segunda-feira, 19 de maio de 2008

O dia do goleiro


Quando se posta debaixo das traves o goleiro sabe que pode tanto ser consagrado, como massacrado. Desde a pelada quando muleque, quem resolve "atacar" no gol sabe que é visto de maneira diferente pelos outros. E nem sempre boa. O goleiro flamenguista Bruno talvez soubesse de tudo isso quando se ajoelhou sobre o gol que defenderia no estádio Olímpico em Porto Alegre, em partida contra o Grêmio. Ou talvez simplesmente estivesse pensando em não deixar a bola passar. O fato é que foram 19 intervenções do arqueiro, pelo menos quatro de suma importância, e ao final do jogo o nome do próprio soou incontestávelmente como sendo o personagem principal da partida. Bruno contou com a trave, com a má pontaria do ataque gremista, com a sorte, com a estrela que um bom goleiro deve ter. Sim Bruno, que havia falhado na eliminação rubro-negra da Copa Libertadores, sofrida diante do América do México e seu "acima do peso" Cabañas. O goleiro se consagrava, se redimia, se justificava. Afinal o futebol precisa de satisfações, de respostas, de soluções.

Soluções estas que o próprio Grêmio não encontrou, mesmo sendo muito agudo, ofensivo, incisivo. O tricolor parou em Bruno, e parou também na qualidade de seus atacantes, que mesmo bem municiados por Roger, pelo ousado Hélder, dentre outros, não conseguiram marcar o tento azul. Fica a expectativa de que com os reforços e mexidas necessárias o Grêmio consiga fazer um bom Brasilerão. E por fim dar de novo a sua torcida a alegria da volta a Libertadores. Uma tão amada obsessão.


Foto: Daniel Moura

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