terça-feira, 26 de maio de 2009

Futebol da superação

Há exato um ano, eu publicava esse mesmo texto no meu Blog. É, eu tive um Blog gente. Na verdade, um Blog que eu dividia com a minha ex namorada. Porém, desfeito, como são as coisas ao longo da vida, querendo ou não. Mas bola pra frente... Vamos em busca de marcar outros gols , ou melhor, um golaço. E eu quero!!!




Era manhã de um sábado, do dia 17 de maio de 2008, eu levantei cedo e fui procurar algo pendente, além de tomar o meu café. Estava preocupado com que eu iria fazer naquelas primeiras horas da manhã. Não fazia a mínima idéia do que pudesse ser aquelas, que se tornariam, belas horas. Até que então, me deu um “clarão”. Eu resolvi ir ao IPA – onde eu estudo Jornalismo – para dar andamento em alguns de meus trabalhos acadêmicos.






Chegando lá, eu me dirigi até o ginásio. Lembrei-me que teria um treino de futsal dos atletas portadores de deficiência visual. “Ah, que show de bola”, esbravejei. A partir desse instante, que surgiram as belas horas citadas anteriormente.





Adentrei o ginásio e fiquei ali sentado nos bancos e esperando o professor Jerri Ribeiro, do curso de Educação Física do IPA, chegar – mais tarde, eu soube que ele não apareceria no local. Mas não havia problema, eu tinha que fazer as minhas tarefas. Então, permaneci sentado e comecei a analisar os atletas entrando em quadra. Daí pensei:
- Que bacana, o companheirismo e a atenção deles um com outro. É algo inacreditável. E o mais importante eu pude perceber, que eles se respeitam acima de tudo.



Apesar de todas as dificuldades que eles passam, acabam encontrando no Esporte um caminho para tocarem as suas vidas adiantes e não se sentirem excluídos na nossa sociedade, que é preconceituosa, por que não dizer, muito individualista.




Entre aqueles jogadores que estavam treinando, encontrava-se Ricardo Alves, conhecido popularmente por Ricardinho, jovem atleta de 19 anos da Seleção Brasileira de Futebol 5, e um dos melhores do mundo na modalidade. Eu apaixonado por Futebol e poder estar presenciando aquele treino, foi algo sublime a esse rapaz, que um dia pensou durante a sua infância e adolescência em ser um jogador. Entretanto, assistir ao treino, me fez bem demais naquele final de semana. Pois aprendi a lidar com as diferenças.




Imaginar que essas pessoas, apesar de enfrentarem o problema visual, conseguem andar, correr, falar e ouvir como nós, demonstrando que o normal é ser diferente. Mas, por fim, para cada um daqueles atletas, ou melhor, seres humanos, que os seus dias sejam diferentes e melhores do que os outros. Na verdade, é um sinal de que o bom de viver é estar vivo, para que assim, e a cada sol que nascer, eles possam marcar e, principalmente, comemorar com alegria um novo golaço.


OBS: Agradecimentos a Ana Paula Megiolaro (professora) e ao Dudu Purper (meu colega e amigo, com qual eu aprendo muito a cada dia que passa).

Abraços, Daniel Miranda

Um baita findi

Deu tudo certo para os gaúchos no fim de semana. Das séries A a C todos os representantes dos pampas se deram bem. Destaque para a estréia de Autuori no Grêmio e também estréia do Caxias na série C. No Olímpico o que se viu foi um Tricolor mais solto, com Tcheco tendo mais liberdade e os laterais resguardando mais os flancos. Depois de um primeiro tempo cheio de oportunidades desperdiçadas, na segunda etapa os gols finalmente apareceram. Primeiro no biquinho a la Romário de Jonas e depois na bela triangulação entre Douglas Costa, Máxi Lopez e a conclusão de Fábio Santos. Aliás eu continuo achando que este rapaz é o ponto fraco do Grêmio, mas parece que por enquanto é o que nos resta. Jadílson até do banco ficou fora por suposta falta de entrega nos treinos. Quarta-feira é a vez de retomar a Copa como prioridade e o Caracas é o adversário do momento. Um bom resultado fora pode garantir alívio para um decisão que mesmo no Monumental não terá Victor.

