O futebol pode mesmo refletir a sociedade onde é praticado. Pode exemplificar a civilização, o modo de vida enfim, do lugar onde acontece. Na Eurocopa 2008, vemos o espelho do continente na competição. Toda a pompa que exige um torneio entre seleções de primeiro mundo pode ser notado. Estádios luxuosos, confortáveis e seguros, cidades-sede das partidas com infra-estrutura de dar inveja, capaz de receber e muito bem, torcedores e turistas de todas as nações participantes. Uma pirotecnia usada nas cerimônias que demonstra o poderio financeiro dos europeus. Dão show. Mas o espetáculo mais esperado de todos, o feito dentro das quatro linhas, não passa de uma chatice. Uma ópera desafinada.
Os esquemas de quase todos os times são parecidos, retranqueiros. Os talentos são raros e coibidos com ríspidas jogadas muitas vezes. A falta de técnica fica evidente nos embates, que chegam a dar sono no cidadão postado em frente a TV. Os europeus sabem se vender muito bem, nos fazem engolir um campeonato sem brilho, sem emoção e ainda sim nos empolgar por os estarem vendo em campo. Itália contra França!! Que baita jogão! Mais parecia uma dose forte de calmante.
Eu me pergunto. Estará fadado o futebol europeu a essa escassez de técnica para sempre? Enquanto os cartolas do velho mundo tiverem como política prioritária assediar nossos talentos infantis, muitas vezes sem que os meninos tenham chegado sequer a puberdade, sim. Não é a toa que toda vez se abre a janela de transferências milhares de sulamericanos, e principalmente brasileiros, sejam seduzidos pelos valiosos euros que moram do outro lado do Atlântico. A FIFA, entidade máxima do futebol, tenta moderar esse câmbio, limitando em cinco o número de estrangeiros por time na Europa. O que convenhamos, deixaria bem menos interessantes, os milionários campeonatos de lá. Com toda a pujança econômica que possuem deveriam investir em seus próprios garotos, suas raízes. Para que no futuro possam colher frutos vistosos na grande feira que é o futebol, logo ali, em seus quintais.
Se quase todas as equipes européias são igualmente ruins, a Espanha não é. Com seu futebol técnico e ofensivo, a Fúria, como é carinhosamente chamada, encanta seus torcedores e simpatizantes. Como um grande time, começa com o bom goleiro Casillas, passa é verdade pelos brucutus Puyol e Sergio Ramos na defesa, mas tem no meio-campo grande força, com o futebol leve e sofisticado de Xavi, de Silva e do reserva titular Fabregas. No ataque duas peças raras, Fernando Torres e Villa. Talentos afinados e com faro de gol. Se não cair nas artimanhas do mecânico futebol alemão, os espanhóis darão um sinal de alento ao pobre futebol do velho mundo.
Se quase todas as equipes européias são igualmente ruins, a Espanha não é. Com seu futebol técnico e ofensivo, a Fúria, como é carinhosamente chamada, encanta seus torcedores e simpatizantes. Como um grande time, começa com o bom goleiro Casillas, passa é verdade pelos brucutus Puyol e Sergio Ramos na defesa, mas tem no meio-campo grande força, com o futebol leve e sofisticado de Xavi, de Silva e do reserva titular Fabregas. No ataque duas peças raras, Fernando Torres e Villa. Talentos afinados e com faro de gol. Se não cair nas artimanhas do mecânico futebol alemão, os espanhóis darão um sinal de alento ao pobre futebol do velho mundo.
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