quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A força do Imortal


O campeonato brasileiro pega fogo. Faltam quinze rodadas para o encerramento do certame e a diferença do líder Grêmio para o segundo colocado Palmeiras é de cinco pontos, 48 e 43 respectivamente. Na noite desta quinta-feira (04/09) a equipe alviverde entra em campo para defrontar o campeão do Brasil, Sport. A chance de diminuir para dois pontos a vantagem do Tricolor gaúcho brilha nos olhos dos palmeirenses, que tem a chance de mostrar bom futebol. Uma vez que falam muito do Grêmio, que este irá tropeçar, que vai perder força, e pouco se preocupam com seu próprio desempenho, isso pelo menos no discurso. O time de Roth não chegou onde está por acaso. Depois das precoces eliminações da Copa do Brasil e do Campeonato Gaúcho, o Grêmio sofreu com a desconfiança de seu próprio torcedor, que pedia a cabeça de Roth na bandeja. Mas o diretor de futebol, André Krieger, não cedeu e mantendo suas convicções deu um voto de confiança ao técnico, que fechado com o grupo trabalhou um mês a procura de reabilitação. O torcedor gremista está acostumado a ver seu time ressurgir das cinzas, com a força de um verdadeiro campeão, foi assim nos Aflitos em 2005, foi assim no Brasileiro de 2006 e na Libertadores de 2007, quando o Tricolor entrou como mero participante e se tornou um dos principais autores. E este ano não foi diferente. Na estréia diante do São Paulo, em pleno Morumbi, a equipe da Azenha era tida como candidata ao rebaixamento. Mas foi logo rasgando a escrita e derrotando o bicampeão nacional em seus domínios. No decorrer do campeonato o Grêmio foi quebrando tabus, derrubando desconfianças e se colocando como firme candidato ao título. E não será na base da pressão exercida pela imprensa do país, que o Imortal perderá sua liderança. Porque esta é uma terra de guerreiros, sentinelas de azul, branco e preto, que guarnecem o bairro da Azenha e por ali mesmo, nos cemitérios próximos, ceifam seus adversários. Se os gaúchos não tivessem se rebelado com o centro do país e feito a revolução, talvez hoje fossemos escanteados da nação. Assim como os pobres nordestinos, que torcem para Flamengo, Vasco e Corinthians por falta de identidade. A peleia continua e ainda terá mais quinze atos, mas quem quiser desbancar o Tricolor terá que falar menos e fazer mais.

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