II

O Colorado foi ao Serra Dourada e com um misto quente venceu o Goiás numa bela cabeçada de Taison. O garoto vermelho já até sonha com a artilharia do certame nacional. O Inter vai muitas vezes contando com a sorte na temporada, uma vez que foi pressionado pela time do altiplano e não sofreu tentos. Com os titulares a disposição, menos Guiñazu, o time da Padre Cacique recebe na quarta o Coritiba que, sem Marcelinho Paraíba, deverá fechar-se na defesa e explorar os contragolpes. O Juventude venceu a primeira na série B, 2x0 em casa no ABC. Bom resultado e esperança a Papada de quem sabe a luta por uma vaga na elite de nosso futebol. Depois de ser vergonhosamente humilhado pelo Inter e ainda perder o título do Interior para o Ypiranga, a equipe do Caxias conseguiu estrear bem na Terceirona. Um 2x1 fora de casa no Marcílio Dias que dá confiança para começar bem a arrancada rumo ao acesso. Libertadores, Copa do Brasil, semana decisiva!!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Dudu no AF, e eu, no Futebol

Há duas semanas, eu estive com o meu colega de faculdade Eduardo Purper – conhecido como Dudu, no Atlântida Festival (AF), evento realizado pela Rádio Atlântida, aqui de Porto Alegre. Lá estávamos ambos no Pavilhão da FIERGS desde as 17 horas do dia 08 de maio.




Na verdade, o Dudu já havia adquirido seu ingresso, de forma antecipada, para a área VIP. Enquanto, eu nem pensava em ir a tal lugar, até ele ter me feito o convite em sala de aula, na semana do AF. Então, decidi que iria. E, eu fui. Entrei como acompanhante do mesmo.



Os shows do AF contaram com diversas atrações, entre eles: Claus e Vanessa – que abriram a tarde e noite do evento, além de NX Zero, Capital Inicial, Armandinho, Charlie Brown, Reação em Cadeia e etc. Dudu confessou-me em querer ver, em especial, ao show do Armandinho, que fora a última apresentação. Eu queria e tão somente assistir ao Capital Inicial. Contudo assistimos a tudo, de fato.




Observação: Fotografei, inclusive, o Dudu com um dos comunicadores da Rádio Atlântida, o Marcos Piangers, e ao fundo, a bandeira do Inter, sendo que o Dudu, é um legítimo gremista e de coração...



Eu estava acompanhando o Dudu, como dissera, mas na verdade, com o desenrolar dos shows, eu fiquei a observá-lo. Sim, observei por diversas vezes. Ele estava muito alegre e, também, feliz demais. Uma alegria só por estar ali, naquele pequeno espaço reservado a ele e, também, aos demais com alguma deficiência motora. Dudu cantava, berrava, queria ser notado e, por isso, se balançava em sua cadeira incansavelmente que, por vezes, parecia até uma criança num balanço de uma praça qualquer, conforme as canções eram executadas pelos artistas no palco, que estavam tão próximos dele.




Aquilo tudo acontecendo aos meus olhos nus, ficaram registrados e gravados na memória, fazendo com que o tempo passasse, e assim, que passou, eu pudesse dizer, ou melhor, escrever que vê-lo nos shows, é como eu fico num estádio de futebol, completamente enlouquecido. Porém, não fora de controle.



Não que o Dudu ficasse ou fique fora de controle. Mas ele, em algumas vezes, dava essa impressão. Como foi no caso, numa das músicas da Reação em Cadeia, que tenho certeza absoluta, enquanto Dudu cantava, ele cantou e lembrou de outro colega nosso, o Rodrigo Vieira, o qual é fã da banda. Não sei certo, senão é fã do vocalista Jonathan Corrêa, propriamente dito. Não é mesmo Rodrigo?



Relatei essa breve história, por que eu tenho falado com o Dudu, se por acaso, ele já havia escrito a sua crônica dos shows no AF. Até então, eu soube que não. Portanto, aqui nesse espaço, aproveito e faço a minha, não é Dudu?



E, por fim, lembro, ainda, que eu nos jogos do meu time do coração: canto, torço, berro, xingo e comemoro gols e muitos gols, que tem sido uma rotina agradável, assim como ele nos shows... Valeu Dudu, até a próxima...

