segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Gre-Nal 373: Vermelhos goleiam os azuis por 4 a 1

Mais um Gre-Nal para a história: O Gre-Nal 373 disputado no final da tarde de ontem (28/09), no Estádio Beira-Rio foi vencido pelos vermelhos, 4 a 1. O placar obtido ainda no primeiro tempo, com certeza entrará para a história, assim como outros tantos clássicos que já fazem parte. Por exemplo: o primeiro disputado, em que o Grêmio venceu por 10 a 0, ou observando pelo lado colorado os 7 a 0 de 1948. Além desses, como não lembrar do Gre-Nal do século, em 1988, onde o Inter venceu por 2 a 1 de virada com dois gols de Nilson; o Gre-Nal da Copa do Brasil de 1992, vencido nos pênaltis pelo Inter e mais tarde conquistando o caneco da competição; um “azulzinho” dirá, aos berros lá da Azenha, sobre o Gre-Nal vencido pelo Grêmio com gol de bicicleta do Paulo Nunes, tudo bem deixa assim só ele lembra na verdade. Mas, por fim, o Gre-Nal dos 5 a 2, no Estádio Olímpico, conhecido até hoje como o Gre-Nal do Uh, Fabiano (que deitou e rolou na partida) tem um gosto especial apesar de ter já se passado 11 anos.


São tantos não é verdade? Porém, após mais um disputado, o Inter segue na frente como de costume. São 20 vitórias a mais do que o maior rival. Supremacia mais do que merecida e conquistada acima de tudo. Estatística também é valido.
Mas o clássico de ontem havia começado no meio da semana passada, quando o Inter direcionava toda sua atenção para a Copa Sul-Americana - a qual tirou o Grêmio da mesma na primeira fase - ao enfrentar o time da Universidade Católica, no Chile. O Inter, em território chileno, soubera da declaração do presidente rival, Paulo Odone, que disparou na imprensa: “Os operários (time do Grêmio) vão passar a máquina nos galácticos (time colorado)”. A frase serviu de motivação aos colorados que não responderam as provocações gremistas. Na partida contra os chilenos, os vermelhos arrancaram um empate em 1 a 1.
De volta a Porto Alegre, o grupo de jogadores treinou, concentrou e esperaram pelo Gre-Nal 373. Deu no que deu. Onde o que se viu foi um verdadeiro chocolate, um chocolate galático, ainda na primeira etapa, de 4 a 1. Pena que não é abril, além de aniversário do Inter, os azuis receberiam um presente de Páscoa. Mas fica como presente de aniversário ao clube da Azenha, que nesse mês celebrou 105 anos de vida.
Como é bom vencer um Gre-Nal. O último havia sido em 2006, antes do Mundial de Clubes no Japão, 1 a 0 no Olímpico, com gol de Iarley. Agora, passado cinco jogos (duas derrotas e três empates), nada melhor, ainda mais da maneira que foi e antes mesmo do centenário do Inter, que está logo ali, ter goleado os azulzinhos.
É como disse o zagueiro Índio e também carrasco gremista, em resposta ao presidente Odone no fim do clássico: “Ele falou besteira e mandou uma máquina amarela e lenta para cá”. Que tenhamos “todos”, portanto, uma boa semana e não fortes dores de cabeça...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

