quinta-feira, 14 de maio de 2009

Chuva no Sul, calor no Rio de Janeiro

Grêmio e Internacional entraram em campo nesta quarta-feira (13/05) pelas oitavas-de-final da Libertadores e quartas da Copa do Brasil, respectivamente. No Olímpico o Tricolor recebeu a equipe Peruana do San Martin. Como já havia vencido o primeiro confronto por 3x1, em Lima, o time de Marcelo Rospide jogou em ritmo de treino. Um treino na chuva que aliviou, em termos, a alma gremista depois do amargo empate com o Santos. O Grêmio cadenciou o jogo, tocando a bola com serenidade e pouca pretensão, Souza e Tcheco pareciam descompromissados com o embate e não se envolveram muito. Jonas foi o nome da noite. Voltando a jogar bem o atacante marcou o primeiro tento Tricolor, escorando de cabeça um dos raros cruzamentos que Fábio Santos acertou. O "pior atacante do mundo" chamava a responsabilidade para si, quase que motivando o time meio sonolento. Na segunda etapa as coisas não mudaram. Rospide colocou o argentino Herrera em campo e este converteu o segundo gol da noite. Em uma bela jogada, que iniciou com o levantamento de Jadílson, passando pelo belo domínio-toque de Máxi e a conclusão de primeira de Herrera. Gol que dá novo ânimo ao atleta que ainda está devendo em sua nova passagem pela Azenha. Autuori foi confirmado no comando e chega na segunda (18/05), a tempo de mexer na equipe para o confronto de ida frente ao Caracas, que deve ocorrer no dia 27/05. Reforços e esquema, parecem ser estas as principais pautas do novo treinador, que terá sim muito trabalho. O 4-4-2 me parece uma opção viável, uma vez que o volante Túlio têm condições de ser titular e a formação liberaria Tcheco para ser mais ofensivo e o prenderia menos na marcação, sem abdicar do talento de Souza. Claro que é complicado trocar de esquema em meio a Libertadores, mas é óbvio que o Tricolor precisa de alguma alternativa que o torne mais perigoso, os adversários começam a exigir mais. Sábado tem o Galo em Minas, despedida de Rospide com os titulares, vale a pena conferir.
II
No Maracanã o Internacional parece ter sentido a amplitude do mais folclórico estádio brasileiro. Acuado e sem criatividade a equipe de Tite viu o Flamengo fazer uma boa partida, injustiçada pela falta de gols. Lauro fez intervenções importantes e apareceu como se imaginava que o reverenciado trio ofensivo fosse aparecer. Duas bolas no poste e muita envolvência, foi o que se viu de um Flamengo considerado fraco pelos colorados. Com os volantes tendo liberdade, o time carioca se jogou ao ataque, sufocando o Saci em seu campo. Sandro e o sempre valente Guiñazu se viravam como podiam para segurar o ímpeto Rubro-Negro. Ao fim da segunda etapa quase que o futebol apronta das suas e o Inter sai com a vitória, mas Bruno impediu de forma incrível aquele que seria o gol mais cínico desta Copa do Brasil. Resta ao Inter reencarnar o espírito "compressor" do Gauchão, se quiser ir adiante na competição. Se bem que agora os oponentes são diferentes. A imprensa se pergunta se o Inter perdeu o encanto? Eu me questiono é sobre a veracidade deste encanto. Domingo o adversário é o Palmeiras, que deve jogar com os titulares e embalado pela classificação sobre o Sport na Libertadores. Ao time da Padre Cacique não seria má idéia poupar os titulares, uma vez que estamos falando do "melhor" grupo do Brasil.

Um comentário:

Fê Cunha disse...

Vejo pitadas de sarcásmo do representante!!! :o