Abraços, Daniel Miranda

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A vida injusta de cada dia

Estava eu almoçando enquanto acompanhava o Jornal do Almoço, neste ensolarado 21/05, foi quando uma matéria interrompeu minha refeição e me inspirou a este post. A repórter contava a história de um menino de oito anos que sofre de uma doença regenerativa, cujo nome é muito complicado para lembrar, o garoto não anda, fala ou enxerga e vive sob os cuidados de sua dedicada mãe. O que a matéria abordava era a negativa do INSS de conceber um benefício ao inocente enfermo em virtude da renda de sua família ultrapassar em 77 reais (setenta e sete reais). Ora, todos sabem que o País em que vivemos é uma bagunça. Uma pátria falsa moralista, onde políticos se travestem do poder público para realizar ações, em grande parte do tempo, apenas em favor próprio. A mãe da criança derramava lágrimas sobre o microfone da jornalista, dizia ela que sentia falta de ouvir a voz de sua cria. É um absurdo que em um país onde se gastam milhões em festas populares e outros afins, um benefício deste seja negado a quem tanto necessita. Não que eu me vista de hipocrisia e diga que sou contra tais celebrações, mas não me conformo que estas sejam prioridades em relação a tal problema. Vivemos numa nação em que o futebol nos faz esquecer de muitos problemas latentes. Será que se dedicássemos um pouco da atenção que temos pelo clube de coração a outros assuntos de cunho social as coisas não melhorariam um pouco? Não somos, infelizmente, a juventude contestadora de nossos pais.
II
O Internacional venceu por 2x1 a equipe do Flamengo, nesta quarta-feira (20/05), pelo jogo de volta das quartas-de-final da Copa do Brasil. Agora o time de Tite enfrenta o Coritiba pelas semifinais da competição, o primeiro embate será no Beira Rio na próxima quarta (27/05). O que se viu foi um belo espetáculo entre os dois times que demonstravam claramente a vontade de ir as semis. Na primeira etapa oportunidades seriam disperdiçadas por ambos os lados até os 43 minutos. Juan atrasou a bola com força insuficiente, Nilmar escapou em velocidade e rolou para Taison que, finalizou com objetividade. O Flamengo voltou para o segundo tempo precisando marcar, aos 13 Émerson entrou em campo e aos 29 marcou o gol de empate dos cariocas. Um resultado que levaria o time da cidade maravilhosa a próxima fase. Émerson se machucou e deixou o time, Cuca colocou um defensor e praticamente abdicou do ataque. A missão rubro-negra era unicamente se defender e foi isso que fez o time do goleiro Bruno até os 44 minutos. Foi quando em demonstração de apreensão Ibson fez falta na entrada da área. Andrezinho que acabara de entrar cobrou e deu ao Inter o direito de confrontar os paranaenses do Coxa. Faltou ao Flamengo maturidade para segurar o jogo. O Inter mostrou preparo para vencer e assim o fez de forma convincente, mesmo o time do Rio tendo vendido caro este revés. Não é exagero dizer que embora Coritiba e Vasco tenham seus méritos, Inter e Corinthians devem decidir o certame. O Grêmio encara o Botafogo no Olímpico no próximo domingo (24/05). A partida marca a estréia de Paulo Autuori no comando Tricolor, uma boa oportunidade de ver os primeiros pitacos do novo comandante na equipe. Na quarta (27/05) têm compromisso pela Libertadores, muda o esquema? Chegam reforços? Aguardamos ansiosos os próximos capítulos do futebol azul do estado.

domingo, 17 de maio de 2009

Professor Thomaz e os Ísquios Tibiais

Lá no meu serviço, ou melhor, na empresa onde trabalho, isso há mais de três anos e ainda bem, nós temos aulas de Educação Física. Digo, aulas de alongamentos, massagens e etc... Mas, esse curso, certa feita, eu tentei cursar. Sim, eu tentei. Foi no primeiro semestre de 2002, então fiz apenas uma única disciplina: Introdução à Educação Física, na ULBRA – Canoas, passei na risca, na média: 8,0. Cravados!