E segue o Nacional

Passada a 26ª rodada do Brasileirão, o campeonato incandesce. Depois do empate na Arena da Baixada em 0x0 com o sofrível Atlético-PR, o líder Grêmio vê o Palmeiras, que venceu o Vasco em casa por 2x0, ficar apenas à um ponto de distância. É evidente que o time de Roth não tem o mesmo desempenho da primeira metade do certame, e agora terá contra si a pressão exercida pela arrancada da equipe alviverde, bem como a ascensão do rival Inter, que empilha três vitórias consecutivas. Por essas e outras considero o Grenal do próximo dia 28/09 como uma semifinal de brasileiro para o Tricolor. Uma vitória os colocaria na final do dia 09/11, contra o Palmeiras no Parque Antárctica. E daria ao time da Azenha o incentivo emocional de ter vencido o clássico, que sempre ajuda, ainda mais em um momento conturbado como esse. Para o Inter o triunfo no Grenal 373 seria a redenção, o cume de uma seqüência de adventos sobre os adversários, e agora, contra o maior de todos. O colorado ganharia fôlego, e com o belo elenco que possui, se tornaria sem dúvida candidato a uma vaga na Libertadores do ano vindouro. Continuando a falar desta rodada, destaco a goleada do Goiás para cima do Santos, 4x1 no Serra Dourada. O Esmeraldino equilibrou o time e mostra padrão de jogo a cada partida deste segundo turno, já o Peixe segue sofrendo as agruras de um mal planejamento e, se não fossem os gols de Kleber Pereira ainda penaria na zona da degola. O Fluminense parece não acordar do sonho que virou pesadelo, um fantasma chamado Libertadores que ainda assombra muita gente nas Laranjeiras. O Coxa mostra irregularidade, e assim como o Santos depende de Kleber, têm como sua âncora o belíssimo atacante Keirrison. Tartá expôs a fragilidade de um menino ao entregar o de presente a vitória aos curitibanos, 3x2. Uma pequena mostra de como os clubes pagam por ter de escalar meninos, com o êxodo dos melhores jogadores. Flamengo e Cruzeiro venceram, mostrando que seguem vivos na luta pela Libertadores e por que não dizer, do título também. Já seus adversários, Ipatinga e Figueira respectivamente, seguem a passos firmes para o inferno da Segundona. Em Recife, Sport e São Paulo ficaram no 0x0, ambos seguem mirando melhores colocações, os pernambucanos como treino para a Libertadores e os paulistas por uma vaga nela. A grande surpresa foi a vitória de virada da Portuguesa sobre o Botafogo, 3x1 no Canindé. A Lusinha tenta reagir e permanecer na série A do ano que vem. Com dois belos gols de Edno, os paulistas renovaram o ânimo na luta contra o descenso. Para os cariocas a derrota foi trágica, além de tirá-los do G-4, perdendo a 4ª colocação justo para o rival Flamengo, os botafoguenses amargaram a segunda derrota consecutiva. A equipe de General Severiano demonstra sinais de cansaço, exatamente no momento em que deveria dar todo o seu gás. O Brasileirão segue seu rumo, mesmo que ninguém saiba ao certo qual é. Grenal, Atletiba, São PauloXCruzeiro, confrontos que vão desenrolando o complicado destino da Taça, ou o emaranhando ainda mais.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O Brasileirão de Todos

Fê Cunha

É inegável dizer que o Brasil é o pais do futebol, já no berço pude sentir isso, quando ganhei a primeira camisa do que viria a ser meu clube do coração, anos mais tarde, já acompanhava o campeonato brasileiro de futebol, conhecido mundialmente como brasileirão. É... cresci com meu pai dizendo: “Se você acha os jogadores de hoje craques, é por que não viu quem eu vi. Pelé, Tostão, Gérson, Rivelino, Falcão...” Puxa, eu pensava: “Ele tem autoridade pra falar não é?! vai a jogos do campeonato brasileiro a quantos e quantos anos” mas, se bem que quando eu nasci já havia muitas estrelas ainda jogando. Zico, Sócrates, Careca, Roberto Dinamite. Isso tudo faz eu ter certeza, pelos campeonatos brasileiros já passaram muitos craques da história do futebol nacional e mundial. Foram tantos times perfeitos, o Internacional de Falcão, o Flamengo de Zico, o São Paulo de Telê, o Palmeiras de Luxemburgo, entre muitos, mas muitos outros.

O futebol é uma coisa que envolve todos nós brasileiros, capaz de parar a nação, o esporte é paticado nas escolas, nas ruas, no quintal de casa, enfim, onde tem uma bola o futebol rola fácil, qualquer um que ve uma bola parada já sente no coração ela pedindo para ser tratada com o jeito que só o brasileiro tem.

O brasileirão, faz com que a magia do esporte coletivo mais praticado no mundo, leve os sonhos de conquista do fiel torcedor as nuvens, é famoso ver o povo carioca dizendo: “Domingo é dia de brasleirão, é dia de Maracanã” ou o gaúcho falar “Dia de Gre-Nal é sagrado”.

