Boa sorte aos gaúchos!!!








Abraços, Daniel Miranda

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O futebol no Marinha tinha um goleiro

Em meados da década de 1990 (entre 95 a 97), eu e alguns amigos, lá do bairro Medianeira, começávamos nos finais de semana, porém, sempre no cair da tarde e início da noite, a bater uma bolinha no Parque Marinha do Brasil. Na verdade, isso não faz muito tempo não. E, sim, um pouco mais de 10 anos. Mesmo assim, eu tenho uma leve impressão de que foi ontem, que nos encontrávamos e saíam todos para lá nos divertir. Contudo, jogar bola é isso: diversão. Era o que nós fazíamos e bem, eu e meus amigos.




Então, lá no Marinha, haviam algumas quadras de futsal, todas de cimento, é claro. A partir deste instante, todos nós entravamos em quadra e aquecíamos ali. Enquanto isso, uns três ou quatro amigos saíam de lado, pois eles disputavam no par ou ímpar para ver quem deles começaria a escolher as equipes.






Normalmente, quem sempre escolhe são os goleiros. E entre nós, não era diferente. Eram os goleiros. Sim, sempre eles, os goleiros, os responsáveis pelos times, independentemente, se fosse dar certo ou não nos jogos que começariam em seguida.






Um desses goleiros era o João. Para nós, Joãozinho. Assim que ele era chamado lá na rua por nós. Mas, também, era chamado de “negrinho”, porém esse apelido é de família, principalmente, de sua vó (que me foge o nome – perdão galera). Ela, a vó de João, tinha o costume de chamá-lo para ir pra casa, assim que o sol se perdia pra lá das bandas do Rio Guaíba, quando estávamos nós ali na rua, brincando ou falando besteiras. Ela, quando o chamava, entoava um grito. Mas um grito de carinho ao neto:






- Olha o sereeeno Negrinho... Vem já pra casa!






E não é que o João ia. Ele ia embora subindo a lomba, meio que saltitante. Às vezes, João ia chateado, de cabeça baixa, por ter que ir embora para a sua casa. Eu e outros amigos riamos daquilo, enfim, nós achávamos engraçado. Eram risos de brincadeira com o João. Ainda bem que ele levava na boa. Na verdade, o Joãozinho era, contudo, um amigo de todos da rua e um dos mais velhos e inteligentes daquela gurizada. Ah, isso ele era e sempre foi: “velho” e inteligente.






Mas, quanto ao futebol no Marinha, o João era sempre um deles que escolhia os colegas que jogariam com ele. Um time, que quisesse vencer seus jogos, tinha sempre de começar por um goleiro. E esse goleiro, sem duvida, era ele, o Joãozinho.






Às vezes, vale ressaltar, ele escolhia bem. Porém, quando escolhia mal, deu para ele, a galera não perdoava mesmo e, dessa forma, pegava-o no pé dele durante toda a semana e, assim, até o próximo “findi”.






Por ora, devo lembrar ainda que, João atacava muito no gol. Mas só quando o mesmo queria. Também lembro que ele tomava uns frangos. E eu, é claro, sempre reclamava e xingava-o, na verdade.






Como também, quando ele defendia umas bolas indefensáveis, eu comemorava e cumprimentava-o. Quando isso acontecia, eu lembro que sempre vibrávamos, como também, vibrávamos quando eu desarmava o adversário ou marcava um gol - ou golaço.






Vencemos, eu e o Joãozinho, muitos daqueles jogos no Marinha. Perdemos, também. Mas muito pouco. Nós, daquela gurizada do bairro, éramos diferenciados. Isso que ambos eram e são de verdade. Ainda mais quando jogávamos juntos, pois nós percebíamos no time adversário um nervosismo, e até mesmo, antes da bola rolar. E, quando ela rolava, sabíamos bem o que aconteceria. Como acabou e muito acontecendo naquele tempo: defesas de João, e eu, marcando gols. Resultado final: diversas vitórias para nós e muita festa.








Em suma:


É o que o Internacional precisará fazer, hoje à noite, contra o Corinthians no estádio Beira Rio: se defender bem e atacar o time paulista o tempo todo. O goleiro Lauro terá de agarrar tudo lá atrás, e enquanto o atacante Nilmar, terá de fazer os gols lá na frente. E, no mínimo dois gols pra levar a decisão para os pênaltis. Se fizer três gols, melhor. Se não fizer isso, de nada adiantará.






Portanto, se isso acontecer, de fato, os colorados poderão comemorar mais um título e mais uma taça na sua história, e ainda mais, no ano do seu centenário. Aí sim, os vermelhos farão a festa. Assim como bem fizeram na história relatada acima, esse que vos escreve e o amigo João. Boa sorte ao INTERNACIONAL!!!





Abraços, Daniel Miranda...

A hora dos Gaúchos

Não têm prá ninguém. Esta semana Porto Alegre é a capital sulamericana do futebol. Na quarta-feira (01/07) o Inter recebe o Corinthians pela finalíssima da Copa do Brasil e, na quinta-feira (02/07), o Grêmio encara o Cruzeiro valendo vaga na decisão da Copa Libertadores. O que os dois jogos têm em comum? A necessidade de vitória dos Gaúchos, necessidade de superação, de garra, de força, de alma enfim. Grêmio e Internacional entram em campo precisando fazer no mínimo dois gols, o Tricolor para se classificar e o Colorado para pelo menos ir aos penaltis. São dois embates recheados de polêmica e emoção. Na última quarta os Cruzeirenses armaram um circo após o fim da partida. Teria o atacante gremista Máxi López cometido um crime de racismo contra o meia da equipe mineira, Elicarlos. O ônibus da torcida gremista foi apedrejado, houve truculência na condução que levaria Máxi a delegacia e até voz de prisão ao técnico Paulo Autuori. Mas também houve um gol reanimador e cheio de sopros de esperança. Uma falta batida com maestria por Souza, aquele que esperamos, faça chover no Olímpico. O Grêmio precisa mais uma vez recorrer a sua Imortalidade, ao seu gosto por situações difíceis. E a torcida... Ahh a torcida!! 46 mil vozes entoarão em uníssono os cânticos tricolores.
No lado vermelho do Estado a expectativa pela reversão de um placar extremamente desfavorável. O Corinthians de Ronaldo meteu dois em São Paulo. Precisará o Inter do talento de seus principais jogadores, dentre eles Nilmar, que voltou da seleção. Os colorados já garantiram que o Beira-Rio estará lotado e deles depende o clube da Padre Cacique para erguer este troféu. Os paulistas estão engasgados na garganta dos colorados, que não se esquecem do título cheio de suspeitas dos alvinegros, em 2005. Dôssies, críticas, farpas, belos ingredientes do que promete ser um dos melhores jogos do ano. O povo gaudério, de tantas lutas e conquistas, de uma identidade inconfundível, de uma fibra incomparável, tem mais uma vez a chance de provar ao Brasil sua marca impetuosa de vencedor.

"Ouço o canto gauchesco e brasileiro, desta Terra que eu amei desde guri..."