Queria muito esse curso, na verdade, por gostar demais de futebol. Pois quando garoto, assim como qualquer outro adolescente, sonhava em ser um atleta desse Esporte. Comigo não era diferente. Como não acabou se concretizando esse sonho, fui fazer ou tentar o mais próximo que tivesse haver com o futebol em si. O que me restou foi, quem sabe, dar aulas de futebol em escolinhas, pensei. Ensinar os fundamentos e talicoisa, de preferência para as crianças, isso tinha bem definido na minha cabeça, seriam para crianças ou gurizada na faixa dos 14 a 16 anos. Se é que tem como um cara daquela idade definir algo...



Todo esse contexto é para escrever que quando eu era estudante, na época do colegial, tinha um professor que se chamava Luiz Carlos Thomaz, mas conhecido por nós alunos, de Thomaz. Ele, por sua vez, um cara sensacional, além de colorado, é óbvio. Então o conheci, tinha tão somente nove anos de idade. Quando completei 10, tornei-me aluno dele, pois havia passado para a 4º série, isso em 1992.



Thomaz, não era apenas um ou o meu professor. Era “tio”! Sim tio, era como chamávamos no primário os professores. Também de “tias”, é claro, as mulheres. Contudo, Thomaz era quase que um “pai” para mim dentro da escola. Eu escrevo isso porque, um ano antes, perdi meu pai em um acidente de carro. E outra, eu recém tinha entrado naquele colégio, não conhecia ninguém de fato, na Escola Estadual Presidente Costa e Silva. Eu sentia, também, que ele queria o meu bem. Confesso que, eu brigava com ele, sim, de discutir no futebol e sério. Ele costumava marcar no futebol dos alunos coisas que para mim não aconteciam, tipo algumas faltas. Isso fazia com que eu ficasse brabo e bravo com todos. E por fim, eu quase chorava de tanta raiva.




Mas, no fundo, eu aprendi muito com ele e com essas minhas atitudes. E aprendi de verdade. Contudo, na vida e para a vida, o mais importante. Pois a educação eu já recebia bem e vinda de casa, através da mãe e dos irmãos. Com Thomaz, a educação e com a escola, só veio aperfeiçoar o que eu já tivera adquirido até então. Ele me deu aula até o último ano da escola. Tenho muita admiração e carinho por Thomaz. É algo inestimável e sincero, acima de tudo, o que sinto! Se um dia me tornasse um professor, na certa, ele seria o meu espelho. E, eu um de seus seguidores tão somente. Mas com muito orgulho.




Dando continuidade ao texto, hoje, na empresa com essas aulas intituladas de Laborais, lembro-me bem dele - o professor Thomaz. Porém, nesses encontros, descobri uns nomes que são no mínimo interessantes, através da professora e colorada, Paula (Paulinha), como: Ísquios Tibiais. E fico com essa nomenclatura. Então, Paula chega, duas vezes por semana (3º e 5º feira), na sala e diz:



- Boa tarde!
Em seguida, todos nós respondemos a Paula: - Boa Tarde!
Ela diz: - Vamos começar nossa aula. Hoje, nós vamos (iremos) trabalhar os movimentos de perna e tal. Mais precisamente os nossos... Sim, os Ísquios Tibiais.
Até, uma vez, recordo que brinquei: - Ah sempre eles, os Ísquios... Hehehe. Para a risada de todos nós da sala.




A partir disso, eu fui atrás do termo. Fui ver o seu significado e esse foi o escolhido para o texto, Ísquios Tibiais. Ele nada mais é do que os músculos posteriores da coxa (onde há o mecanismo extensor, podendo ser ou sendo divididos em: semitendinoso, semimembranoso e bíceps femoral), segundo o site consultado, mas não direi qual é, para não promovê-los... Hehehe!!!





Agora, sim, eu quero finalizar essa pequena história, dizendo (escrevendo) que se um dia tiver que dar uma aula, eu poderia muito bem me lembrar desses personagens: Thomaz e da Paula – com os Ísquios Tibiais. Que histórias eu teria!





Primeiro, de um professor que eu respeito e muito, por tudo que aconteceu no período de colégio. Segundo, por que as aulas de Laboral da professora Paula são demais. Além de ambos serem bons professores e capacitados. Também, é claro, eles são gentes finérrimas pra caramba e, melhor, colorados.





Por fim, um pouco que eu sei de futebol, sei através dele - Thomaz, quando e ainda bato uma bolinha, discuto e tal com os amigos. Ela – Paula, lembro que, caso algum dia, eu venha sentir alguma dor ou um desconforto e sendo na perna, saberei então, que foram um dos meus músculos posteriores de coxa afetados. Sim, um deles terá sofrido um estiramento e eu não poderei mais fazer uns golzinhos para vocês meus queridos professores.