Em 1971 quando se tornou oficialmente o campeonato nacional de futebol, houve um sentimento de que a organização iria imperar no mundo do esporte mais praticado no país. É evidente, quando saiu o primeiro campeão em uma acirrada competição, todos sabiam que o futuro seria próspero. Hoje é assim, nos jornais o brasileirão tem um enorme destaque, nas cotas milionárias da tv e no coração e na vida de milhões e milhões de apaixonados pelo esporte, que cuidam com emoção a tabela de classificação se movendo a cada rodada, até a hora que partem para a calculadora na reta final.

O futebol é um esporte único, onde seus torcedores fanáticos reproduzem arte sem instrumento, valendo-se apenas da batida do coração. Cada torcedor faz com que o clube entre no seu dia a dia. A paixão suporta tudo, todas as emoções, da derrota vexatória até a vitória que lhe proporciona a glória. O brasileirão entre março e dezembro inspira sonhos, sonhos de erguer a taça do campeonato mais difcil do mundo, onde muitos clubes tem favoritismo e chances reais de vencer.

O brasileirão, deve ser tratado com muito respeito e orgulho por todos, pois, ele faz parte da vida, da história e dos sonhos de todos nós brasileiros, inclusive, do criador desta crônica.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Zidane em páginas

Em meados de julho do corrente ano, descobri numa dessas minhas andanças pela Internet, bem obra do acaso, e entre um Blog de esporte e outro, achando o livro que conta em detalhes à biografia do francês Zinedine Zidane. Na minha opinião, ele foi um dos melhores jogadores de futebol do mundo. Tive um imenso prazer de vê-lo jogar, tantas vezes, pela TV. Pena que não pessoalmente. Ou então, ao vivo num estádio completamente lotado e eu entre aquelas milhares de pessoas gritando seu nome e aplaudindo-o.

Abaixo, segue a sinopse desse livro. Nessas poucas palavras escritas, me dão imensa vontade de lê-lo, devorá-lo. Mas o comprarei na Feira do Livro de Porto Alegre. Será uma das minhas leituras e obrigações até o final de ano. Cobrem-me.


Antes da sinopse, o livro eu achei no Blog do jornalista do Grupo RBS e jornal Zero Hora, Luiz Zini Pires. Valeu Zini. Veja o que ele escreveu a respeito do mesmo.




O livro por Zini:

Zidane, o dono da bola
Ao contrário de Pelé, como Maradona, mas evitando comparações, a vida de Zidane com a bola foi acompanhada pelas câmeras da tevê. Dos anos 1990 aos seis primeiros anos no novo século, assistimos todas as grandes jogadas de uma dos maiores jogadores do nosso tempo.

Zidane foi perfeito no que fez, na grama, nos gols, nas jogadas de extrema classe. Quem viu tudo na tevê, pode entrar vida do craque pelo livro Zinedine Zidane: uma Biografia, de Jean Patrick Forte e Jean Phillpe. É um livro sensível, profundo e mostra como Zidane ganhou autoconfiança e a força mental dos grandes campeões.



Por fim, a Sinopse:

Zinedine Zidane é o retrato de um homem generoso e afável, sensível e autoconfiante. Relata como se fez sua formação, como se lapidou sua competitividade, e, mais além da forma física, como se forjou a força mental que produz os grandes campeões. Somos apresentados a uma dimensão humana do atleta, muitas vezes colocada de lado pela mídia.
Sua leitura vai ajudar a compreender o gesto com o qual Zinedine Zidane encerrou sua carreira futebolística, foco de discussão apaixonada entre milhões de fãs no mundo inteiro.
O livro possui um caderno de fotos coloridas, além de um anexo sobre sua trajetória no futebol.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Pressão



