Bem se sabe o futebol gera milhões por ano. E no Brasil o esporte bretão tem popularidade tão grande que é capaz de parar a nação durante uma Copa do Mundo. Neste país do futebol está deflagrada a desigualdade social. Tanto dentro, como fora das quatro linhas. Não é só andando pelas ruas da nação, vendo favelas e mansões, por vezes tão perto umas das outras, que nos deparamos com a falta de equiparação econômica de nossa terra. No futebol é assim. O glamour dos grandes clubes, que vendem craques a mihões de euros e dólares, que se hospedam em hotéis cinco estrelas, que pagam exorbitantes salários à seus atletas, esse mesmo glamour contrasta com a pobreza de equipes do Interior do Brasil, que mal têm dinheiro em caixa para reformas básicas em seu estádio. Isso claro as que estádio possuem. E como na sociedade hipócrita em que vivemos os ricos pregam igualdade, mas na hora de dividir o pão, ou as cotas de televisionamento de partidas, querem sempre a fatia maior. Eu me pergunto será tudo isso culpa das federações, do Clube dos Treze, da CBF? Nem sempre. Sabe-se que no Brasil as coisas demoram a dar certo, quando dão. Somente mais de vinte anos depois de ser criado o campeonato nacional teve uma fórmula fixada, somente depois de inúmeros casos de clubes grandes subindo no "tapete", que houve uma moralização da série A, e times como Corinthians, Galo, Botafogo, Palmeiras, entre outros, disputaram a série B. Falta no Brasil um espírito de solidariedade entre os clubes grandes para com os de menor expressão. Que também deveriam se unir em prol de seus interesses, tais como: mais verbas para investimentos, através de mais receitas que só seriam possíveis com mais jogos. Um aumento do calendário destas equipes faria com a rotatividade de renda fosse maior entre elas. Na França, campeã mundial apenas uma vez, contra cinco títulos do Brasil, se joga até a quinta Divisão. Hora, a população francesa é bem menor que a tupiniquim, logo não se tem na teoria tanta torcida prá tanto time. Pode ser que lá falte torcedor, mas sobra organização. Fenômenos como o Brasil de Pelotas, que tem uma boa média de torcedores e, não desmerecendo o Xavante, nunca ganharam um título de expressão, deveriam usufruir de uma estrutura melhor de clube. De mais jogos para acompanhar seu time ao longo do ano. É preciso que os pequenos times do Brasil deêm as mãos e lutem pela quarta e quinta Divisão. Afinal, com tanto clubes não tem cabimento termos uma Série C com 64 clubes. Movimentação, mobilização, as pessoas gostam de futebol? Não as pessoas gostam do seu time grande, com o futuro, a classe baixa do esporte são poucos que se importam.
Jorge Fuentes
Nenhum comentário:
Postar um comentário