Abraços, Daniel Miranda!!!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Chuva no Sul, calor no Rio de Janeiro

Grêmio e Internacional entraram em campo nesta quarta-feira (13/05) pelas oitavas-de-final da Libertadores e quartas da Copa do Brasil, respectivamente. No Olímpico o Tricolor recebeu a equipe Peruana do San Martin. Como já havia vencido o primeiro confronto por 3x1, em Lima, o time de Marcelo Rospide jogou em ritmo de treino. Um treino na chuva que aliviou, em termos, a alma gremista depois do amargo empate com o Santos. O Grêmio cadenciou o jogo, tocando a bola com serenidade e pouca pretensão, Souza e Tcheco pareciam descompromissados com o embate e não se envolveram muito. Jonas foi o nome da noite. Voltando a jogar bem o atacante marcou o primeiro tento Tricolor, escorando de cabeça um dos raros cruzamentos que Fábio Santos acertou. O "pior atacante do mundo" chamava a responsabilidade para si, quase que motivando o time meio sonolento. Na segunda etapa as coisas não mudaram. Rospide colocou o argentino Herrera em campo e este converteu o segundo gol da noite. Em uma bela jogada, que iniciou com o levantamento de Jadílson, passando pelo belo domínio-toque de Máxi e a conclusão de primeira de Herrera. Gol que dá novo ânimo ao atleta que ainda está devendo em sua nova passagem pela Azenha. Autuori foi confirmado no comando e chega na segunda (18/05), a tempo de mexer na equipe para o confronto de ida frente ao Caracas, que deve ocorrer no dia 27/05. Reforços e esquema, parecem ser estas as principais pautas do novo treinador, que terá sim muito trabalho. O 4-4-2 me parece uma opção viável, uma vez que o volante Túlio têm condições de ser titular e a formação liberaria Tcheco para ser mais ofensivo e o prenderia menos na marcação, sem abdicar do talento de Souza. Claro que é complicado trocar de esquema em meio a Libertadores, mas é óbvio que o Tricolor precisa de alguma alternativa que o torne mais perigoso, os adversários começam a exigir mais. Sábado tem o Galo em Minas, despedida de Rospide com os titulares, vale a pena conferir.
II
No Maracanã o Internacional parece ter sentido a amplitude do mais folclórico estádio brasileiro. Acuado e sem criatividade a equipe de Tite viu o Flamengo fazer uma boa partida, injustiçada pela falta de gols. Lauro fez intervenções importantes e apareceu como se imaginava que o reverenciado trio ofensivo fosse aparecer. Duas bolas no poste e muita envolvência, foi o que se viu de um Flamengo considerado fraco pelos colorados. Com os volantes tendo liberdade, o time carioca se jogou ao ataque, sufocando o Saci em seu campo. Sandro e o sempre valente Guiñazu se viravam como podiam para segurar o ímpeto Rubro-Negro. Ao fim da segunda etapa quase que o futebol apronta das suas e o Inter sai com a vitória, mas Bruno impediu de forma incrível aquele que seria o gol mais cínico desta Copa do Brasil. Resta ao Inter reencarnar o espírito "compressor" do Gauchão, se quiser ir adiante na competição. Se bem que agora os oponentes são diferentes. A imprensa se pergunta se o Inter perdeu o encanto? Eu me questiono é sobre a veracidade deste encanto. Domingo o adversário é o Palmeiras, que deve jogar com os titulares e embalado pela classificação sobre o Sport na Libertadores. Ao time da Padre Cacique não seria má idéia poupar os titulares, uma vez que estamos falando do "melhor" grupo do Brasil.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Começa o Brasileiro 2009 para a Dupla



Neste domingo as duas equipes de maior torcida do Rio Grande fizeram as suas estréias no certame nacional. Inter e Grêmio entraram em campo com o objetivo de trazer para o Estado um título que não é comemorado nos Pampas desde o ano de 1996, ano em que, comandados por Felipão, os bravos guerreiros da Azenha deram o segundo Brasileirão aos tocedores gremistas.