O futebol a muitos anos deixou de ser apenas um esporte. Deixou de ter aquele brilho juvenil e inocente de apenas uma disputa cordial. Virou um negócio que envolve milhões, tanto em dinheiro como em número de apaixonados. E com essas mudanças, mudou também o conceito de um vencedor. Hoje quem ganha não é apenas quem tem mais talento, mas quem está melhor preparado. Ao término da 25ª rodada do Brasileirão de 2008, o Grêmio continua na liderança, com 49 pontos, três a frente do segundo colocado Palmeiras, que tem 46. A pressão em cima do time de Celso Roth cresce a cada rodada e o desempenho já não é o mesmo do primeiro turno, uma vez que o Tricolor é apenas a 10ª campanha do returno. Mas tudo isso são só números, números de um campeonato marcado pela irregularidade e que tem pela frente um futuro muito incerto. Ao Grêmio cabe abusar de sua imortalidade, se valer da tradição de clube guerreiro, que joga até o último fôlego. O caminho mais óbvio é reencontrar o caminho que deu certo. Deu certo no turno, quando o Grêmio aniquilava seus adversários, dentro e fora do Olímpico. Alternativas que encheram os olhos de Roth chegaram a Porto Alegre, casos de Souza e Orteman, jogadores de indiscutível qualidade. Jogadores que fazem a diferença, e que vinham fazendo no decorrer dos jogos, como alternativas de luxo. Volto a dizer o que escrevi em outro texto neste blog, Magrão e Carioca são os corredores que podem levar o Tricolor ao seu tricampeonato. São o motor do bem montado esquema de Roth. O Grêmio não pode abrir mão deles, dos dois jovens atuando juntos. Mas o que realmento o Grêmio não pode abrir mão é de ser Grêmio, de suspirar cada jogada, de pelear cada dividida e com a humildade de quem sabe crescer nos momentos críticos, vencer quando é difícil. Desafios virão, palavras de desânimo, de desalento, que tentarão causar o desencontro da estrutura gremista. Os guerreiros da Azenha devem manter-se firmes em suas trincheiras e saber atacar com astúcia e inteligência. Afinal para ser campeão tem de haver preparação.
II


Dunga deu dignidade a uma seleção que parecia escalada por encomenda da Nike e outros patrocinadores. Dunga imprimiu seriedade e comando ao colocar no banco Ronaldinho Gaúcho quando este merecia não outra condição que a reserva. Dunga mostrou indignação e viu-se pelo canto da janela uma luz de salvação, para socorrer a decadente seleção brasileira. Mas Dunga falhou. Ao não conseguir provar com suas convicções que o Brasil seria melhor sem grandes nomes, ele foi obrigado a escalar o Gaúcho nos Jogos Olímpicos. E o Gaúcho decepcionou, mais uma vez. Dunga o convocou para as eliminatórias e adivinhem? O Gaúcho decepcionou. Mas será o problema da seleção de Dunga somente o Gaúcho? É claro que não. O problema está na postura "Parreirista" que Dunga adotou, ao aceitar interferências em seu time. Ao permitir que jogadores sem espírito de seleção nacional vestissem a amarelinha. Foi assim com Josué, com Kléber, com Gilberto Silva. Atletas que não tem condições e nem vontade de defender o Brasil. Dunga deixa Hernanes, Juan, Lucas e Júlio Batista no banco. jogadores que querem estar na seleção, que tem vontade disso e fazem jogos com ânimo. Dunga precisa recuperar a confiança. A confiança em suas próprias convicções.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Carioca e Magrão


