Em 1958, na Suécia, foi realizada a sexta Copa do Mundo da história. História essa que passaria ter um final feliz e tamanha importância para o Brasil. A Seleção Brasileira conquistou o seu primeiro título mundial naquele ano. O Brasil acabou por enfrentar os próprios donos da casa, vencendo os suecos, na final, pelo placar de 5 a 2. Jogo disputado em Estocolmo, as 15 horas, no Estádio Solna-Rasunda, diante de um público de 49 mil pessoas. A Suécia só venceu o sorteio do uniforme, assim, jogando a final de amarelo e o Brasil de azul.
A partir daquele momento, as habilidades técnicas da equipe brasileira eram admiradas por todo o mundo. Os brasileiros exibiam uma desenvoltura com a bola que não havia comparação entre os europeus. Embora, o Brasil tivesse se classificado para todas as Copas do Mundo, ainda não havia conseguido o título.
Título esse inédito para os brasileiros, que finalmente mostraram o seu potencial na Copa do Mundo, quando ofuscaram a competição e venceram o campeonato. A estrela do time foi um jogador excepcional, Edson Arantes do Nascimento, de apenas 17 anos, conhecido mundialmente pelo apelido Pelé, que dominaria o futebol internacional nos próximos 12 anos.
Depois da frustração da Copa de 1950 e da precoce eliminação na Copa de 1954, o Brasil recorreu a métodos científicos durante a preparação para a Copa da Suécia, que resultou no afastamento do time de Zito, Pelé e Garrincha (este último depois de um teste psicotécnico que o deu como totalmente incapacitado para as pressões emocionais de uma competição semelhante). Os jogadores acataram as decisões da comissão técnica, que pareceram acertadas depois da fácil vitória sobre a frágil seleção da Áustria por 3 a 0, gols de Mazola (2) e Nilton Santos.
No entanto, a total impossibilidade de furar o sólido bloqueio da defesa da Inglaterra no segundo jogo (o primeiro na história das Copas a terminar em um empate sem gols) levou os jogadores Bellini, Nilton Santos e Didi a pedirem uma reunião com o dirigente Paulo Machado de Carvalho e o técnico Vicente Feola. Nessa reunião, disseram que o time não podia prescindir do talento dos três jogadores afastados em conseqüência dos testes para vencer o jogo contra a forte e já extinta União Soviética (URSS), hoje Rússia, no qual só a vitória interessava. As partidas seguintes se encarregaram de provar que a avaliação dos jogadores estava correta. No jogo contra a URSS, a bola enfim chegou ao matador Vavá, que fez os gols na vitória por 2 a 0.
Depois veio o duríssimo jogo contra o País de Gales, decidido num lampejo do garoto Pelé, que deu dois chapéus dentro da área antes de mandar a bola para dentro do gol. O jogo contra a França, cujo resultado de 5 a 2 (três de Pelé, um de Vavá e Didi) dava a impressão de ter sido fácil, foi na verdade definido quando Fontaine, artilheiro da Copa com 13 gols, sofreu uma fratura na perna e teve que sair do jogo, deixando a sua equipe com um jogador a menos — naquela época, os times não podiam fazer substituições durante o jogo.
Na final, Pelé fez mais dois gols nos 5 a 2 contra a Suécia e começou a despontar como o “Rei do Futebol”. Os outros três gols da partida foram marcados por Vavá (2) e Zagalo. O time-base do Brasil era formado por: Gilmar, De Sordi, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé e Zagalo.
Parabéns Brasil pelo título mundial de 1958
Autor: Daniel Miranda
Fonte: Enciclopédia Encarta
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