II





Bem, iniciemos pelo Inter, o gaúcho vencedor da rodada. Às 16h de um domingo cinzento, o Colorado pisou no gramado do estádio Pacaembu para enfrentar uma equipe quase que totalmente de reservas do Corinthians. Apesar de jogar longe de seus domínios o jogo parecia fácil, mais uma goleada se anunciava, ainda que fosse o campeão paulista. Mas na prática o que se viu foi bem diferente. No primeiro tempo o Saci controlou as ações com uma certa serenidade, abrindo o placar em uma verdadeira obra-prima do atacante Nilmar. Gol difícil de ser igualado neste campeonato. Taison ainda perderia um tento, livre e de frente para o gol. Na segunda etapa o time paulista voltou melhor, Mano alterou o time e deu nova cara a sua equipe. Com Alessandro pela direita e Dentinho se movimentando muito, o Timão foi para cima e acuou o time que mais marcou na temporada. Mesmo com a reação os paulistas não conseguiram evitar o revés, perdendo em casa para os vermelhos. Ao Inter os três pontos são muito bem-vindos, uma vez que a equipe entra no torneio para brigar pelo título e vitórias fora de casa ajudam a cumprir este objetivo. Contudo, o Colorado precisa reparar alguns setores, Taison e D'Alessandro não jogaram bem e os adversários daqui para frente serão cada vez mais qualificados. Na quarta o Inter vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Flamengo, apesar de ter sido derrotado em seu primeiro jogo no Brasileiro, o time de Cuca possui qualidades. Uma delas e o apoio do lateral Juan, justamente no defeituoso lado direito de defesa do Colorado.






II






O Tricolor recebeu o Santos no Olímpico às 18h30min, foi um jogão. As duas equipes pareciam dispostas a proporcionar as mulheres, que tiveram o acesso liberado ao estádio, um belo espetáculo. Muitas chances de gol foram perdidas dos dois lados. O Grêmio tentava pressionar e o Santos saia em contra-golpes quase mortais. O primeiro tempo foi de muita emoção, mas nenhum gol. Máxi Lopez mais uma vez fez partida de muita entrega, mostrando inusitada habilidade ao aplicar um elástico pela linha lateral e depois uma bola no travessão. A atuação do argentino orgulhava os torcedores que, indignados, vaiaram pela primeira vez Marcelo Róspide, quando este substituiu Maxi por Alex Mineiro. Se a substituição foi boa ou má fica a critério, o fato é que o Grêmio marcou seu gol depois que ela ocorreu. Réver, melhor em campo, fez o gol Tricolor em bela jogada. A primeira vitória estava encaminhada até que a cinco minutos do fim o colombiano Molina bateu uma falta com perfeição, colocando a gorducha no ângulo de Victor. Frustração por ver três pontos escorrendo entre as mãos. Ao Grêmio resta o alerta de que é preciso mais em jogos com times de maior competência. Quarta no Olímpico é hora de voltar novamente as atenções para a Copa, San Martin é o oponente da vez, em um jogo que está praticamente definido. Mas sempre uma boa oportunidade de fazer ajustes.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

