Lá no meu serviço, ou melhor, na empresa onde trabalho, isso há mais de três anos e ainda bem, nós temos aulas de Educação Física. Digo, aulas de alongamentos, massagens e etc... Mas, esse curso, certa feita, eu tentei cursar. Sim, eu tentei. Foi no primeiro semestre de 2002, então fiz apenas uma única disciplina: Introdução à Educação Física, na ULBRA – Canoas, passei na risca, na média: 8,0. Cravados!
Queria muito esse curso, na verdade, por gostar demais de futebol. Pois quando garoto, assim como qualquer outro adolescente, sonhava em ser um atleta desse Esporte. Comigo não era diferente. Como não acabou se concretizando esse sonho, fui fazer ou tentar o mais próximo que tivesse haver com o futebol em si. O que me restou foi, quem sabe, dar aulas de futebol em escolinhas, pensei. Ensinar os fundamentos e talicoisa, de preferência para as crianças, isso tinha bem definido na minha cabeça, seriam para crianças ou gurizada na faixa dos 14 a 16 anos. Se é que tem como um cara daquela idade definir algo...
Todo esse contexto é para escrever que quando eu era estudante, na época do colegial, tinha um professor que se chamava Luiz Carlos Thomaz, mas conhecido por nós alunos, de Thomaz. Ele, por sua vez, um cara sensacional, além de colorado, é óbvio. Então o conheci, tinha tão somente nove anos de idade. Quando completei 10, tornei-me aluno dele, pois havia passado para a 4º série, isso em 1992.
Thomaz, não era apenas um ou o meu professor. Era “tio”! Sim tio, era como chamávamos no primário os professores. Também de “tias”, é claro, as mulheres. Contudo, Thomaz era quase que um “pai” para mim dentro da escola. Eu escrevo isso porque, um ano antes, perdi meu pai em um acidente de carro. E outra, eu recém tinha entrado naquele colégio, não conhecia ninguém de fato, na Escola Estadual Presidente Costa e Silva. Eu sentia, também, que ele queria o meu bem. Confesso que, eu brigava com ele, sim, de discutir no futebol e sério. Ele costumava marcar no futebol dos alunos coisas que para mim não aconteciam, tipo algumas faltas. Isso fazia com que eu ficasse brabo e bravo com todos. E por fim, eu quase chorava de tanta raiva.
Mas, no fundo, eu aprendi muito com ele e com essas minhas atitudes. E aprendi de verdade. Contudo, na vida e para a vida, o mais importante. Pois a educação eu já recebia bem e vinda de casa, através da mãe e dos irmãos. Com Thomaz, a educação e com a escola, só veio aperfeiçoar o que eu já tivera adquirido até então. Ele me deu aula até o último ano da escola. Tenho muita admiração e carinho por Thomaz. É algo inestimável e sincero, acima de tudo, o que sinto! Se um dia me tornasse um professor, na certa, ele seria o meu espelho. E, eu um de seus seguidores tão somente. Mas com muito orgulho.
Dando continuidade ao texto, hoje, na empresa com essas aulas intituladas de Laborais, lembro-me bem dele - o professor Thomaz. Porém, nesses encontros, descobri uns nomes que são no mínimo interessantes, através da professora e colorada, Paula (Paulinha), como: Ísquios Tibiais. E fico com essa nomenclatura. Então, Paula chega, duas vezes por semana (3º e 5º feira), na sala e diz:
- Boa tarde!
Em seguida, todos nós respondemos a Paula: - Boa Tarde!
Ela diz: - Vamos começar nossa aula. Hoje, nós vamos (iremos) trabalhar os movimentos de perna e tal. Mais precisamente os nossos... Sim, os Ísquios Tibiais.
Até, uma vez, recordo que brinquei: - Ah sempre eles, os Ísquios... Hehehe. Para a risada de todos nós da sala.
Em seguida, todos nós respondemos a Paula: - Boa Tarde!
Ela diz: - Vamos começar nossa aula. Hoje, nós vamos (iremos) trabalhar os movimentos de perna e tal. Mais precisamente os nossos... Sim, os Ísquios Tibiais.
Até, uma vez, recordo que brinquei: - Ah sempre eles, os Ísquios... Hehehe. Para a risada de todos nós da sala.
A partir disso, eu fui atrás do termo. Fui ver o seu significado e esse foi o escolhido para o texto, Ísquios Tibiais. Ele nada mais é do que os músculos posteriores da coxa (onde há o mecanismo extensor, podendo ser ou sendo divididos em: semitendinoso, semimembranoso e bíceps femoral), segundo o site consultado, mas não direi qual é, para não promovê-los... Hehehe!!!
Agora, sim, eu quero finalizar essa pequena história, dizendo (escrevendo) que se um dia tiver que dar uma aula, eu poderia muito bem me lembrar desses personagens: Thomaz e da Paula – com os Ísquios Tibiais. Que histórias eu teria!
Primeiro, de um professor que eu respeito e muito, por tudo que aconteceu no período de colégio. Segundo, por que as aulas de Laboral da professora Paula são demais. Além de ambos serem bons professores e capacitados. Também, é claro, eles são gentes finérrimas pra caramba e, melhor, colorados.
Por fim, um pouco que eu sei de futebol, sei através dele - Thomaz, quando e ainda bato uma bolinha, discuto e tal com os amigos. Ela – Paula, lembro que, caso algum dia, eu venha sentir alguma dor ou um desconforto e sendo na perna, saberei então, que foram um dos meus músculos posteriores de coxa afetados. Sim, um deles terá sofrido um estiramento e eu não poderei mais fazer uns golzinhos para vocês meus queridos professores.
Abraços, Daniel Miranda!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário