terça-feira, 9 de setembro de 2008

Carioca e Magrão


Escrevi dias atrás sobre a soberba de jogadores do centro do país, que antes mesmo de enfrentar seus adversários apostavam na derrocada do Grêmio. Pois ele tropeçaram. O São Paulo de André Lima deixou escapar uma importante vitória contra o Galo, que pode lhe custar a participação na próxima Libertadores. O Botafogo de Jorge Henrique havia empatado em casa com o limitado Náutico, mas o pior desempenho foi do todo poderoso Palmeiras, da afiada língua de Diego Souza. O meia que depois de se redescobrir para o futebol no Olímpico, foi ganhar salários melhores no Parque Antárctica. O Leão da Ilha, Sport, derrotou os alviverdes por 3x0 e de quebra rompeu sua invencibilidade em casa. Diego, André, Jorge Henrique, todos falaram demais. O mais interessante é que na verdade eles podem falar demais. Afinal são pagos por seus clubes e podem usar da estratégia que lhes parecer mais cabível para ajudar suas equipes. Quem não poderia discursar em favor de um time ou religião é a imprensa. Mesmo que veladamente. Como fazem os órgãos de mídia do centro do país. E até daqui. No momento em que semeiam a dúvida no Olímpico, tentando escalar jogadores no carteiraço, mesmo que estes de indiscutível qualidade não estejam se encaixando no sistema de jogo de Roth. Falo de Souza e Orteman especifícamente. Dois jogadores de grande capacidade técnica e tática, que ao desembarcarem no Salgado Filho causaram o frisson do torcedor Tricolor. O caso é que o time está encaixado com Rafael Carioca e William Magrão, os jovens pupilos da Azenha que demonstram maturidade e serenidade, qualidades de veteranos. Ora, Orteman e Souza são grandes jogadores, ninguém discute, mas serão o melhor para o Grêmio nesse momento? Poderá o Imortal abrir mão de um tão sonhado tricampeonato brasileiro, para acomodar os grandes nomes no time titular?
Sabemos que o futebol é dinâmico, que nos dias atuais os jovens saem cada vez mais cedo do Brasil. Logo choverão propostas por Carioca e Magrão e aí Orteman e Souza terão seus lugares assegurados no ônibus Tricolor. Mas por enquanto, que ele siga sua viagem e chegue feliz a seu destino. O tricampeonato do Brasil.


II


Roth na Polícia Federal? Que tem a ver o noticiário esportivo com isso? É só mais um dos 500 indiciados no processo. Muito me estranha que a mídia dê tanta cobertura a tal fato justo em momento decisivo do Grêmio no campeonato. No jornalismo existem os critérios da notícia, e eu me pergunto; que critérios são usados pela mídia atualmente? Seria um o da desestabilização?


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