The Long and Winding Road Program Ball Murcha

O título deste post é, no mínimo, inusitado. Eu sei bem disso. Porém, para esse momento, é o que se deve dizer, ou melhor, escrever a respeito dele. Inusitado, quem sabe, por estar em inglês? Pode ser que sim. Mas sua tradução, de fato, é maravilhosa. The Long and Winding Road the Program Ball Murcha, nada mais é… O longo e tortuoso caminho do programa Bola Murcha.
O título, eu encontrei, criei, enfim, hoje no final da manhã, enquanto tomava meu café preto, acompanhado de bolachas água e sal, além de escutar a canção The Long and Winding Road, dos The Beatles. Com certeza, uma grande banda de Rock, a melhor de todos os tempos, ou alguém tem dúvida disso? O nome dessa música significa: A longa e sinuosa estrada. E sua primeira estrofe diz:
A longa e sinuosa estrada
que leva até sua porta,
Jamais desaparecerá,
Eu já vi esta estrada antes.
Ela sempre me traz até aqui,
Conduz-me até sua porta
A partir deste instante, eu parei e pensei um pouco, assim que a música acabou de tocar... Defini. Isso pode render um texto para o Blog. Foi o que eu tentei fazer na hora. E, acho que fiz, quando fui verificar sua tradução. Ateei-me, tão somente, na primeira estrofe. Portanto, em cima dela, que eu resolvi escrever. Pois adoro essa canção. É uma das minhas cinco favoritas. Mas seria possível, no repertório dos The Beatles, ter só cinco músicas como favoritas... Tenho minhas dúvidas. Mas deixa pra lá, esse é outro assunto...
O longo e tortuoso caminho do programa Bola Murcha, se deve porque escrevi em outro texto sobre o fim do programa. O que é uma realidade. Além da saudade que cada um dos integrantes terá ou não, assim que o semestre acabar. Uns terão saído da faculdade, outros ainda completarão o curso no fim do ano.
O longo é porque foi uma longa jornada. Desde o seu nascimento até a apresentação do projeto piloto aos professores, e depois por esperar eles aceitarem a idéia. Nesse tempo, eu ainda não fazia parte do grupo.
Agora, o tortuoso... é porque os colegas quando apresentaram a idéia, eles tinham – todos - um pequeno receio de que pudessem ser censurados ou algo do gênero, assim que o programa estivesse no ar. Para o bem da nação, ou melhor, bem do grupo, eles realizaram o mesmo sempre com total liberdade de fazer o que queriam e falar também o que pensavam. Para se ter uma idéia, quando eu entrei, enfim, entrei pra divertir o programa. Assim, ele ficou com o seu final diferente, voltado para o lado do humor, então, passei a contar piada loucamente. Confesso, que em algumas eu me esforçava para contar, mas em outras, nem precisava tanto, era apenas contar de forma simples. O riso dos colegas era espontâneo. Era, acima de tudo, de camaradagem.
Por fim, o caminho! Caminho esse que foi o período que durou o programa. Repito, longo e tortuoso. Mas de bom agrado e, também, gratos porque nós sempre fazíamos o Bola Murcha com prazer. Por isso que eu retrato, aqui nesse espaço, a primeira estrofe da canção, quando ela diz que o caminho leva até a sua porta. A porta essa, citada na música, todos nós percorríamos por esse caminho, que era o caminho longo e tortuoso feito pelo Campus IPA, até o estúdio (ou aquário), para que lá rolasse o programa Bola Murcha.
O Bola Murcha, na certa, vai deixar saudade. Na verdade, já está deixando...

Abraços, Daniel Miranda!!!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Fenômeno e Wolverine juntos no Brasil



Um brilha nos campos com seus gols, enquanto o outro brilha nas telonas em filmes de muita ação. Estes são os slogans do encontro inusitado entre os astros Ronaldo - Fenômeno, e Hugh Jackman - "Wolverine", hoje à tarde, em São Paulo, quando a equipe do Corinthians treinava no CT do Parque Ecológico.
O ator australiano veio ao Brasil para a divulgação de seu novo filme, X-Men Origens: Wolverine, que estreou no Brasil na última quinta feira. Jackman compareceu rapidamente ao treinamento corintiano e aproveitou para conhecer o craque Ronaldo.

O encontro foi fechado à imprensa. Apenas dois fotógrafos puderam presenciar os astros. Enquanto Ronaldo recebia elogios de Jackman, eles trocaram camisas um com o outro. O Fenômeno ganhou uma do novo filme da série X-Men, e o ator recebeu de presente uma do Corinthians, com um "X" no lugar do número e o nome "Wolverine" às costas.
Uma troca de gentilezas, além de elegância, entre dois astros que estão em alta neste momento. Um pelo futebol mostrado e com gols, e o outro, pela estreia mundial de seu filme, um sucesso de bilheteria.


Abraços, Daniel Miranda!

Histórias da Bola com Falcão

Neste final de semana, eu desfrutei de uma boa leitura. Li o livro Histórias da Bola, depoimento a Nilson Souza (jornalista), de Paulo Roberto Falcão, ex jogador de futebol e, hoje, comentarista da Rede Globo de Televisão, além de colunista de Esportes do jornal Zero Hora.




Nós do Blog Bola Murcha, não tivemos o privilégio, na verdade, a oportunidade de vê-lo jogar. Jogava como poucos. Desfilava nos gramados como os gênios, como os craques, enfim. Era, contudo, um maestro dentro das quatro linhas, um volante habilidoso, com passes e lançamentos precisos, porventura, também, sabia fazer gols. E, tão somente isso que sabemos que ele, o Falcão, foi como um esportista.




