terça-feira, 26 de maio de 2009

Futebol da superação

Há exato um ano, eu publicava esse mesmo texto no meu Blog. É, eu tive um Blog gente. Na verdade, um Blog que eu dividia com a minha ex namorada. Porém, desfeito, como são as coisas ao longo da vida, querendo ou não. Mas bola pra frente... Vamos em busca de marcar outros gols , ou melhor, um golaço. E eu quero!!!




Era manhã de um sábado, do dia 17 de maio de 2008, eu levantei cedo e fui procurar algo pendente, além de tomar o meu café. Estava preocupado com que eu iria fazer naquelas primeiras horas da manhã. Não fazia a mínima idéia do que pudesse ser aquelas, que se tornariam, belas horas. Até que então, me deu um “clarão”. Eu resolvi ir ao IPA – onde eu estudo Jornalismo – para dar andamento em alguns de meus trabalhos acadêmicos.






Chegando lá, eu me dirigi até o ginásio. Lembrei-me que teria um treino de futsal dos atletas portadores de deficiência visual. “Ah, que show de bola”, esbravejei. A partir desse instante, que surgiram as belas horas citadas anteriormente.





Adentrei o ginásio e fiquei ali sentado nos bancos e esperando o professor Jerri Ribeiro, do curso de Educação Física do IPA, chegar – mais tarde, eu soube que ele não apareceria no local. Mas não havia problema, eu tinha que fazer as minhas tarefas. Então, permaneci sentado e comecei a analisar os atletas entrando em quadra. Daí pensei:
- Que bacana, o companheirismo e a atenção deles um com outro. É algo inacreditável. E o mais importante eu pude perceber, que eles se respeitam acima de tudo.



Apesar de todas as dificuldades que eles passam, acabam encontrando no Esporte um caminho para tocarem as suas vidas adiantes e não se sentirem excluídos na nossa sociedade, que é preconceituosa, por que não dizer, muito individualista.




Entre aqueles jogadores que estavam treinando, encontrava-se Ricardo Alves, conhecido popularmente por Ricardinho, jovem atleta de 19 anos da Seleção Brasileira de Futebol 5, e um dos melhores do mundo na modalidade. Eu apaixonado por Futebol e poder estar presenciando aquele treino, foi algo sublime a esse rapaz, que um dia pensou durante a sua infância e adolescência em ser um jogador. Entretanto, assistir ao treino, me fez bem demais naquele final de semana. Pois aprendi a lidar com as diferenças.




Imaginar que essas pessoas, apesar de enfrentarem o problema visual, conseguem andar, correr, falar e ouvir como nós, demonstrando que o normal é ser diferente. Mas, por fim, para cada um daqueles atletas, ou melhor, seres humanos, que os seus dias sejam diferentes e melhores do que os outros. Na verdade, é um sinal de que o bom de viver é estar vivo, para que assim, e a cada sol que nascer, eles possam marcar e, principalmente, comemorar com alegria um novo golaço.


OBS: Agradecimentos a Ana Paula Megiolaro (professora) e ao Dudu Purper (meu colega e amigo, com qual eu aprendo muito a cada dia que passa).

Abraços, Daniel Miranda

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