Escrevi dias atrás sobre a soberba de jogadores do centro do país, que antes mesmo de enfrentar seus adversários apostavam na derrocada do Grêmio. Pois ele tropeçaram. O São Paulo de André Lima deixou escapar uma importante vitória contra o Galo, que pode lhe custar a participação na próxima Libertadores. O Botafogo de Jorge Henrique havia empatado em casa com o limitado Náutico, mas o pior desempenho foi do todo poderoso Palmeiras, da afiada língua de Diego Souza. O meia que depois de se redescobrir para o futebol no Olímpico, foi ganhar salários melhores no Parque Antárctica. O Leão da Ilha, Sport, derrotou os alviverdes por 3x0 e de quebra rompeu sua invencibilidade em casa. Diego, André, Jorge Henrique, todos falaram demais. O mais interessante é que na verdade eles podem falar demais. Afinal são pagos por seus clubes e podem usar da estratégia que lhes parecer mais cabível para ajudar suas equipes. Quem não poderia discursar em favor de um time ou religião é a imprensa. Mesmo que veladamente. Como fazem os órgãos de mídia do centro do país. E até daqui. No momento em que semeiam a dúvida no Olímpico, tentando escalar jogadores no carteiraço, mesmo que estes de indiscutível qualidade não estejam se encaixando no sistema de jogo de Roth. Falo de Souza e Orteman especifícamente. Dois jogadores de grande capacidade técnica e tática, que ao desembarcarem no Salgado Filho causaram o frisson do torcedor Tricolor. O caso é que o time está encaixado com Rafael Carioca e William Magrão, os jovens pupilos da Azenha que demonstram maturidade e serenidade, qualidades de veteranos. Ora, Orteman e Souza são grandes jogadores, ninguém discute, mas serão o melhor para o Grêmio nesse momento? Poderá o Imortal abrir mão de um tão sonhado tricampeonato brasileiro, para acomodar os grandes nomes no time titular?
Sabemos que o futebol é dinâmico, que nos dias atuais os jovens saem cada vez mais cedo do Brasil. Logo choverão propostas por Carioca e Magrão e aí Orteman e Souza terão seus lugares assegurados no ônibus Tricolor. Mas por enquanto, que ele siga sua viagem e chegue feliz a seu destino. O tricampeonato do Brasil.


II


Roth na Polícia Federal? Que tem a ver o noticiário esportivo com isso? É só mais um dos 500 indiciados no processo. Muito me estranha que a mídia dê tanta cobertura a tal fato justo em momento decisivo do Grêmio no campeonato. No jornalismo existem os critérios da notícia, e eu me pergunto; que critérios são usados pela mídia atualmente? Seria um o da desestabilização?


quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A força do Imortal


O campeonato brasileiro pega fogo. Faltam quinze rodadas para o encerramento do certame e a diferença do líder Grêmio para o segundo colocado Palmeiras é de cinco pontos, 48 e 43 respectivamente. Na noite desta quinta-feira (04/09) a equipe alviverde entra em campo para defrontar o campeão do Brasil, Sport. A chance de diminuir para dois pontos a vantagem do Tricolor gaúcho brilha nos olhos dos palmeirenses, que tem a chance de mostrar bom futebol. Uma vez que falam muito do Grêmio, que este irá tropeçar, que vai perder força, e pouco se preocupam com seu próprio desempenho, isso pelo menos no discurso. O time de Roth não chegou onde está por acaso. Depois das precoces eliminações da Copa do Brasil e do Campeonato Gaúcho, o Grêmio sofreu com a desconfiança de seu próprio torcedor, que pedia a cabeça de Roth na bandeja. Mas o diretor de futebol, André Krieger, não cedeu e mantendo suas convicções deu um voto de confiança ao técnico, que fechado com o grupo trabalhou um mês a procura de reabilitação. O torcedor gremista está acostumado a ver seu time ressurgir das cinzas, com a força de um verdadeiro campeão, foi assim nos Aflitos em 2005, foi assim no Brasileiro de 2006 e na Libertadores de 2007, quando o Tricolor entrou como mero participante e se tornou um dos principais autores. E este ano não foi diferente. Na estréia diante do São Paulo, em pleno Morumbi, a equipe da Azenha era tida como candidata ao rebaixamento. Mas foi logo rasgando a escrita e derrotando o bicampeão nacional em seus domínios. No decorrer do campeonato o Grêmio foi quebrando tabus, derrubando desconfianças e se colocando como firme candidato ao título. E não será na base da pressão exercida pela imprensa do país, que o Imortal perderá sua liderança. Porque esta é uma terra de guerreiros, sentinelas de azul, branco e preto, que guarnecem o bairro da Azenha e por ali mesmo, nos cemitérios próximos, ceifam seus adversários. Se os gaúchos não tivessem se rebelado com o centro do país e feito a revolução, talvez hoje fossemos escanteados da nação. Assim como os pobres nordestinos, que torcem para Flamengo, Vasco e Corinthians por falta de identidade. A peleia continua e ainda terá mais quinze atos, mas quem quiser desbancar o Tricolor terá que falar menos e fazer mais.