Nós sabemos disso, porque ouvimos de outras pessoas, sendo elas familiares ou não, comentar. De fato, foi uma lenda. Quem sabe, um dos melhores meios campistas que o Brasil formou e, por fim, exportou ao mundo. Em especial, ao velho continente, a Europa em 1980. A Capital da Itália, Roma, o reverencia até hoje. Na certa o seu clube, AS ROMA (Associazione Sportiva Roma), onde Paulo Roberto se tornou Rei, após conquistar o título da temporada de 83/84, o quão não venciam há 42 anos o scudetto nacional. A partir deste instante, Falcão passou a ser chamado (na época e como é até hoje) pela imprensa local como “Oitavo Rei de Roma”. E, assim, o ex jogador é aclamado por milhares de torcedores romanos.





Mas, enganam-se aqueles indivíduos que pensam, por acaso, que Paulo Roberto Falcão seja gaúcho. Estes apenas se enganam mesmo. Mas o engano é compreensível e faz parte, é aceitável, acima de tudo. Até porque relacionam ele pelo fato de ter iniciado a carreira e cedo no Sport Club Internacional. Ele, Falcão, é catarinense, nascido na cidade de Abelardo Luz, em 16 de outubro de 1953.



No Inter conquistou os três Brasileiros (1975, 1976 e 1979) o último de forma invicta e, os Estaduais (1973, 1974, 1975, 1976 e 1978). Todos estes títulos renderam a Falcão, o reconhecimento mundial ao vestir a camisa da Seleção Brasileira e, também, se transferir para o futebol italiano. O atleta fez parte da melhor Seleção de todos os tempos, segundo especialistas, e todos esses críticos que acharam e ainda acham injusto que o Brasil não tenha vencido a Copa do Mundo de 1982. Nesse time, Falcão contava ainda com craques do gabarito como Zico, Sócrates, Júnior e Toninho Cerezo, sob o comando de Telê Santana. A talentosa seleção brasileira perdeu para a Itália, partida válida pelas quartas-de-final disputada no Estádio de Sarrià, em Barcelona, Espanha.


Depois de ter jogado pelo Inter e o Roma, Falcão encerrou a sua carreira no São Paulo, onde defendeu a equipe em 85 e 86. Ele ainda se aventurou como treinador de futebol, treinando as Seleções do Brasil e do Japão, além do clube que o projetou, o Internacional.



A Infância


Na década de 1960, a família do jovem menino de cabelos cacheados e loiros, se mudou para o município de Canoas, no Rio Grande do Sul. Lá, Paulo Roberto passou dificuldades até começar a jogar futebol. Pois ele não tinha sequer o dinheiro para poder apanhar um ônibus até Porto Alegre e, assim, treinar no campo do Nacional (hoje abriga um supermercado bem movimentado) com os demais colegas. Pessoas importantes passaram em sua vida, até que ele se tornasse profissional do Inter. Porém, o garoto vendia garrafas vazias no intuito de tirar delas, a sua própria condução.



O seu primeiro treinador, Jofre Funchal o ajudou e muito. Falcão nunca deixou de pensar nele. O curioso, é que Funchal veio a falecer no ano de 1986, justo no ano em que Falcão decidira encerrar sua carreira. É... esse é o destino. Realmente, ele existe. Portanto, missão cumprida por ambos.


Galera, eu tinha imensa vontade de continuar descrevendo a respeito do craque que foi, é e continuara sendo o Falcão... Porém não posso, senão estrago o prazer de alguns leitores quem sabe, que tenham vontade de ler o livro... Apenas recomendo a vocês. Aqueles que já leram, sabem e bem do que estou falando, ou melhor, escrevendo.



Mas antes de encerrar, eu cito alguns capítulos que gostei bastante:

Um par de tênis branco; Os shows do Trianon; O passinho do Faustão; Duas noivas; O imperador do meio campo; Talento exemplar; entre outros.



OBS: Histórias da Bola, depoimento a Nilson Souza, de Paulo Roberto Falcão foi lançado no ano de 1996, pela Editora L&PM.



Abs, Daniel Miranda!!!