terça-feira, 5 de maio de 2009

Histórias da Bola com Falcão

Neste final de semana, eu desfrutei de uma boa leitura. Li o livro Histórias da Bola, depoimento a Nilson Souza (jornalista), de Paulo Roberto Falcão, ex jogador de futebol e, hoje, comentarista da Rede Globo de Televisão, além de colunista de Esportes do jornal Zero Hora.




Nós do Blog Bola Murcha, não tivemos o privilégio, na verdade, a oportunidade de vê-lo jogar. Jogava como poucos. Desfilava nos gramados como os gênios, como os craques, enfim. Era, contudo, um maestro dentro das quatro linhas, um volante habilidoso, com passes e lançamentos precisos, porventura, também, sabia fazer gols. E, tão somente isso que sabemos que ele, o Falcão, foi como um esportista.




Nós sabemos disso, porque ouvimos de outras pessoas, sendo elas familiares ou não, comentar. De fato, foi uma lenda. Quem sabe, um dos melhores meios campistas que o Brasil formou e, por fim, exportou ao mundo. Em especial, ao velho continente, a Europa em 1980. A Capital da Itália, Roma, o reverencia até hoje. Na certa o seu clube, AS ROMA (Associazione Sportiva Roma), onde Paulo Roberto se tornou Rei, após conquistar o título da temporada de 83/84, o quão não venciam há 42 anos o scudetto nacional. A partir deste instante, Falcão passou a ser chamado (na época e como é até hoje) pela imprensa local como “Oitavo Rei de Roma”. E, assim, o ex jogador é aclamado por milhares de torcedores romanos.





Mas, enganam-se aqueles indivíduos que pensam, por acaso, que Paulo Roberto Falcão seja gaúcho. Estes apenas se enganam mesmo. Mas o engano é compreensível e faz parte, é aceitável, acima de tudo. Até porque relacionam ele pelo fato de ter iniciado a carreira e cedo no Sport Club Internacional. Ele, Falcão, é catarinense, nascido na cidade de Abelardo Luz, em 16 de outubro de 1953.



No Inter conquistou os três Brasileiros (1975, 1976 e 1979) o último de forma invicta e, os Estaduais (1973, 1974, 1975, 1976 e 1978). Todos estes títulos renderam a Falcão, o reconhecimento mundial ao vestir a camisa da Seleção Brasileira e, também, se transferir para o futebol italiano. O atleta fez parte da melhor Seleção de todos os tempos, segundo especialistas, e todos esses críticos que acharam e ainda acham injusto que o Brasil não tenha vencido a Copa do Mundo de 1982. Nesse time, Falcão contava ainda com craques do gabarito como Zico, Sócrates, Júnior e Toninho Cerezo, sob o comando de Telê Santana. A talentosa seleção brasileira perdeu para a Itália, partida válida pelas quartas-de-final disputada no Estádio de Sarrià, em Barcelona, Espanha.


Depois de ter jogado pelo Inter e o Roma, Falcão encerrou a sua carreira no São Paulo, onde defendeu a equipe em 85 e 86. Ele ainda se aventurou como treinador de futebol, treinando as Seleções do Brasil e do Japão, além do clube que o projetou, o Internacional.



A Infância


Na década de 1960, a família do jovem menino de cabelos cacheados e loiros, se mudou para o município de Canoas, no Rio Grande do Sul. Lá, Paulo Roberto passou dificuldades até começar a jogar futebol. Pois ele não tinha sequer o dinheiro para poder apanhar um ônibus até Porto Alegre e, assim, treinar no campo do Nacional (hoje abriga um supermercado bem movimentado) com os demais colegas. Pessoas importantes passaram em sua vida, até que ele se tornasse profissional do Inter. Porém, o garoto vendia garrafas vazias no intuito de tirar delas, a sua própria condução.



O seu primeiro treinador, Jofre Funchal o ajudou e muito. Falcão nunca deixou de pensar nele. O curioso, é que Funchal veio a falecer no ano de 1986, justo no ano em que Falcão decidira encerrar sua carreira. É... esse é o destino. Realmente, ele existe. Portanto, missão cumprida por ambos.


Galera, eu tinha imensa vontade de continuar descrevendo a respeito do craque que foi, é e continuara sendo o Falcão... Porém não posso, senão estrago o prazer de alguns leitores quem sabe, que tenham vontade de ler o livro... Apenas recomendo a vocês. Aqueles que já leram, sabem e bem do que estou falando, ou melhor, escrevendo.



Mas antes de encerrar, eu cito alguns capítulos que gostei bastante:

Um par de tênis branco; Os shows do Trianon; O passinho do Faustão; Duas noivas; O imperador do meio campo; Talento exemplar; entre outros.



OBS: Histórias da Bola, depoimento a Nilson Souza, de Paulo Roberto Falcão foi lançado no ano de 1996, pela Editora L&PM.



Abs, Daniel Miranda!!!

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